Archive for janeiro, 2013
Cura, Senhor, o nosso casamento!
Senhor, o vosso amor nos uniu. Que ninguém nos separe! Fomos criados pelo vosso amor, é o nosso amor é transbordamento do vosso. Cura, Senhor, as feridas do nosso relacionamento, o desgaste causado pela rotina, o cansaço que adveio da lida cotidiana, as brechas que demos a pessoas e fatos, permitindo que eles interferissem em nosso relacionamento. Cura, Senhor, as brechas que demos à ação do Maligno. Cura-nos, Senhor, dos modismos e das más tendências, das más companhias e dos maus costumes. Que, a partir de hoje, o sol não se ponha mais sobre a nossa ira e não vamos mais dormir sem pedir ou sem dar o perdão. Que o desamor nunca nos desuna. Cura, Senhor, o nosso casamento! Amém.
De Pe Marlon Múcio
Catequese de Bento XVI: reflexão sobre o Credo 30/01/2013
Boletim da Santa Sé (Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)
CATEQUESE
Sala Paulo VI – Vaticano Quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Queridos irmãos e irmãs,
Na catequese de quarta-feira passada, nos concentramos sobre as palavras iniciais do Credo: “Eu creio em Deus”. Mas a profissão de fé especifica esta afirmação: Deus é Pai onipotente, Criador do céu e da terra. Gostaria então de refletir agora convosco sobre a primeira e fundamental definição de Deus que o Credo nos apresenta: Ele é Pai.
Não é sempre fácil hoje falar de paternidade. Sobretudo no mundo ocidental, as famílias desagregadas, os compromissos de trabalho sempre mais exigentes, as preocupações e frequentemente a dificuldade de enquadrar as contas familiares, a invasão dos meios de comunicação de massa na vida cotidiana são alguns dos muitos fatores que podem impedir uma relação serena e construtiva entre pais e filhos. A comunicação muitas vezes é difícil, a confiança é menor e a relação com a figura paterna pode se tornar problemática; e problemático se torna também imaginar Deus como um pai, não tendo modelos adequados de referência. Para quem teve a experiência de um pai demasiado autoritário e inflexível, ou indiferente e pouco afetuoso, ou até mesmo ausente, não é fácil pensar com serenidade em Deus como Pai e abandonar-se a Ele com confiança.
Mas a revelação bíblica ajuda a superar estas dificuldades falando-nos de um Deus que nos mostra o que significa verdadeiramente ser “pai”; e é sobretudo o Evangelho que nos revela esta face de Deus como Pai que ama ao ponto de doar o próprio Filho para a salvação da humanidade. A referência à figura paterna ajuda também a compreender algo do amor de Deus que porém permanece infinitamente maior, mais fiel, mais total que aquele de qualquer homem. “Quem dentre vós, – diz Jesus para mostrar aos discípulos a face do Pai, – dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? E se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celeste dará coisas boas aos que lhe pedirem” (Mt 7,9-11; cfr Lc 11,11-13). Deus nos é Pai porque nos abençoou e escolheu antes da criação do mundo (cfr Ef 1,3-6), nos tornou realmente seus filhos em Jesus (cfr 1 Jo 3,1). E, como Pai, Deus acompanha com amor a nossa existência, doando-nos a sua Palavra, o seu ensinamento, a sua graça, o seu Espírito.
Ele – como revela Jesus – é o Pai que alimenta as aves do céu sem que essas precisem plantar e colher, e reveste de cores maravilhosas as flores dos campos, com vestes mais belas eu aquelas do rei Salomão (cfr Mt 6,26-32; Lc 12,24-28); e nós – acrescenta Jesus – valemos bem mais que as flores e as aves do céu! E se Ele é tão bom a ponto de fazer “nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e … chover sobre os justos e sobre os injustos” (Mt 5,45), poderemos sempre, sem medo e com total confiança, confiar-nos ao perdão do Pai quando erramos no caminho. Deus é um Pai bom que acolhe a abraça o filho perdido e arrependido (cfr Lc 15,11ss), doa gratuitamente àqueles que pedem (cfr Mt 18,19; Mc 11,24; Jo 16,23) e oferece o pão do céu e a água viva que faz viver na eternidade (cfr Jo 6,32.51.58).
Por isso o orador do Salmo 27, cercado por inimigos, assediado por maus e caluniadores, enquanto busca ajuda junto ao Senhor e O invoca, pode dar o seu testemunho pleno de fé afirmando: “Meu pai e minha mãe me abandonaram, mas o Senhor me acolheu” (v.10). Deus é um Pai que não abandona nunca os seus filhos, um Pai amoroso que sustenta, ajuda, acolhe, perdoa, salva, com uma fidelidade que supera imensamente a dos homens, para abrir-se a uma dimensão da eternidade. “Porque o seu amor é para sempre”, como continua a repetir em ladainha, a cada verso, o Salmo 136 repercorrendo a história da salvação. O amor de Deus Pai não é menor, não se cansa de nós, é amor que doa até o extremo, até o sacrifício do Filho. A fé nos doa esta certeza, que se transforma uma rocha segura na construção da nossa vida: nós podemos enfrentar todos os momentos de dificuldade e de perigo, a experiência da escuridão da crise e do tempo de dor, suportados pela confiança de que Deus não nos deixa sós e sempre está próximo, para salvar-nos e levar-nos à vida eterna.
É no Senhor Jesus que se mostra em plenitude a face benevolente do Pai que está nos céus. É conhecendo-O que podemos conhecer também o Pai (cfr Jo 8,19; 14,7), é vendo-O que podemos ver o Pai, porque Ele está no Pai e no Pai está Nele (cfr Jo14,9.11). Ele é “imagem do Deus invisível” como o define o hino da Carta aos Colossenses, “primogênito de toda criação … primogênito de quem ressuscita dos mortos”, “por meio do qual temos a redenção, o perdão dos pecados” e a reconciliação de todas as coisas, “tendo pacificado com o sangue da sua cruz seja as coisas que estão na terra, seja aquelas que estão nos céus” (cfr Col 1,13-20).
A fé em Deus requer crer no Filho, sob a ação do Espírito, reconhecendo na Cruz que salva a revelação definitiva do amor divino. Deus nos é Pai doando o seu Filho para nós; Deus nos é Pai perdoando o nosso pecado e levando-nos à alegria da vida ressuscitada; Deus nos é Pai doando-nos o Espírito que nos torna filhos e nos permite chamá-lo, em verdade, “Abbá, Pai” (cfr Rm 8,15). Por isso Jesus, ensinando-nos a rezar, nos convida a dizer “Pai nosso” (Mt 6,9-13; cfr Lc 11,2-4).
A paternidade de Deus, então, é amor infinito, ternura que se inclina sobre nós, filhos indefesos, necessitados de tudo. O Salmo 103, o grande canto da misericórdia divina, proclama: “Como é terno um pai para o filho, assim o Senhor é terno para aqueles que o temem, porque Ele sabe como somos formados, lembra que somos pó” (vv. 13-14). É a nossa pequenez, a nossa indefesa natureza humana, a nossa fragilidade que se transforma apelo à misericórdia do Senhor para que manifeste a sua grandeza e ternura de Pai ajudando-nos, perdoando-nos e salvando-nos.
E Deus responde ao nosso apelo, enviando o seu Filho, que morre e ressuscita para nós; entra na nossa fragilidade e faz aquilo que sozinho o homem não poderia nunca fazer: toma para Si o pecado do mundo, como cordeiro inocente, e nos reabre o caminho para a comunhão com Deus, nos torna verdadeiros filhos de Deus. É ali, no Mistério pascal, que se revela em toda a sua luminosidade a face definitiva do Pai. E é ali, na Cruz gloriosa, que acontece a manifestação plena da grandeza de Deus como “Pai onipotente”.
Mas poderíamos nos perguntar: como é possível pensar em um Deus onipotente olhando para a Cruz de Cristo? A este poder do mal que chega ao ponto de matar o Filho de Deus? Nós gostaríamos, certamente, de uma onipotência divina segundo a nossa mentalidade e os nossos desejos: um Deus “onipotente” que resolva os problemas, que intervenha para evitar a dificuldade, que vence o poder adversário, muda o curso dos acontecimentos e anula a dor. Assim, hoje, diversos teólogos dizem que Deus não pode ser onipotente, caso contrário, não existiria tanto sofrimento, tanto mal no mundo. Na realidade, diante do mal e do sofrimento, para muitos, para nós, torna-se problemático, difícil, crer em um Deus Pai e acreditar nele como onipotente; alguns procuram refúgio em ídolos, cedendo à tentação de encontrar resposta em uma suposta onipotência “mágica” e nas suas ilusórias promessas.
Mas a fé em Deus onipotente nos impele a percorrer caminhos bem diferentes: aprender a entender que o pensamento de Deus é diferente do nosso, que as vias de Deus são diferentes das nossas (cfr Is 55,8) e também a sua onipotência é diferente: não se exprime como força automática ou arbitrária, mas é marcada por uma liberdade amorosa e paterna. Na realidade, Deus criando criaturas livres, dando liberdade, renunciou a uma parte do seu poder deixando o poder da nossa liberdade. Assim Ele ama e respeita a livre resposta de amor ao seu chamado. Como Pai, Deus deseja que nós nos tornemos seus filhos e vivamos como tais no seu Filho, em comunhão, em plena familiaridade com Ele. A sua onipotência não se exprime na violência, não se exprime na destruição do poder adversário como nós gostaríamos, mas se exprime no amor, na misericórdia, no perdão, no aceitar a nossa liberdade e no incansável apelo à conversão do coração, em uma atitude só aparentemente indefesa – Deus parece indefeso, se pensamos em Jesus Cristo que reza, que é morto. Uma atitude aparentemente indefesa, feita de paciência, de mansidão e de amor, demonstra que este é o verdadeiro modo de ser poderoso! Este é o poder de Deus! E este poder vencerá! O sábio do Livro da Sabedoria assim se dirige a Deus: “Tendes compaixão de todos, porque vós podeis tudo; e para que se arrependam, fechais os olhos ao pecado dos homens, porque amais tudo o que existe … poupais todos os seres, porque todos são vossos, Ó Senhor, que amais a vida” (11,23-24a.26).
Somente quem é verdadeiramente poderoso pode suportar o mal e mostrar compaixão; somente quem é verdadeiramente poderoso pode exercitar plenamente a força do amor. E Deus, a quem pertence todas as coisas porque tudo foi feito por Ele, revela a sua força amando tudo e todos, em uma paciente espera pela conversão de nós homens, que deseja ter como filhos. Deus espera a nossa conversão. O amor onipotente de Deus não conhece limites, tanto que “não poupou o próprio Filho, mas o entregou por todos nós” (Rm 8, 32). A onipotência do amor não é aquela do poder do mundo, mas é aquela da doação total, e Jesus, o Filho de Deus, revela ao mundo a verdadeira onipotência do Pai dando a vida por nós pecadores. Eis o verdadeiro, autêntico e perfeito poder divino: responder ao mal não com o mal, mas com o bem, aos insultos com o perdão, ao ódio com o amor que faz viver. Então o mal é verdadeiramente vencido, porque lavado pelo amor de Deus; então a morte é definitivamente derrotada porque transformada no dom da vida. Deus Pai ressuscita o Filho: a morte, a grande inimiga (cfr 1 Cor 15,26), é engolida e privada de seu veneno (cfr 1 Cor 15,54-55), e nós, livres do pecado, podemos ter acesso à nossa realidade como filhos de Deus.
Então, quando dizemos “Eu creio em Deus Pai onipotente”, nós expressamos a nossa fé no poder do amor de Deus que no seu Filho morto e ressuscitado derrota o ódio, o mal, o pecado e nos abre à vida eterna, aquela dos filhos que desejam estar para sempre na “Casa do Pai”. Dizer “Eu creio em Deus Pai onipotente”, no seu poder, no seu modo de ser Pai, é sempre um ato de fé, de conversão, de transformação do nosso pensamento, de todo o nosso afeto, de todo o nosso modo de viver. Queridos irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor para sustentar a nossa fé, para ajudar-nos a encontrar verdadeiramente a fé e para dar-nos a força de anunciar Cristo crucificado e ressuscitado e de testemunhá-Lo no amor a Deus e ao próximo. E Deus nos conceda acolher o dom da nossa filiação, para viver em plenitude a realidade do Credo, no abandono confiante ao amor do Pai e à sua misericordiosa onipotência que é a verdadeira onipotência e salvação.
São João Bosco – 31 de Janeiro
São João Bosco ou Dom Bosco é o fundador dos Salesianos e das Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora. Dedicam-se à formação da juventude.
Dom Bosco nasceu em Castelnuovo d’Asti, em 16 de agosto de 1815. Órfão de pai aos dois anos, Margarida Occhiena, sua mãe, teve um papel muito importante a sua vida e na sua formação humana e cristã. Levou uma infância pobre e difícil, trabalhando duramente para se manter nos estudos. Líder nato, desde pequeno exerceu grande influência entre seus colegas e amigos.
Em 1841 foi ordenado sacerdote e começou a exercer o ministério junto com São José Cafasso, era movido por uma grande paixão pela juventude, de modo especial a juventude pobre e abandonada.
João Bosco fundou escolas tipográficas, revistas e editoras para difundir a boa imprensa. Fundou também os Oratórios Festivos em que reunia os filhos abandonados de operários, o que deu origem à Congregação Salesiana. Foi um escritor fecundo, publicando folhas volantes, textos pedagógicos etc… Dom Bosco morreu em Turim, em 31 de janeiro de 1888. É o patrono do cinema, das escolas de artes e ofícios, dos prestidigitadores etc…
Oração
Deus, nosso Pai, por intercessão de São João Bosco, velai sobre os jovens e conduzi-os ao vosso Reino. Que se sintam responsáveis pela justiça, pela paz e pela fraternidade no mundo.
Que encontrem em vós segurança para suas vidas e força necessária para não se deixarem sucumbir ao mundo das drogas, do ódio e da violência.
Dai-lhe, Senhor, discernimento para que não caiam nas mãos dos que apenas visam explorá-los, inescrupulosamente, tornando-os objetos de consumo desenfreado e mão-de-obra barata para seus lucros.
Que os jovens dos campos e das cidades tenham os seus direitos fundamentais respeitados, encontrem o seu lugar na sociedade, realizando-se plenamente como criaturas humanas e filhos de Deus.
Fonte: Os santos de cada dia (Paulinas)
Bento XVI consola famílias das vítimas de tragédia em Santa Maria – 28 \ 01 \ 13
Da Redação, com Rádio Vaticano
A Secretaria de Estado do Vaticano divulgou na manhã desta segunda, 28, o telegrama enviado pelo Papa Bento XVI ao Arcebispo de Santa Maria, Dom Hélio Adelar Rubert, expressando seu pesar pela tragédia ocorrida na madrugada desse domingo em uma boate, que ocasionou a morte de 233 jovens e a internação de dezenas em estado grave.
Leia o telegrama na íntegra:
Exmo Revmo Dom Hélio Adelar Rubert Arcebispo de Santa Maria
Consternado pela trágica morte de centenas de jovens em um incêndio em Santa Maria, o Sumo Pontíficie pede a Vossa Excelência que transmita às famílias das vítimas suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados. Ao mesmo tempo em que confia a Deus Pai de misericórdia os falecidos, o Santo padre pede ao céu o conforto e restabelecimento para os feridos, coragem e a consolação da esperança cristã para todos atingidos pela tragédia e envia, a quantos estão em sofrimento e ao mesmo procuram remediá-lo, uma propiciadora bênção apostólica.
Cardeal Tarcísio Bertone Secretário de Estado de Sua Santidade.
Fonte: Canção Nova
O coração dos brasileiros está de luto. Consola, Senhor Jesus, a todos os que perderam seus entes queridos e, a todos nós.
Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria – Quarto Domingo do Tempo Comum – São Lucas 4, 21-30
21. Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir.
22. Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José?
23. Então lhes disse: Sem dúvida me citareis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; todas as maravilhas que fizeste em Cafarnaum, segundo ouvimos dizer, faze-o também aqui na tua pátria.
24. E acrescentou: Em verdade vos digo: nenhum profeta é bem aceito na sua pátria.
25. Em verdade vos digo: muitas viúvas havia em Israel, no tempo de Elias, quando se fechou o céu por três anos e meio e houve grande fome por toda a terra;
26. mas a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia.
27. Igualmente havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu; mas nenhum deles foi limpo, senão o sírio Naamã.
28. A estas palavras, encheram-se todos de cólera na sinagoga.
29. Levantaram-se e lançaram-no fora da cidade; e conduziram-no até o alto do monte sobre o qual estava construída a sua cidade, e queriam precipitá-lo dali abaixo.
30. Ele, porém, passou por entre eles e retirou-se.
Iniciemos essa reflexão com o comentário litúrgico: “Com alegria nos reunimos para celebrar a Eucaristia, que nos torna comunidade profética a serviço da libertação dos pobres. Deus nos chama e nos consagra para a vivência do amor, como família que escuta e comunica a palavra da vida. A páscoa de Jesus se realiza em todos os grupos e pessoas que assumem com fé, esperança e coragem a missão libertadora”.
Versículos de 21 a 22: “Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir. Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José?”
“Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir” – O Padre Bantu Mendonça disse que “Jesus sabia que era o Filho de Deus e se apresentou aos homens que estavam na sinagoga como sendo o cumprimento daquela promessa que estava na leitura de Isaías, a qual Ele tinha proclamado. Enquanto alguns O ouviam, maravilhados, outros desconfiavam dizendo: “Não é este o filho de José?” E, por isso, Jesus disse que um profeta não é bem aceito na sua terra”.
“Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José?” – O Papa Bento XVI disse que “depois de Jesus, com quase trinta anos, ter deixado Nazaré e já há algum tempo pregava e fazia curas noutras partes, regressou uma vez à sua terra e pôs-se a ensinar na sinagoga. Os seus concidadãos «ficaram admirados» pela sua sabedoria e, conhecendo-o como o «filho de Maria», o «carpinteiro» que viveu no meio deles, em vez de o receber com fé ficaram escandalizados com Ele (Mc 6, 2-3)”.
Versículos de 23 a 24: “Então lhes disse: Sem dúvida me citareis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; todas as maravilhas que fizeste em Cafarnaum, segundo ouvimos dizer, faze-o também aqui na tua pátria. E acrescentou: Em verdade vos digo: nenhum profeta é bem aceito na sua pátria”.
“Todas as maravilhas que fizeste em Cafarnaum, segundo ouvimos dizer, faze-o também aqui na tua pátria” – O Papa Bento XVI disse: “O homem Jesus de Nazaré é a transparência de Deus, n’Ele Deus habita plenamente. E enquanto nós procuramos sempre outros sinais, outros prodígios, não nos apercebemos de que o verdadeiro Sinal é Ele, Deus feito carne, é Ele o maior milagre do universo: todo o amor de Deus contido num coração humano, num rosto de homem”.
“Em verdade vos digo: nenhum profeta é bem aceito na sua pátria” – “O Evangelho comenta que os de Nazaré estranhavam-se que do seus lábios saíssem aquelas palavras de graça. O fato de que Jesus fosse bem conhecido pelos nazarenos, já que tinha sido seu vizinho durante a infância e juventude, não facilitava sua predisposição para aceitar que era um profeta. Lembremos a frase de Natanael: «De Nazaré pode sair algo de bom?» (Jo 1,46) (Padre Pere SUÑER i Puig SJ (Barcelona, Espanha)
A Palavra diz: “[O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus”. (Jo 1, 9-12)
Versículos de 25 a 27: “Em verdade vos digo: muitas viúvas havia em Israel, no tempo de Elias, quando se fechou o céu por três anos e meio e houve grande fome por toda a terra; mas a nenhuma delas foi mandado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. Igualmente havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu; mas nenhum deles foi limpo, senão o sírio Naamã”.
Os profetas de Israel também haviam sido rejeitados em sua pátria – O Papa Bento XVI disse: “Eles têm dificuldade de acreditar que este Filho de um carpinteiro seja Filho de Deus. O próprio Jesus dá como exemplo a experiência dos profetas de Israel, que precisamente na sua pátria tinham sido objeto de desprezo, e identifica-se com eles. Devido a este fechamento espiritual, Jesus não pôde realizar em Nazaré «milagre algum. Apenas curou alguns enfermos, impondo-lhes as mãos» (Mc 6, 5).
A Palavra diz: “O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos, que estava decidido a soltá-lo. Vós rejeitastes o Santo e o Justo, e pedistes a libertação para um assassino. Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas”. (At 3, 13-15)
Versículos de 28 a 30: “A estas palavras, encheram-se todos de cólera na sinagoga Levantaram-se e lançaram-no fora da cidade; e conduziram-no até o alto do monte sobre o qual estava construída a sua cidade, e queriam precipitá-lo dali abaixo. Ele, porém, passou por entre eles e retirou-se”.
“A estas palavras, encheram-se todos de cólera na sinagoga Levantaram-se e lançaram-no fora da cidade” – O Padre Eliano Gonçalves disse: “Os conterrâneos de Jesus ficam com os seus preconceitos. Todas às vezes em que nós tomamos a decisão de ficar fechados em nós, fazemos a mesma coisa que eles: negamos os dons do Senhor”.
“O amor é a única força capaz de vencer as guerras, as violências e até mesmo a morte. Quem ama, mesmo na perseguição, não desiste da missão, porque tudo desculpa, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. Jesus foi rejeitado por seu povo e, apesar disso, prosseguiu seu caminho. O amor é a essência de Deus e o ideal maior do relacionamento humano”. (Deus Conosco)
“Ele, porém, passou por entre eles e retirou-se” – Nao deixemos Jesus passar em nossa vida pela falta de fé – Santo Agostinho disse: “Tenho medo de Jesus que passa”.
Padre Raniero Cantalamessa disse que a passagem de Jesus “ é sempre uma passagem de graça”.
Conclusão
Concluímos essa reflexão com as palavras do Papa Bento XVI : “A admiração dos cidadãos, que se escandalizam, corresponde a maravilha de Jesus. Também Ele, num certo sentido, se escandaliza! Não obstante saiba que profeta algum é bem aceito na pátria, todavia o fechamento do coração do seu povo permanece para Ele obscuro, impenetrável: como é possível que não reconheçam a luz da Verdade? “
Oração
Do Papa Bento XVI: “Maria não se escandalizou com o seu Filho: a sua admiração por Ele é cheia de fé, de amor e de alegria, ao vê-lo tão humano e ao mesmo tempo tão divino. Por conseguinte, aprendamos dela, nossa Mãe na fé, a reconhecer na humanidade de Cristo a perfeita revelação de Deus”.
Da Liturgia Diária: “Ó Deus,… a palavra proclamada por vosso Filho encantava vosso povo, mas também encontrava resistência e rejeição. Reconhecemos que ainda hoje muitos autênticos profetas são rejeitados quando questionam as causas dos males que afligem o povo. Iluminai-nos, Senhor, com vosso Espírito, para que possamos acolher com alegria a mensagem de Jesus. Que vive e reina para sempre”.
Há no Blog uma reflexão do Evangelho de São Marcos 6, 1-6, com o nome “Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes…” – do dia 03 de Julho de 2012
Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo
Palavras do Papa antes do Angelus – 27/01/2013
Boletim da Santa Sé (Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)
ANGELUS