Posts tagged ‘perdão’

«Setenta vezes sete»

Deus te abençoe! Vou explicar-te como puder o teu caso de consciência. As preocupações e as pessoas – sejam irmãos ou outros – impedem-te de amar o Senhor Deus? Pois bem […], ama aqueles que te causam esses aborrecimentos. Não exijas deles, a não ser que o Senhor te indique o contrário, que mudem de atitude relativamente a ti. Deves amá-los tal como são. […] Assim reconhecerei que amas o Senhor e que me amas a mim, seu servo e teu: se qualquer irmão do mundo, depois de ter pecado tanto quanto é possível pecar, puder regressar a ti, pedir-te perdão, e ser perdoado. Se não te pedir perdão, pergunta-lhe tu se quer ser perdoado. E mesmo que, depois disso, ele peque ainda mil vezes contra ti, ama-o mais ainda do que me amas a mim, a fim de o conduzires ao Senhor. Tem piedade desses infelizes. E, sempre que tiveres oportunidade, dá a conhecer aos guardiões [das nossas comunidades] o teu firme propósito de te comportares desse modo.

Reflexão de São Francisco de Assis

Fonte: Evangelho Quotidiano

13 de agosto de 2020 at 5:40 Deixe um comentário

Papa: jamais fechar o coração ao perdão do Senhor

2017-01-23 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco iniciou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta, nesta segunda-feira (23/01). A homilia do Pontífice foi dedicada ao sacerdócio de Cristo, inspirando-se na Carta aos Hebreus proposta na Primeira Leitura. Jesus é o sumo sacerdote. E o sacerdócio de Cristo é a grande maravilha, a maior maravilha que nos faz cantar um canto novo ao Senhor, como diz o Salmo responsorial.

O sacerdócio de Cristo se realiza em três momentos, explicou o Papa. O primeiro é a Redenção: enquanto os sacerdotes na Antiga Aliança tinham que oferecer sacrifícios todos os dias, “Cristo ofereceu a si mesmo, uma vez por todas, pelo perdão dos pecados”. Com esta maravilha, “nos levou ao Pai”, “recriou a harmonia da criação”, destacou Francisco.

A segunda maravilha é a que o Senhor faz agora, isto é, rezar por nós. “Enquanto nós rezamos aqui, Ele reza por nós”, “por cada um de nós”, ressaltou o Papa: “agora, vivo, diante do Pai, intercede” para que não falte a fé. Quantas vezes, de fato, se pede aos sacerdotes que rezem porque “sabemos que a oração do sacerdote tem uma certa força, justamente no sacrifício da Missa”. A terceira maravilha será quando Cristo voltar, mas esta terceira vez não será em relação ao pecado, será para “fazer o Reino definitivo”, quando nos levará a todos com o Pai:

“Há esta grande maravilha, este sacerdócio de Jesus em três etapas – quando perdoa os pecados uma vez por todas; quando intercede agora por nós; e quando Ele voltar – mas tem também o contrário, ‘a blasfêmia imperdoável’. É duro ouvir Jesus dizer essas coisas, mas Ele falou disso e, se o diz, é porque é verdade. ‘Em verdade Eu digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens – e nós sabemos que o Senhor perdoa tudo se abrirmos um pouco o coração. Tudo! – os pecados e também todas as blasfêmias serão perdoadas! – mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado eternamente’”.

Para explicar isso, o Papa faz referência à grande unção sacerdotal de Jesus: foi o que fez o Espírito Santo no seio de Maria, afirmou, e também os sacerdotes na cerimônia de ordenação são ungidos com o óleo:

“Também Jesus como Sumo Sacerdote recebeu esta unção. E qual foi a primeira unção? A carne de Maria com a obra do Espírito Santo. E quem blasfêmia contra isto, blasfêmia o fundamento do amor de Deus, que é a redenção, a re-criação; blasfêmia contra o sacerdócio de Cristo. ‘Mas como é ruim o Senhor, não perdoa?’ – ‘Não! O Senhor perdoa tudo! Mas quem diz essas coisas está fechado ao perdão. Não quer ser perdoado! Não se deixa perdoar!’. Este é o aspecto negativo da blasfêmia contra o Espírito Santo: não deixar-se perdoar, porque renega a unção sacerdotal de Jesus, que fez o Espírito Santo”.

Concluindo, o Papa retomou as grandes maravilhas do sacerdócio de Cristo e também a “blasfêmia imperdoável”, “não porque o Senhor não queira perdoar tudo, mas porque esta pessoa está tão fechada que não se deixa perdoar: a blasfêmia contra esta maravilha de Jesus”:

“Hoje nos fará bem, durante a Missa, pensar que aqui sobre o altar se faz a memória viva, porque Ele estará presente ali, do primeiro sacerdócio de Jesus, quando oferece a sua vida por nós;  há também a memória viva do segundo sacerdócio, porque Ele rezará aqui; mas também, nesta Missa – o diremos depois do Pai-Nosso – há aquele terceiro sacerdócio de Jesus, quando Ele voltará e a nossa esperança da glória. Nesta Missa, pensemos nessas belas coisas. E peçamos a graça ao Senhor de que o nosso coração jamais se feche – jamais se feche! – a esta maravilha, a esta grande gratuidade”.

27 de janeiro de 2017 at 5:59 Deixe um comentário

Perdoar é uma forma de amar

perdoar1[1]

Fonte: Canção Nova

3 de setembro de 2016 at 5:42 1 comentário

“Com o perdão o coração renova-se e rejuvenesce” – o Papa Francisco na celebração penitencial

 

29 de março de 2014 at 8:09 Deixe um comentário

regra de ouro

8 de fevereiro de 2014 at 8:56 Deixe um comentário

No perdão está todo o Evangelho, todo o Cristianismo – Papa no Angelus deste domingo, em que evocou a figura do padre Brochero, beatificado na Argentina

 

2013-09-15 Rádio Vaticana

   A Praça de São Pedrou coloriu-se hoje de guarda-chuvas amarelos, verdes, vermelhos, pretos, dos milhares de pessoas que desafiaram a chuva em Roma para ouvir o Santo padre e rezar com a ele, ao meio dia,  a Ave Maria do Angelus; pessoas corajosas como o Padre Brochero, beatificado ontem na Argentina e que saía debaixo da chuva montado na sua mula para ir à casa dos fieis, disse o Papa depois do Angelus… Mas antes ainda comentou o capitulo XV do Evangelho de São Lucas, que contém as três parábolas da misericórdia: a da ovelha tresmalhada, a da moeda perdida e a do pai e dos dois filhos, o filho pródigo e o filho que se considera justo, santo. Todas estas parábolas – disse o Papa – falam da alegria de Deus, a alegria de perdoar, a alegria de perdoar, repetiu, dizendo que “nisto está todo o Evangelho, todo o Cristianismo”. E não se trata de sentimento, nem é uma questão de sermos bonzinhos., frisou, esclarecendo que se trata antes pelo contrário de misericórdia… “(…) A misericórdia é a verdadeira força que pode salvar o homem e o mundo do “cancro” que é o pecado, o mal moral, espiritual. Só o amor preenche os vazios, as voragens negativas que o mal abre nos nossos corações e na história. Só o amor pode fazer isto. E esta é a alegria de Deus”
Jesus é todo Ele misericórdia, amor: É Deus feito homem. Cada um de nós é aquela ovelha tresmalhada, aquela moeda perdida; cada um de nós é aquele filho que desperdiçou a própria liberdade, seguindo falso ídolos, miragens de felicidade, e perdeu tudo – prosseguiu o Papa – recordando que Deus não se esquece de nós, não nos abandona… “O Pai não nos abandona nunca. É um pai paciente. Espera sempre por nós. Respeita a nossa liberdade, mas permanece sempre fiel. E quando voltamos para ele, acolhe-nos como filhos, na sua casa, porque nunca cessa, nem sequer por um instante de nos esperar, com amor. O seu coração põe-se em festa por cada filho que volta. Põe-se em festa porque é alegria. Deus tem esta alegria quando um de nós, pecador, dirige-se a Ele e pede perdão”. Mas atenção, há um perigo, advertiu o Papa. O perigo de termos a presunção de sermos justos e de julgarmos os outros. De julgarmos mesmo a Deus, que a nosso ver “deveria castigar os pecadores, condená-los à morte, em vez de perdoar, exactamente como o filho maior da parábola que se chateia com o pai por ele ter acolhido com uma festa o filho que regressou. Se no nosso coração não há a misericórdia de Deus, a alegria do perdão, não estamos em comunhão com Deus mesmo que, mesmo que observemos todos os preceitos, porque é o amor que salva, disse o Papa continuando: “É o amor por Deus e pelo próximo que dá cumprimento a todos os mandamentos. É isto o amor de Deus, a sua alegria, perdoar! Espera-nos sempre! Talvez alguém tenha no seu coração algo que lhe pesa… fiz isto, fiz aquilo… Ele te espera, ele é pai, espera-nos sempre!” O Papa recordou ainda que se vivermos segundo a lei do “olho por olho, dente por dente”, nunca sairemos da espiral do mal, pois que o maligno é espertalhão e nos ilude de que com a nossa justiça humana podemos salvar-nos, mas na realidade é só a justiça de Deus que nos pode salvar. E a justiça de Deus revelou-se na Cru: a Cruz é o julgamento de Deus sobre cada de nós neste mundo. Ele julga-nos dando a sua vida por nós… Um acto supremo de justiça, de misericórdia… É este o caminho que Jesus nos convida a seguir… “Jesus convida-nos a seguir este caminho: “Sede misericordiosos, como o Pai vosso é misericordioso” O Papa concluiu dirigindo pedindo a todos, a cada um que rezasse em silêncio por uma pessoa com a qual está chateada, não se entende bem… “Pensemos nela em silêncio, neste momento, rezemos por ela e tornemo-nos misericordioso, com essa pessoa…” O Papa invocou depois Nossa Senhora, rainha da misericórdias por todas essas intenções, rezando o Angelus com os presentes…

15 de setembro de 2013 at 19:03 Deixe um comentário

Duas formas de perdoar – Pe. Fábio de Melo

Se você não conseguir assistir o vídeo, favor clicar do lado direito para ver no Youtube.

1 de junho de 2013 at 11:33 Deixe um comentário

Quantas vezes perdoar e a Parábola do servo cruel – Vigésimo Quarto Domingo do Tempo Comum – Mateus 18, 21-35

Reflexão dos versículos 21 e22 – Jesus Cristo ficou algum tempo na Galileia ensinando ao povo. Num desses momentos Pedro se aproximou dele e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?  Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.

Jesus sempre nos ensinou a perdoar. Setenta vezes sete é um número simbólico, que quer dizer: sempre, infinitamente. “Deus pede para perdoar. Não exige de nós o esquecimento, mas a reconciliação com os algozes. Só a vítima pode dar o primeiro passo; só ela pode perdoar. O perdão é algo de divino, e talvez seja no perdão onde o homem mais se parece com Deus”. (Site Vaticano)

Reflexão dos versículos 23 a 27 – Jesus Cristo para ilustrar seu ensinamento sobre a necessidade de perdoarmos o próximo, contou uma parábola. A primeira parte da parábola fala de um rei (senhor), que chamou os seus servos para resolver sobre as dívidas que estes deviam a ele. Um dos servos que devia dez mil talentos ao rei, não tinha como pagar a dívida, então o rei mandou que ele, sua mulher, seus filhos e seus bens fossem vendidos para que pudessem assim pagar sua dívida. O servo aflito ajoelhou-se diante do rei e pediu um prazo para pagá-la. Jesus diz na parábola que “cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida”. (V.27)

 Jesus explica na parábola sobre o Reino dos céus e faz diversas comparações. O Rei e Senhor do qual Ele fala na parábola é Deus, que cheio de compaixão não condena o servo (nós) depois de seu pedido de perdão da dívida (pecado), mas o perdoa. Todas as vezes que pedimos perdão de nossos pecados (dívidas) a Deus, Ele “não nos tratou segundo os nossos pecados; nem nos castigou segundo as nossas culpas” (Sl  102,10), mas teve em conta a sua misericórdia e seu amor  por nós.

O Beato João Paulo II ensinou-nos que “o crente sabe que a reconciliação provém de Deus, que está sempre pronto a perdoar a quantos se dirigem a Ele e a lançar para trás das costas todos os seus pecados”. ( Is 38,17)  A imensidade do amor de Deus ultrapassa a compreensão humana, como recorda a Sagrada Escritura:  “Acaso pode uma mulher esquecer-se do menino que amamenta, não ter carinho pelo fruto das suas entranhas?  Ainda que ela se esquecesse dele, Eu nunca te esqueceria.”  (Is 49,15)

No confessionário, podemos ter uma clara noção do amor misericordioso de Deus por cada um de nós. O Papa Bento XVI disse: “O amor apaixonado do Pai pela humanidade vence o orgulho humano. Oferecido gratuitamente, é um amor que perdoa e leva as pessoas a entrar mais profundamente na comunhão da Igreja de Cristo. Ele oferece verdadeiramente a todos os povos a unidade em Deus e, como isto é manifestado de maneira perfeita por Cristo na cruz, reconcilia a justiça e o amor”. (Deus caritas est, 10).

 A Igreja, através de seus Ministros ordenados, tem a autoridade e o dever de perdoar em nome do Senhor as nossas dívidas (os nossos pecados), pelo sacramento da Confissão.  O Catecismo (982) explica-nos: “Não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. Não existe ninguém, por mau  e culpado que seja, que não deva esperar com segurança a seu  perdão, desde que seu arrependimento seja sincero.  Cristo que morreu por todos os homens, quer que, em sua Igreja, as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que recua do pecado”.

Reflexão dos versículos 28 a 30 – Jesus continua falando na parábola que, o servo que havia sido perdoado pelo Rei, saiu dali e encontrou-se com seu companheiro de serviço. Esse companheiro devia-lhe cem denários. O servo obrigou seu colega a pagar o que lhe devia e quase o estrangulou por isso. Como o companheiro não tinha esse dinheiro, ”caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: Dá-me um prazo e eu te pagarei!” (V.29) Mas o servo não teve misericórdia e mandou colocá-lo na prisão até que ele conseguisse pagar o que devia.

O mesmo servo que havia sido perdoado pelo senhor não quis fazer o mesmo com aquele que lhe devia dinheiro. Na oração do Pai Nosso Jesus nos ensinou: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam”. (Mt 6,12) Ao pedir perdão a Deus de nossas faltas, precisamos primeiro perdoar a quem nos ofendeu.

O Beato João Paulo II disse: “A nossa própria oração não poderá ser aceita pelo Senhor, se não for precedida, e de certo modo garantida em sua autenticidade, pela iniciativa sincera da reconciliação com o irmão que tem  alguma coisa contra nós: só então nos será possível apresentar uma oferta agradável a Deus”. (Mt 5,23-24).

 O Catecismo (2845) diz também:  “Deus não aceita o sacrifício dos que fomentam a desunião; Ele ordena que se afastem do altar para primeiro se reconciliarem com seus irmãos: Deus quer ser pacificado com orações de paz. Para Deus, a mais bela obrigação é nossa paz, nossa concórdia, a uni­dade no Pai, no Filho e no Espírito Santo de todo o povo fiel”.

A Palavra de Deus diz que devemos perdoar uns aos outros assim como Deus nos perdoa: “Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo”. (Ef 4, 32)

Reflexão dos versículos 31 a 35 – Jesus conta na parábola que os outros servos “profundamente tristes”, vendo o comportamento daquele servo, o que havia sido perdoado pelo Rei de uma dívida de 10 mil talentos e que não perdoou ao seu colega que lhe devia apenas 100 denários, vieram contar ao Senhor o que havia acontecido. Então o senhor mandou chamar esse servo e lhe disse: “Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste. Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti”? (V.32-33) E diz a Palavra que “o Senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida” (V.34)

E Jesus conclui a parábola dizendo que assim também o nosso Pai Celeste nos tratará “se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração”. (V. 35) É com sinceridade de coração que precisamos perdoar ao irmão que nos ofendeu.O Catecismo diz: “É aí, de fato, «no fundo do coração», que tudo se ata e desata. Não está no nosso poder deixar de sentir e esquecer a ofensa; mas o coração que se entrega ao Espírito Santo muda a ferida em compaixão e purifica a memória, transformando a ofensa em intercessão”.

Jesus é a imagem personificada do perdão de Deus ao derramar na cruz seu preciosíssimo sangue, pelo perdão de nossos pecados. O Beato João Paulo II disse: “Na sua benigna propensão ao perdão, Deus chegou ao ponto de Se dar a Si próprio ao mundo na pessoa do Filho, que veio trazer a redenção a cada indivíduo e à humanidade inteira. Face às ofensas dos homens, que culminaram na sua condenação à morte de cruz, Jesus reza: « Perdoa-lhes, ó Pai, porque não sabem o que fazem » (Lc 23, 34).

No decorrer dos tempos, a maioria dos povos tem um passado de conflitos entre si, por isso a nossa dificuldade de conceder o perdão a quem nos ofendeu, pois cada um de nós carrega em sua história rancores, divisão, guerras, desentendimentos.

 O Beato João Paulo II ensinou que “a dificuldade do perdão não depende só dos acontecimentos atuais. A história carrega consigo um pesado fardo de violências e conflitos, de que não é fácil desembaraçar-se. Prepotências, opressões, guerras fizeram sofrer inumeráveis seres humanos, e, ainda que as causas desses fenômenos dolorosos se percam em tempos remotos, os seus efeitos permanecem vivos e dilacerantes, alimentando medos, suspeitas, ódios e divisões entre famílias, grupos étnicos, povos inteiros”.

 Mas precisamos nos esforçar individualmente pedindo a Deus a cura de nossas feridas e cooperando assim com a paz no mundo, trabalhando a questão do perdão a partir do grupo social em que vivemos. O Beato João Paulo II continuou a nos explicar: “Os indivíduos e os povos têm necessidade de uma espécie de purificação da memória, a fim de que os males de ontem não voltem a repetir-se. Não se trata de esquecer o sucedido, mas de o reler com sentimentos novos, aprendendo precisamente das experiências sofridas que só o amor constrói, enquanto o ódio produz devastação e ruínas. É preciso substituir a repetitividade sufocante da vingança pela novidade libertadora do perdão”.

Vamos colocar aqui como conclusão dessa reflexão, as palavras do Beato João Paulo II fazendo um apelo aos pais para que deem ensinamento e testemunho de perdão aos seus filhos e assim as gerações futuras poderem ser agraciadas com a unidade e a paz. ”E a vós, pais e mães de família, digo: ensinai aos vossos filhos a perdoar, tomai as vossas casas focos de amor e de perdão; transformai as vossas ruas e os vossos bairros em centros de paz e de reconciliação. Seria crime, contra a juventude e seu futuro, deixar mesmo uma só criança crescer apenas com a experiência da violência e do ódio”.

Oremos:

Com São Francisco de Assis

Senhor, fazei – me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa, que eu leve o perdão; onde houver discórdia, que eu leve a união; onde houver dúvida, que eu leve a fé; onde houver erro, que eu leve a verdade; onde houver desespero, que eu leve a esperança; onde houver tristeza, que eu leve a alegria; onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Com o canto liturgico

 Perdoai-nos, ó Pai, as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos ofendeu! \ Se eu não perdoar a meu irmão, o Senhor não me dá o seu perdão.\ Eu não julgo para não ser julgado; perdoando é que serei perdoado.\ Ajudai-me, Senhor, a perdoar; e livrai-me de julgar e condenar! \ Vou ficar sempre unido em comunhão ao Senhor e também ao meu irmão\ Vivo em Cristo a vida de cristão; sou mensagem de sua reconciliação.

Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo

8 de setembro de 2011 at 13:21 2 comentários

Vigésimo Quarto Domingo do Tempo Comum – Mateus 18, 21-35

21. Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?  

22. Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.  

23. Por isso, o Reino dos céus é comparado a um rei que quis ajustar contas com seus servos.  

24. Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.  

25. Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida.  

26. Este servo, então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!  

27. Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida.  

28. Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Agarrou-o na garganta e quase o estrangulou, dizendo: Paga o que me deves!  

29. O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: Dá-me um prazo e eu te pagarei!  

30. Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida.  

31. Vendo isto, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado.  

32. Então o senhor o chamou e lhe disse: Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste.  

33. Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti?  

34. E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida.  

35. Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração.  

7 de setembro de 2011 at 18:04 Deixe um comentário

Perdoar a quem nos ofendeu.

Oi Crianças!

Hoje vamos aprender sobre perdoar o irmão.

Saber perdoar é ser humilde e generoso

Com a pessoa que magoou o nosso coração

É dizer a ela que não guardamos nenhum rancor.

Precisamos pedir diariamente a Deus

Um coração sempre pronto a perdoar,

Porque o ressentimento deixa a nossa alma triste e sem paz.

É importante tratarmos a todos com bondade e amor

Para também não causarmos feridas no coração

Das pessoas que nos são próximas.

Deus pede na sua Palavra

Para sempre perdoar

A quem nos ofendeu. (Mateus 18,21-22)

Jane Amábile

Foto de Ana Paula

5 de setembro de 2011 at 12:15 Deixe um comentário

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