Archive for junho, 2023

Francisco: acompanhar a vida espiritual dos sacerdotes e não tolerar a duplicidade

Na audiência aos membros do Capítulo Geral dos Servos do Paráclito, o Papa recordou que se colocar “a serviço de Cristo nos seus sacerdotes” significa também “partilhar o caminho da purificação que a Igreja está vivendo devido às tragédias dos abusos”. E Francisco acrescentou: “a duplicidade de vida de um sacerdote não deve ser tolerada, mas denunciada, à luz do Espírito, pois somente Ele cura as infidelidades dos seus ministros”.

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Manoel Tavares – Vatican News

O Papa Francisco recebeu na manhã deste sábado (24), no Vaticano, os membros da Congregação dos Servos do Paráclito, por ocasião do seu Capítulo Geral. Na saudação aos presentes, o Pontífice frisou a importância desse encontro para a Congregação, “um tempo intenso de diálogo com o Espírito Santo, do qual os participantes saem renovados, antes de tudo no coração, na visão, nas resoluções e também nas iniciativas e estruturas. Um tempo de discernimento colegial dos sinais, que provém do caminho e da história da Congregação”. E afirmou:

Animados pela graça própria do Capítulo, vocês se propõem encontrar novos caminhos de misericórdia e proximidade, para a realização do seu carisma com fidelidade dinâmica. Vocês acolhem os sacerdotes em dificuldade, prestando-lhes um serviço possível e prudente. O próprio lema do Instituto ‘Sacerdotes por Cristo’, que resume bem sua vocação particular: estar a serviço de Cristo nos seus sacerdotes”.

Aprofundar a espiritualidade da reparação

Hoje em dia, disse Francisco, o carisma do Instituto significa também partilhar o caminho da purificação que a Igreja está vivendo, devido às tragédias dos abusos: “o pecado nos desfigura e experimentamos, com sofrimento, a experiência humilhante quando nossos irmãos sacerdotes ou bispos caem no profundo abismo do vício, da corrupção ou, pior ainda, do crime, que destrói a vida dos outros”. Diante dessa situação, recordou o Papa, os “Servos do Paráclito são chamados a dedicar a sua vida ao serviço de alguns sacerdotes e irmãos consagrados, mediante um caminho de ascese, conversão e renovação espiritual e vocacional”. E acrescentou:

Com o espírito e o estilo do Bom Samaritano, vocês acolhem esses confrades, compartilhando com eles a vida religiosa e a oração diária. Acima de tudo, vocês os inserem em uma comunidade de oração, que os ajuda a redescobrir a harmonia de uma vida, que a crise vocacional sempre compromete. Por isso, convido-os a aprofundar a espiritualidade da reparação, partindo da necessidade de purificação, em prol da santidade dos Pastores do Povo de Deus”.

Neste sentido, disse Francisco aos membros Capitulares da Congregação norte-americana, o carisma de vocês “valoriza, de modo particular, o compromisso ascético e a oração, de raiz contemplativa, que vocês pretendem reassumir plenamente, ao lado dos sacerdotes mais necessitados, mediante as luzes do Espírito Santo, protagonista da vida dos ministros de Cristo”.

Com efeito, a vida espiritual de um sacerdote, concluiu o Papa Francisco, “aumenta não com atitudes aparentes, mas quando se deixa levar por iniciativa do Espírito. A duplicidade de vida de um sacerdote não deve ser tolerada, mas denunciada, à luz do Espírito, pois somente Ele cura as infidelidades dos seus ministros. Que o Espírito os ajude a olhar o próximo com os olhos, amor e ternura de Jesus”.

30 de junho de 2023 at 6:41 Deixe um comentário

Oração ao Sagrado Coração de Jesus

Coração amantissimo de Jesus, repleto de amor e perdão:

Cura as nossas enfermidades;

Cura as nossas infidelidades;

Liberta-nos das idolatrias;

Liberta-nos dos apegos aos bens materiais.

Amém.

30 de junho de 2023 at 5:57 Deixe um comentário

São Pedro Apóstolo, Padroeiro da Cidade de Roma – 29 de junho

Seu nome era Simão e foi Jesus quem o chamou Pedro. Natural de Betsaida, vivia em Cafarnaum e era pescador no Lago de Tiberíades. O Mestre o convidou a segui-lo, juntamente com seu irmão André; com Tiago e João, testemunharam alguns acontecimentos importantes: a ressurreição da filha de Jairo, a Transfiguração, a agonia no Horto das Oliveiras.

Caminhando ao lado do Messias, Pedro emerge como um homem simples, irrequieto e, às vezes, até impulsivo. Vez por outra, fala e age em nome dos Apóstolos; não hesita em pedir a Jesus explicações e esclarecimentos sobre a sua pregação ou parábolas, como também o interroga sobre várias questões.

Foi o primeiro a responder ao Mestre, diante da pergunta aos discípulos: “Também vocês querem ir embora?”. O Mestre fez esta pergunta depois de falar na Sinagoga de Cafarnaum, suscitando transtorno entre os discípulos; de fato, muitos deles, daquele momento em diante, decidiram não segui-lo mais. Então, Simão Pedro respondeu: “Senhor, para quem iremos? Somente tu tens palavras de vida eterna; nós acreditamos e sabemos que és o Santo de Deus” (Jo 6,67-68).

A confissão de Pedro

Em Cesareia de Filipe, quando Jesus pergunta aos seus “E vós, quem dizeis que eu sou?”, Pedro afirma: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” (Mt 16,16). E Jesus lhe disse: “Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16,18-19).

Eis o encargo que Pedro recebeu: governar a Igreja. Os Evangelhos revelam que Jesus quis confiar a sua Igreja a um pescador instintivo e com pouca instrução, que, às vezes, não sabia ver a vontade de Deus: ele protestou quando Jesus falou sobre a sua Paixão; não queria que Jesus lhe lavasse os pés na Última Ceia, por ser um gesto tão humilde por parte do Mestre; negou, por três vezes, conhecer Jesus, depois de ser capturado.

No entanto, os Apóstolos reconhecem a função que Jesus lhe confiou e ele toma diversas iniciativas. Na manhã de Páscoa, informado por Maria Madalena que o corpo do Mestre tinha desaparecido do sepulcro, foi lá, às pressas, com outro discípulo. Mas, este, chegando antes que ele, deixa, por respeito, que Pedro entre por primeiro.

A missão de Pedro

Após a Ressurreição, os Apóstolos se reuniam em cenáculos, onde o Mestre, às vezes, lhes aparecia. Cada um retoma a própria vida diária; Pedro, volta a se ocupar da sua barca e redes. Foi precisamente depois de uma noite inteira, sem pescar, que o Mestre lhe aparece mais uma vez (Jo 21,3-7); pede-lhe para apascentar seu rebanho e lhe prediz com qual morte seria glorificado (Jo 21, 15-19).

Depois da Ascensão, Pedro torna-se o ponto de referência dos Apóstolos e dos primeiros seguidores de Cristo; começa a falar em público, a pregar e a fazer curas. Foi convocado, preso e solto, diversas vezes, pelo Sinédrio, obrigado a aceitar a autoridade, com a qual falava; e o povo, entusiasta em torno a ele, aumentava cada vez mais.

Pedro começa a ir, de cidade em cidade, transmitir a Boa Nova. Mas, volta sempre a Jerusalém; ali, certo dia, aparece Paulo a ele e aos outros Apóstolos, falando sobre a sua conversão.

Pedro e Paulo tomam, depois, estradas diferentes, sem poupar esforço nas várias viagens. Porém, ambos sempre se cruzam pelas ruelas de Jerusalém. Pedro confronta-se muito com Paulo, aceita suas observações e considerações; com ele discute também sobre as orientações a serem adotadas pela Igreja nascente. Por fim, os dois Apóstolos voltam a se encontrar em Roma.

Bispo de Roma

Pedro confirma a fé da comunidade cristã e a dirige. Durante a perseguição de Nero, foi preso e, depois, crucificado de cabeça para baixo, por seu desejo. No entanto, Paulo foi condenado à morte e decapitado pelo Tribunal romano. Segundo a tradição, o martírio dos dois pilares da Igreja deu-se no mesmo dia: 29 de junho do ano 67. Pedro morreu no Circo de Nero, na colina Vaticana, e Paulo na Via Ostiense. Sobre suas sepulturas surgiram a Basílica de São Pedro e a Basílica de São Paulo extra Muros.

29 de junho de 2023 at 6:54 Deixe um comentário

Papa: inspirar-se em Pedro e Paulo para uma Igreja humilde e aberta

Na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, Francisco exortou os fiéis a se inspirarem nos Apóstolos para crescer como Igreja do seguimento, como Igreja humilde que nunca dá por terminada a busca do Senhor, tornando-se simultaneamente uma Igreja aberta, que encontra a sua alegria não nas coisas do mundo, mas no anúncio do Evangelho ao mundo.

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

Seguimento e anúncio: estas foram as duas palavras ressaltadas pelo Papa na homilia da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, festejada neste 29 de junho. No Brasil, a data foi transferida para o próximo domingo, 2 de julho.

Na Basílica de São Pedro, concelebraram com o Pontífice os 32 arcebispos nomeados no ano passado. Entre eles, há quatro lusófonos: três brasileiros e um moçambicano: Dom José Carlos Souza Campos, de Montes Claros (MG); Dom Juarez Sousa da Silva, de Teresina (PI); Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, de Olinda e Recife (PE); e Dom João Carlos Hatoa Nunes, de Maputo. Na celebração, o Papa abençoou os pálios, que depois serão impostos pelo Núncio na arquidiocese, junto à comunidade local.

Na Basílica, como é tradição, também estava presente uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. A Santa Sé retribui o gesto fraterno, enviando um representante na Festa de Santo André, em 30 de novembro, padroeiro da Igreja local.

Já em sua homilia, Francisco se inspirou na pergunta que Jesus dirige aos discípulos, contida no Evangelho de Mateus: “Vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16, 15). Para o Pontífice, esta é a pergunta fundamental, a mais importante: Quem é Jesus para mim?

Os dois Apóstolos responderam a esta pergunta de modo diferente. A de Pedro poderia se resumir em uma palavra: seguimento. Pedro largou tudo para ir atrás do Senhor. E o Evangelho sublinha que foi “imediatamente”, não disse a Jesus que iria pensar, fazer cálculos para ver se lhe convinha, não apresentou desculpas para adiar a decisão, mas deixou as redes e O seguiu. Haveria de descobrir tudo dia após dia, no seguimento de Jesus.

Aquela anotação “imediatamente”, acrescentou o Papa, vale também para nós: se há tantas coisas na vida que podemos adiar, o seguimento de Jesus não pode ser uma delas. E atenção! Pois algumas desculpas aparecem disfarçadas de espiritualidade, como “não sou digno”, “não sou capaz”. Para Francisco, são artimanhas do diabo, que nos rouba a confiança na graça de Deus. A lição de Pedro, portanto, é: devemos nos desprender de nossas seguranças terrenas, imediatamente, e seguir Jesus todos os dias.  

Já a resposta de Paulo se resume na palavra anúncio. No caminho de Damasco, Jesus foi ao seu encontro e cegou-o com a sua luz, ou melhor, graças àquela luz, Saulo deu-se conta de quanto era cego. Assim, consagra a sua vida a percorrer terra e mar, cidades e aldeias, para anunciar Jesus Cristo.

Portanto, à pergunta “quem é Jesus para mim”, Paulo não responde com uma religiosidade intimista, mas com a inquietação de levar o Evangelho aos outros. Também hoje, observou o Papa, a Igreja tem necessidade de colocar o anúncio no centro, que não se cansa de repetir: “Ai de mim se eu não evangelizar”. Uma Igreja que precisa anunciar como necessita de oxigênio para respirar.

Francisco exortou os fiéis a se inspirarem nos Apóstolos Pedro e Paulo para crescer como Igreja do seguimento, como Igreja humilde que nunca dá por terminada a busca do Senhor, tornando-se simultaneamente uma Igreja aberta, que encontra a sua alegria não nas coisas do mundo, mas no anúncio do Evangelho ao mundo.

Dirigindo-se aos Arcebispos que recebem o Pálio, pede que sejam apóstolos como Pedro e Paulo, discípulos no seguimento e apóstolos no anúncio. Por fim, o Pontífice saudou a Delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, enviada por Bartolomeu. “Obrigado pela presença! Caminhemos juntos, no seguimento e no anúncio da Palavra, crescendo na fraternidade. Que Pedro e Paulo nos acompanhem e intercedam por nós.”

29 de junho de 2023 at 6:34 Deixe um comentário

João Batista – a voz que anuncia a Palavra!

Filho de um casal idoso, de Isabel estéril e Zacarias sem fé, João Batista, que a Igreja recorda neste sábado, 24 de junho, “foi um presente que Deus ofereceu para a humanidade aprender olhar para frente!”. O Padre Maicon André Malacarne assina artigo em que traça as principais características do homem que vivia próximo ao rio Jordão e batizou Jesus.

Pe. Maicon André Malacarne*

Os quatro evangelistas e também o historiador Flávio Josefo, contemporâneo a São Paulo, traçaram as características principais de João Batista, cujo nascimento celebramos hoje: era um homem piedoso e de oração, vivia próximo ao rio Jordão onde batizava e, mais tarde, foi preso e morto decapitado pelo rei Herodes. Jesus ficou impressionado pelo projeto do Batista e foi até ele para ser batizado.

Da solenidade de hoje, alguns pontos que podem ajudar a meditar:

1. João Batista foi filho de um casal idoso. Isabel era estéril e Zacarias havia perdido a fé. Da esterilidade e da incredulidade nasceu uma esperança, uma promessa! O nascimento de João foi motivo de alegria, de festa, um milagre! O Batista foi um presente que Deus ofereceu para a humanidade aprender olhar para frente!

2. João foi um projeto de vida! Ao batizar Jesus, ele fechava o Antigo Testamento e abria o Novo Testamento. Não era mais necessário profetas para falar em nome de Deus, mas Deus mesmo se fez humano, em Jesus Cristo! João foi capaz de perceber e anunciar o verbo encarnado!

3. João aprendeu a descentralizar! Mesmo com as pessoas que o procuravam e queriam viver como ele, percebeu que o centro deveria ser Jesus: «Ele deve crescer e eu diminuir» (Jo 3,30). João não buscava prestígio, mas acreditava em um tempo novo, com mais justiça, solidariedade e verdade e percebia que só Jesus Cristo seria o caminho. Foi também nessa fidelidade que denunciou as corrupções de Herodes, o que lhe custou a vida.

Santo Efrém (306-373), um dos maiores representantes do cristianismo da Síria, teólogo, compositor e poeta, sistematizou a relação de João Batista e Jesus Cristo de uma maneira bonita: «Aquele que batiza na água anuncia aquele que batizará no fogo e no Espírito Santo (cf. Mt 3, 11). A luz brilhante anuncia o sol da justiça, aquele que é cheio do Espírito anuncia aquele que dá o Espírito, aquele que viu a pomba e aquele sobre o qual a pomba pousou. João Batista é a voz que anuncia a Palavra».

* Diocese de Erexim/RS

29 de junho de 2023 at 6:05 Deixe um comentário

Educar é evangelizar: Papa propõe o exemplo de Santa Mary Mackillop

O zelo apostólico da santa australiana Mary Mackillop foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral deste 28 de junho, a última antes da pausa de verão. O tradicional encontro das quartas-feiras será retomado no dia 9 de agosto.

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

O Papa realizou hoje a Praça São Pedro sua última Audiência Geral antes da pausa de verão. Com efeito, ao tomar a palavra, Francisco agradeceu a “paciência” dos fiéis, que comparecem não obstante o calor. Durante o mês de julho estão suspensas todas as atividades públicas de Francisco, com exceção do Angelus dominical.

A Audiência desta quarta foi também a primeira desde a sua operação no intestino. O Pontífice foi internado no dia 7 de junho e recebeu alta no dia 16. E mesmo sob o forte calor romano, Francisco fez o giro entre os milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, beijou as crianças, tomou chimarrão e acenou aos peregrinos. Ao se dirigir a eles, retomou o ciclo de catequeses sobre o zelo apostólico, destacando figuras exemplares de homens e mulheres que deram a sua vida pelo Evangelho.

O testemunho de hoje veio da Oceânia, mais precisamente da Austrália: Santa Mary Mackillop, fundadora das Irmãs de São José do Sagrado Coração, que dedicou sua vida à formação intelectual e religiosa dos pobres da zona rural.

Mary MacKillop nasceu nos arredores de Melbourne de pais emigrados da Escócia. Desde jovem, sentiu o chamado de Deus a servi-Lo e testemunhá-Lo não só com as palavras, mas sobretudo com a vida. E compreendeu que o modo melhor de evangelizar o seu mundo passava pela educação dos jovens, ciente de que a educação católica é uma forma de evangelização. Dedicou-se principalmente aos jovens pobres que habitavam em periferias onde mais ninguém queria ou podia ir.

“E isto é muito importante: no caminho da santidade, os pobres, os marginalizados são os protagonistas e uma pessoa não pode avançar na santidade se não se dedica a eles. São a presença do Senhor”, disse o Papa.

Francisco contou que cerca vez leu uma frase que o impressionou, que dizia o seguinte: o protagonista da história é o mendicante. “São eles que chamam à atenção para esta grande injustiça, que é a grande pobreza no mundo. Gasta-se tanto dinheiro para fabricar armas e não para a comida. E não se esqueçam: não existe santidade se num modo ou de outro não há cuidado com os pobres, com os necessitados, com aqueles que estão um pouco à margem da sociedade.”

Falando ainda sobre Santa Mary, o Pontífice prosseguiu recordando que em 19 de março de 1866, dia de São José, ela abriu a primeira escola num pequeno subúrbio. Seguiram-se, depois, muitas outras, inclusive na Nova Zelândia, nas quais os professores eram convidados a acompanhar e encorajar os estudantes rumo a um desenvolvimento integral da sua pessoa, isto é, sem esquecer a dimensão espiritual.

Com efeito, a educação não consiste em encher a cabeça de ideias, mas acompanhar e encorajar os estudantes no caminho de crescimento humano e espiritual, mostrando a eles quanto a amizade com Jesus dilata os corações e torna a vida mais humana. Esta visão, disse o Papa, é plenamente atual hoje, “quando sentimos a necessidade de um pacto educativo capaz de unir as famílias, as escolas e toda a sociedade”.

O zelo de Mary MacKillop para a difusão do Evangelho a levou a empreender outras obras de caridade, como a “Casa da Providência” inaugurada em Adelaide para acolher idosos e crianças abandonados. Aliás, o seu segredo foi sempre a fé na Divina Providência, a relação contínua com o Senhor: era em Deus que ela encontrava tranquilidade, readquiria o entusiasmo e reavivava a alegria, mesmo em meio às dificuldades e desafios. “Há muitos anos aprendi a amar a Cruz”, confidenciou certa vez a uma coirmã. “Todos os santos tiveram oposição, inclusive dentro da Igreja. É curioso isto”, disse o Papa. 

Francisco concluiu fazendo votos de que seu discipulado missionário inspire a todos nós, chamados a ser fermento de Evangelho nas nossas sociedades em rápida transformação. “O seu exemplo e a sua intercessão amparem o trabalho cotidiano dos pais, professores, catequistas e de todos os educadores, pelo bem dos jovens e por um futuro mais humano e cheio de esperança.”

28 de junho de 2023 at 6:12 Deixe um comentário

JMJ Lisboa: divulgado programa da Viagem Apostólica do Papa a Portugal

A Jornada Mundial da juventude levará o Papa Francisco a Portugal, onde estará de 2 a 6 de agosto deste ano. Prevista visita ao Santuário de Fátima.

Vatican News

Foi divulgado nesta quarta-feira o programa da Viagem Apostólica do Papa Francisco a Portugal, por ocasião da XXXVII Jornada Mundial da juventude.

Quarta-feira, 2 de agosto de 2023

ROMA – LISBOA

07:50 Partida de avião do Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino para Lisboa (hora italiana)

10:00 Chegada à Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa (hora local)

10:00 RECEÇÃO OFICIAL

10:45 CERIMÓNIA DE BOAS-VINDAS, na entrada principal do Palácio Nacional de Belém

11:15 VISITA DE CORTESIA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no Palácio Nacional de Belém

12:15 ENCONTRO COM AS AUTORIDADES, A SOCIEDADE CIVIL E O CORPO DIPLOMÁTICO, no Centro Cultural de Belém Discurso do Santo Padre

16:45 ENCONTRO COM O PRIMEIRO-MINISTRO, na Nunciatura Apostólica

17:30 VÉSPERAS COM OS BISPOS, SACERDOTES, DIÁCONOS, CONSAGRADOS E CONSAGRADAS, SEMINARISTAS E AGENTES PASTORAIS, no Mosteiro dos Jerónimos 

Homilia do Santo Padre

Quinta-feira, 3 de agosto de 2023

LISBOA – CASCAIS – LISBOA

09:00 ENCONTRO COM OS JOVENS UNIVERSITÁRIOS, na Universidade Católica Portuguesa Discurso do Santo Padre

10:40 ENCONTRO COM OS JOVENS DE SCHOLAS OCCURRENTES, na sede de Scholas Occurentes de Cascais Saudação do Santo Padre

17:45 CERIMÓNIA DE ACOLHIMENTO, no Parque Eduardo VII Discurso do Santo Padre

Sexta-feira, 4 de agosto de 2023

LISBOA

09:00 CONFISSÃO DE ALGUNS JOVENS DA JMJ, na Praça do Império

09:45 ENCONTRO COM OS REPRESENTANTES DE ALGUNS CENTROS DE ASSISTÊNCIA SOCIO-CARITATIVA, no Centro Paroquial de Serafina Discurso do Santo Padre

12:00 ALMOÇO COM OS JOVENS, na Nunciatura Apostólica

18:00 VIA-SACRA COM OS JOVENS, no Parque Eduardo VII Discurso do Santo Padre

Sábado, 5 de agosto de 2023

LISBOA – FÁTIMA – LISBOA

08:00 Partida de helicóptero da Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa, para Fátima

08:50 Chegada ao Estádio de Fátima

09:30 RECITAÇÃO DO TERÇO COM OS JOVENS DOENTES, na Capelinha das Aparições do Santuário de Nossa Senhora de Fátima Discurso do Santo Padre

Oração

11:00 Partida de helicóptero, do Estádio de Fátima, para Lisboa

11:50 Chegada à Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa

18:00 ENCONTRO PRIVADO COM OS MEMBROS DA COMPANHIA DE JESUS, no Colégio de S. João de Brito

20:45 VIGÍLIA COM OS JOVENS, no Parque Tejo Discurso do Santo Padre

Domingo, 6 de agosto de 2023

LISBOA – ROMA

09:00 SANTA MISSA PARA O DIA MUNDIAL DA JUVENTUDE, no Parque Tejo Homilia do Santo Padre

Angelus

16:30 ENCONTRO COM OS VOLUNTÁRIOS DA JMJ, no Passeio Marítimo de Algés Discurso do Santo Padre

17:50 CERIMÓNIA DE DESPEDIDA, na Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa

18:15 Partida de avião da Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa, para Roma

22:15 Chegada ao Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino

28 de junho de 2023 at 5:40 Deixe um comentário

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo. Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino.

História

Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante que roubou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no século XV. Sua intenção era vendê-la em Roma. Durante a travessia do mar Mediterrâneo, uma tempestade quase fez o navio naufragar. Chegado em Roma, ele adoeceu e, arrependido, contou a um amigo sua história e pediu que ele devolvesse o ícone a uma Igreja.

A esposa desse amigo não quis devolvê-la, mas, após ficar viúva, Nossa Senhora apareceu à sua filha de seis anos e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em uma Igreja: na Igreja de São João Latrão ou na de Santa Maria Maior.

Em 27 de março de 1499, o ícone foi entronizado na Igreja de São Mateus, ficando lá por mais de 300 anos.

Ícone esquecido

Em uma invasão, a Igreja de São Mateus foi destruída. Os Agostinianos que guardavam a Obra, levaram-na para um lugar oculto, onde permaneceu esquecida por 30 anos. Um monge muito devoto, antes de morrer, contou a história a um coroinha, que, tempos depois, se tornou padre Redentorista e ajudou a reencontrar o ícone.

Reencontro

Em 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas e fez esta recomendação: “Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção”. Fizeram, então, muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo.

Atualmente, o quadro original encontra-se na Igreja de Santo Afonso, em Roma.

Imagem

De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz, no braço esquerdo, o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial. O centro da pintura não é Nossa Senhora, e sim Jesus. Maria é, assim, “aquela que indica o caminho” ou como é mais conhecida: “a via de Cristo”.

A minha oração

“Minha Mãe do Perpétuo Socorro, sede o meu amparo, meu socorro eterno, meu socorro sempre. Sede meu socorro materno em todas as minhas necessidades, Mãe! Sei que a senhora nunca abandona seus filhos! Entrego-me em Tuas mãos! Amém!”

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós!

– Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

27 de junho de 2023 at 10:32 Deixe um comentário

Frases sobre Caridade

1-Santa Savina Petrilli: “A caridade verdadeira dispensa gratidão”.

2-Papa Francisco: “Para amar a Deus concretamente, é preciso amar os irmãos, isto é, rezar por eles, simpáticos e antipáticos, inclusive pelo inimigo”.

3-Padre Roger Araújo: “Ao nosso lado estão os irmãos que precisam de nós, e nós precisamos cuidar uns dos outros, a começar pelos que estão mais próximos, na nossa convivência e na nossa família”.

4-Santo Agostinho: “Amando ao próximo limpas os olhos para ver a Deus”.

5-São Rafael Kalinowski: “O amor ao próximo: virtude que dá sentido à vida e constrói a sociedade”

6-Papa Francisco: “O Evangelho de hoje convida todos nós a visar não só as urgências dos irmãos mais pobres, mas sobretudo a prestar atenção às suas necessidades de proximidade fraterna, de sentido da vida e de ternura”. 

7-Padre Roger Araújo: “Partilhar e compartilhar a vida com intensidade de coração é a caridade que deve estar sempre ardendo dentro da nossa alma”.

8-Santa Savina Petrilli: “A caridade enobrece e aperfeiçoa o coração”.

9-Padre Paulo Ricardo: “A caridade, o amor que Cristo teve por mim me impele”. 

10-Santo Agostinho: “A soberba gera a divisão. A caridade, a comunhão”.

27 de junho de 2023 at 6:00 Deixe um comentário

Papa aos jovens da JMJ: “vou estar com vocês”

27 de junho de 2023 at 5:45 Deixe um comentário

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