Papa: o futuro da humanidade está nas crianças e nos idosos

Francisco participou de uma das doze mesas temáticas do II Encontro Mundial sobre a Fraternidade Humana, que aconteceu nos dias 10 e 11 de maio, em Roma e no Vaticano. Na tarde deste sábado (11/05), na Sala Nova do Sínodo, o Papa conversou com as crianças sobre a felicidade que se alcança com a paz e enalteceu que “o futuro da humanidade está nas crianças e nos idosos”. Ao final, assinou a Declaração da Fraternidade das Crianças em preparação à I Jornada Mundial de 25 e 26 de maio.

Andressa Collet – Vatican News

A Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, sediou na tarde de sábado (11/05) doze mesas temáticas dentro do contexto do II Encontro Mundial sobre a Fraternidade Humana, realizado nos dias 10 e 11 de maio, com a presença de 30 vencedores do Prêmio Nobel da Paz e, inclusive, do Papa Francisco. No evento “Crianças: Geração Futura”, um tema delicado, que foi criado a partir de uma intuição corajosa do próprio Pontífice para inverter o paradigma da escuta, ou seja, a partir das crianças. 

Francisco falou após a intervenção do cardeal Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica Papal de São Pedro no Vaticano e um dos organizadores do encontro; e de Mariella Enoc, ex-presidente do hospital pediátrico Bambino Gesù, de Roma, conhecido como o “Hospital do Papa”, que apresentou rapidamente o projeto “A Vila Virtual das crianças no mundo”, uma estrutura para os pequenos vulneráveis; e de uma invasão colorida de crianças na sala, todas usando tiaras confeccionadas a partir de folhas de árvores. De fato, o painel é um evento preparatório para a I Jornada Mundial das Crianças que será realizada nos dias 25 e 26 de maio.

A conversa entre o Papa e as crianças

O evento, então, abriu espaço para um diálogo informal de perguntas e respostas entre o Papa e as crianças presentes. Francisco começou questionando o que é a felicidade no mundo para elas e as ideias brotaram do público infantil: “é sermos todos unidos”; “é sermos uma família de Deus”; “é a paz”. E como se faz ou onde se compra a felicidade, pediu o Pontífice: “a felicidade não se compra, vem da gente”, disse um menino. E como se pode ser feliz, continuou questionando o Papa: “quando todos estão bem”; “quando estamos em paz e somos felizes”; “com palavras gentis”. Francisco então conduziu o diálogo falando da importância de não se brigar com os outros, como acontecem nas guerras, onde infelizmente também há crianças dos dois lados, mas “que não são inimigas”. E finalizou a conversa com o público infantil, voltando a enaltecer a importância dos avós, quando uma criança pediu que rezesse pela sua, motivando a rezar todos juntos uma Ave-Maria pelos avós. “Viva os avós”, exclamou o Papa, que também agradeceu pelo momento: “coragem e vamos seguir em frente!”.

A Declaração da Fraternidade das Crianças

Em seguida foi divulgado o curta-metragem “A casa de todos”, de Pier Giorgio Bellocchio, que mostra a visita de uma família coreana a Roma que entra em contato com moradores em situação de rua, que sofrem com a chuva que cai na cidade. Na sequência, teve o lançamento do Álbum da Fraternidade das Crianças e a leitura da Declaração da Fraternidade das Crianças, produzida por crianças do mundo inteiro e lida por elas mesmas, com a assinatura do Papa Francisco. O documento traz o real significado da fraternidade: viver como irmãos é perceber que “somos como as raízes de uma árvore centenária: nos abraçamos no subsolo, sem nem mesmo nos darmos conta disso, em uma aliança silenciosa de vida, apoiando-nos mutuamente contra as tempestades do tempo”. As raízes da humanidade, continua a declaração, “afundam no solo fértil da solidariedade, crescem no jardim do encontro, florescem na paz da criação e exigem cuidado contínuo, atenção constante e trabalho incessante, no qual todos nós devemos nos descobrir como jardineiros atentos”. O único fruto para fazer os irmãos felizes é o amor e por isso o convite aos adultos e às próprias crianças de se plantar sementes de esperança para fazer brotar a ternura no mundo, um mundo onde as diferenças não sejam motivos de guerra, mostrando-se, realmente, que são fratelli tutti.

O Papa ao assinar o documento na presença de todos

O Papa ao assinar o documento na presença de todos

O futuro da humanidade

Ao final dos trabalhos, o Papa ainda foi questionado do porquê da insistência em se promover uma Jornada Mundial das Crianças. Francisco enalteceu, mais uma vez, que “o futuro da humanidade está nas crianças e nos idosos”, no encontro das crianças e dos idosos, é preciso cuidá-los e tutelá-los: ajudar as crianças a crescerem e se desenvolverem; e elas, ouvirem a sabedoria dos idosos, comentou Francisco. Então, lembrou de um escritor espiritual que disse que “queria estar nos braços de Deus como uma criança nos braços de uma mãe”, comentando o quanto é importante a segurança do colo de uma mãe: 

“Não se esqueçam disso. Com Deus, estar como uma criança nos braços da mãe. E olhem para este bebê, que lindo: ele dorme, seguro, sem ansiedade, porque tem segurança. Olhe bem para ele… Vamos aplaudir esta criança.”

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13 de maio de 2024 at 5:41 Deixe um comentário

Papa Francisco: a exemplo de Jesus, afastar-se da maldade e se aproximar de quem sofre

Na Solenidade da Ascensão do Senhor, que a Igreja de muitos países, inclusive do Brasil, celebra neste domingo (12/05), o Pontífice exorta a seguir o caminho de Jesus. É como uma “escalada em grupo” pelas montanhas: enfrenta-se dificuldades na subida, mas “passo a passo”, “com alegria” – e como Maria que já alcançou a meta -, percorremos um caminho consciente e transformado pelo Espírito rumo à glória do Céu.

Andressa Collet – Vatican News

Na alocução que precedeu a oração mariana do Regina Caeli deste domingo (12/05), o Papa Francisco refletiu sobre o Evangelho do dia (Mc 16,19), data em que a Igreja de muitos países, inclusive do Brasil, celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor. A liturgia mostra que Jesus aparece aos Apóstolos e confia “a tarefa de continuar a sua obra”. Com o retorno ao Pai, comentou o Pontífice, Cristo não se separa de nós, mas precede o nosso destino.

Francisco sugeriu a imagem das montanhas para compreender a Palavra, quando se sobre em direção a um cume: “caminha-se, com dificuldade, e, finalmente, em uma curva do caminho, o horizonte se abre e se vê o panorama”. Nessa hora as forças são redobradas para chegar ao topo: “e nós, a Igreja, somos exatamente aquele corpo que Jesus, tendo subido ao céu, arrasta consigo como em uma ‘escalada em grupo’”, mostrando “passo a passo”, “com alegria”, “a beleza da Pátria para a qual estamos caminhando”. E o Papa mostra quais são esses passos a serem dados até o caminho final:

“Dar vida, levar esperança, afastar-se de toda maldade e mesquinhez, responder ao mal com o bem, aproximar-se dos que sofrem. Esse é o ‘passo a passo’. E quanto mais fizermos isso, mais nos deixamos transformar pelo Espírito, mais seguimos o seu exemplo, e mais, como nas montanhas, sentimos o ar ao nosso redor se tornar leve e limpo, o horizonte amplo e a meta próxima, as palavras e os gestos se tornam bons, a mente e o coração se expandem e respiram.”

Ao final da reflexão, o Papa pediu a intercessão de Maria para nos ajudar a chegar à meta, que ela já alcançou, através de um caminho consciente rumo à glória do Céu:

“Então podemos nos perguntar: está vivo em mim o desejo por Deus, o desejo por seu amor infinito, por sua vida que é vida eterna? Ou estou um pouco castigado e ancorado às coisas passageiras, ou ao dinheiro, ou ao sucesso, ou aos prazeres? E o meu desejo pelo Céu, me isola, me fecha ou me leva a amar os meus irmãos com um coração grande e desinteressado, sentindo que eles são meus companheiros no caminho ao Paraíso?”

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13 de maio de 2024 at 5:39 Deixe um comentário

Mães: mestras da sabedoria do coração e da ternura

Que Maria Santíssima proteja, ilumine e fortaleça sempre as nossas mães para que nunca nos falte seu regaço, sua palavra e sua benção.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz – Bispo Diocesano de Campos dos Goytacazes (RJ)

Num mundo muitas vezes opaco e frio onde parece despontar como sinal de eficácia e de alta resolução de problemas e desafios a Inteligência Artificial, parece-nos importante ao comemorarmos o dia das mães, lembrá-las como fonte inspiradora da Inteligência Espiritual e Emocional sem as quais não nos tornamos humanos.

O Educador Augusto Cury adverte-nos do risco da intoxicação digital, criador de novas adições e dependências, da condição de mendigos e analfabetos emocionais e de reféns da exposição midiática. Falta-nos reaprender a vida afetiva, o lado direito do cérebro, a capacidade sentipensante (conhecimento compassivo e amoroso) de gerenciar relacionamentos saudáveis, equilibrados e fraternos.

Por isso a proximidade e presença de mães que nos acompanhem nesta mentoria da sabedoria do coração, que Pascal chamava espírito de fineza, de empatia e de acolhida das pessoas, é cada vez mais necessária. Hoje sabemos de tudo e de nada, somos como banco de dados supercarregados, que sabemos o preço e talvez a utilidade das coisas; mas não seu verdadeiro valor e sentido.

Nossas conversas são apenas solilóquios isto é exposição muitas vezes narcísica de como vivemos. Torna-se urgente e primordial a educação e formação de nossos sentimentos, da capacidade de olhar e respeitar a alteridade, de sermos iniciados na aventura fascinante da amizade, da partilha, da compaixão.

E se há alguém que pode nos ajudar a desenvolver esta vida interior que desabrochará numa vida social aberta ao dom e a reciprocidade de amar, são as mães. Elas como sinal vivo da misericórdia e ternura divinas, nos amam por primeiro, ou como diz o Papa Francisco nos “ primeireiam” no afeto, na doação de si, no sacrifício generoso apresentando-nos a alegria de viver e conviver servindo e entregando-se sem reservas a seus filhos/as.

No seu colo e amparo percebemos que somos amados pelo que somos, não pela nossa inteligência, produção ou habilidades, que somos dons preciosos para elas e para os outros, e que existem coisas como o amor de uma mãe que o dinheiro nunca poderá comprar. Que Maria Santíssima proteja, ilumine e fortaleça sempre as nossas mães para que nunca nos falte seu regaço, sua palavra e sua benção. Deus seja louvado!

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12 de maio de 2024 at 6:43 Deixe um comentário

Palavra do Dia

Domingo, Ascensão do Senhor, Solenidade

LEITURA DO DIA

Primeira Leitura 

Leitura dos Atos dos Apóstolos 

1,1-11

No meu primeiro livro, ó Teófilo,
já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo,

até ao dia em que foi levado para o céu,
depois de ter dado instruções pelo Espírito Santo,
aos apóstolos que tinha escolhido.

Foi a eles que Jesus se mostrou vivo
depois da sua paixão, com numerosas provas.
Durante quarenta dias, apareceu-lhes
falando do Reino de Deus.

Durante uma refeição, deu-lhes esta ordem:
“Não vos afasteis de Jerusalém,
mas esperai a realização da promessa do Pai,
da qual vós me ouvistes falar:

‘João batizou com água;
vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo,
dentro de poucos dias'”.

Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus:
“Senhor, é agora que vais restaurar
o Reino em Israel?”

Jesus respondeu:
“Não vos cabe saber os tempos e os momentos
que o Pai determinou com a sua própria autoridade.

Mas recebereis o poder do Espírito Santo
que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas
em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria,
e até os confins da terra”.

Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles.
Uma nuvem o encobriu,
de forma que seus olhos não mais podiam vê-lo.

Os apóstolos continuavam olhando para o céu,
enquanto Jesus subia.
Apareceram então dois homens vestidos de branco,

que lhes disseram: 

“Homens da Galileia,
por que ficais aqui, parados, olhando para o céu?
Esse Jesus que vos foi levado para o céu,
virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.

Segunda Leitura

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 

1,17-23

Irmãos:

O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo,
o Pai a quem pertence a glória,
vos dê um espírito de sabedoria
que vo-lo revele e faça verdadeiramente conhecer.

Que ele abra o vosso coração à sua luz,
para que saibais
qual a esperança que o seu chamamento vos dá,
qual a riqueza da glória
que está na vossa herança com os santos,

e que imenso poder ele exerceu
em favor de nós que cremos,
de acordo com a sua ação e força onipotente.

Ele manifestou sua força em Cristo,
quando o ressuscitou dos mortos
e o fez sentar-se à sua direita nos céus,

bem acima de toda a autoridade, poder, potência,
soberania ou qualquer título que se possa nomear
não somente neste mundo, mas ainda no mundo futuro.

Sim, ele pôs tudo sob os seus pés e fez dele,
que está acima de tudo, a Cabeça da Igreja,

que é o seu corpo,
a plenitude daquele que possui a plenitude universal.

EVANGELHO DO DIA

Conclusão do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 

16,15-20

Naquele tempo,
Jesus se manifestou aos onze discípulos,

e disse-lhes:
“Ide pelo mundo inteiro
e anunciai o Evangelho a toda criatura!

Quem crer e for batizado será salvo.
Quem não crer será condenado.

Os sinais que acompanharão
aqueles que crerem serão estes:
expulsarão demônios em meu nome,
falarão novas línguas;

se pegarem em serpentes
ou beberem algum veneno mortal
não lhes fará mal algum;
quando impuserem as mãos sobre os doentes,
eles ficarão curados”.

Depois de falar com os discípulos,
o Senhor Jesus foi levado ao céu,
e sentou-se à direita de Deus.

Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte.
O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra
por meio dos sinais que a acompanhavam.

Fonte: Vaticano

12 de maio de 2024 at 6:41 Deixe um comentário

O poder da clareza: uma reflexão filosófica sobre ascensão da IA

Somos capazes de sentir, reagir, afetar os nossos ambientes pela capacidade de sermos inteligentes, na dinâmica do pensar e produzir conhecimento com clareza, como dizia Sócrates: “Eu sei que sou inteligente, porque eu sei que nada sei”.

Dom Edson Oriolo – bispo de Leopoldina, MG

Nas minhas aulas, lecionando várias matérias relacionadas à filosofia e, hoje, ao ministrar palestras, sempre comento sobre a evolução do poder. No passado, quem tinha poder era quem tinha força. Depois, o poder era daqueles que detinham o monopólio do capital e, nas últimas décadas, podemos dizer que o poder está relacionado ao conhecimento. Yuval Harari, um historiador israelita, em suas obras, considera que o poder está relacionado à clareza das coisas. Assim, fico pensando que, hoje, têm poder os que possuem e produzem a clareza do conhecimento.

Quando olhamos para o método educacional na Grécia Antiga, vemos que a instrução preferida pelas elites era a instrução individual de um aluno feita por um tutor. Basta lembrar de Aristóteles, quando o rei Filipe II, da Macedônia, convocou-o para ensinar filosofia, medicina e arte para seu filho que, mais tarde, tornou-se Alexandre, o Grande. Podemos também citar o imperador romano Marco Aurélio que, na infância, aprendeu retorica, gramática, direito e filosofia. Os tutores eram os responsáveis por estimular o interesse dos alunos pelos conhecimentos.

Aristóteles foi alguém que estudou muito a lógica e queria melhorar a forma de representar os conhecimentos. Ele focou nos aspectos da lógica dedutiva e os seus trabalhos serviram como base para os demais modelos que usamos hoje, principalmente, o silogismo. A lógica que conhecemos, desde Aristóteles, é um dos mais tradicionais e eficazes instrumentos do raciocínio humano para inferência racional de conclusões.

A lógica silogística de Aristóteles nos permite afirmações sobre o mundo e são as famosas premissas, que nos levam a novas informações, que são as conclusões. Basta lembrar: “Todos os homens são mortais, Pedro é homem. Logo, Pedro é mortal”; “As laranjas são frutas. As frutas são saudáveis ao ser humano. Logo, as laranjas são saudáveis ao ser humano”.

Destarte, podemos entender como a inteligência humana é regida. Somos seres smart. Somos capazes de sentir, reagir, afetar os nossos ambientes pela capacidade de sermos inteligentes, na dinâmica do pensar e produzir conhecimento com clareza, como dizia Sócrates: “Eu sei que sou inteligente, porque eu sei que nada sei”.

Na atualidade, estamos capacitando máquinas e treinando sistemas para esquematizar, dar instruções e fornecer dados, permitindo a reprodução de conhecimento. Grandes empresas de tecnologia (as big techs), como Google, Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Netflix, estão investindo pesadamente em inteligência artificial (IA) para uma ampla gama de aplicações. Essas empresas alimentam suas IA’s, que são capazes de prever padrões no comportamento humano em todas as dimensões. Elas ajudam a simular e apresentar conhecimentos.

O aprendizado das máquinas (machine learning) é executada por algoritmos. São passos que produzem resultados por uma saída desejável. Seguem sequências que são repetidamente revisadas por tentativas de erro para melhorar a precisão. Os algoritmos mostram todos os caminhos possíveis para resolver de maneira rápida aquilo que solicitamos.

Já no contexto dos sites de buscas ou até mesmo em plataformas de comércio eletrônicos, as IA’s das chamadas “retargeting” ou “remarketing” utilizam algoritmos para sugerir anúncios com base no comportamento da navegação do usuário na internet, proporcionando ao anunciante segmentar o seu público alvo, de acordo com a intenção do usuários.

A inteligência artificial esclarece dúvidas, traz conhecimentos e é capaz de contextualizar a importância dos conteúdos. Ela é construída em cima de uma tecnologia que vai nos ajudar a pensar e a chegar a soluções por conta própria, quando formos capazes de adentrar tais processos do algoritmo.

No entanto, quando falamos de inteligência humana e artificial, podemos dizer que, na inteligência humana, temos os nossos 86 milhões de neurônios que ajudam nossos expedientes racionais fazerem a simples apreensão e o juízo, fechando com o raciocínio. Quando falamos em inteligência artificial, podemos nos lembrar da máquina que necessita ser programada para ser executada. Ela pode impactar de diferentes modos a força do trabalho, as decisões mais capazes de trazer soluções e informações para o ser humano. Assim, a inteligência artificial vem transformando drasticamente a vida das pessoas.

A inteligência humana executa funções cognitivas, enquanto a inteligência artificial, além de armazenar e manipular dados, muda nossa maneira de viver como imagem e semelhança do Bom Deus. “É necessário prevenir, propondo modelos de regulamentação ética para contornar os efeitos danosos, discriminadores e socialmente injustos dos sistemas de inteligência artificial e contrastar a sua utilização para a redução do pluralismo, a polarização da opinião pública ou a construção do pensamento único.” (cf. Mensagem do Papa Francisco – 58.º Dia Mundial da Comunicação).

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11 de maio de 2024 at 5:36 Deixe um comentário

Reflexão para a Solenidade da Ascensão do Senhor

O Senhor volta para o Pai e, ao mesmo tempo, está conosco, ao nosso lado. Isso é possível porque Deus é onipotente, está em toda parte, em todo lugar.

Padre Cesar Auhusto, SJ – Vatican News

Esta comemoração não tem um caráter cronológico, mas teológico-catequético.

Lucas, nos Atos dos Apóstolos, quis afirmar que Jesus, o crucificado, ressuscitou e foi acolhido por Deus. Os dois anjos com vestes brancas são os mesmos que apareceram no dia de Páscoa, relatado em seu Evangelho.

O mesmo Lucas, autor do Evangelho que leva seu nome, escreveu nesse seu outro livro uma cena muito mais simples – Jesus se elevou aos céus perante seus discípulos.

O céu, entendido a partir do Evangelho de Jesus, não é o além das estrelas e das nuvens. Isso seria um céu materializado, continuação do nosso mundo. Céu é a comunhão plena com o Pai, a sintonização absoluta com sua santíssima vontade e a vivência radical da caridade, do amor, a plenitude do amor fraterno, em total ágape e comunicação com a Trindade.

Jesus subiu ao céu no mesmo instante de sua morte, mas os discípulos só foram compreendendo isso aos poucos, a partir do terceiro dia.

O Senhor volta para o Pai e, ao mesmo tempo, está conosco, ao nosso lado. Isso é possível porque Deus é onipotente, está em toda parte, em todo lugar. Principalmente porque ele nos ama e quem ama deseja ficar ao lado do ser amado.

Jesus está presente no mundo, no meio dos homens quando o testemunhamos, quando somos fiéis aos seus ensinamentos e praticamos a justiça, o amor e o perdão.

Sua obra de redenção continua no mundo, através da ação da Igreja, através de nossa ação de batizados. Somos os continuadores de sua missão redentora. Ele investe todos nós nessa missão ao dizer: “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!”.

Ascensão não é despedida, afastamento de Jesus, mas outro modo de Ele estar presente ao nosso lado através de sinais. Por isso ele acrescenta: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.

E os sinais serão nossa prática de caridade fraterna, nossa ida aos marginalizados, aos sofredores, nossa vida alicerçada nos valores do Reino e não nos contravalores de uma sociedade materialista e consumista.

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11 de maio de 2024 at 5:34 Deixe um comentário

Francisco: filhos que nascem são esperança em um mundo egoísta

Francisco participou, na manhã desta sexta-feira (10/05), da 4ª edição dos Estados Gerais da Natalidade e contestou teorias que consideram o nascimento de crianças como um fator de desequilíbrio. O Pontífice destacou que a vida é um presente, não um problema, criticando o materialismo e o consumismo desenfreado, e fez um apelo aos governos por um maior compromisso em proteger a vida.

Thulio Fonseca – Vatican News

O Papa Francisco participou, na manhã desta sexta-feira (10/05), no Auditório da Conciliação, em Roma, da 4ª edição dos Estados Gerais da Natalidade, um evento promovido pelo Fórum das Associações Familiares e que visa sensibilizar o público sobre os problemas ligados ao declínio da natalidade e às relativas desejáveis ​soluções. 

“Estou feliz por estar com vocês novamente porque, como sabem, o tema da natalidade está muito próximo do meu coração”, introduziu o Pontífice em seu discurso, ressaltando que “os filhos são dons que recebemos, e isso nos faz lembrar que Deus tem fé na humanidade”. E ao refletir sobre o lema do evento: “Estar presente, mais juventude, mais futuro”, Francisco enfatizou a importância de trabalhar juntos para promover a taxa de natalidade com “realismo, clarividência e coragem”, três palavras-chave que ele refletiu com os participantes.

A vida é uma dádiva de Deus

Segundo o Papa, a palavra realismo, nos recorda que, no passado alguns estudos e teorias alertavam sobre o número de habitantes da Terra, pois o nascimento de muitas crianças criaria desequilíbrios econômicos, falta de recursos e poluição:

“Sempre me chamou a atenção o fato de que essas teses, já ultrapassadas, falavam dos seres humanos como se fossem problemas. Mas a vida humana não é um problema, é uma dádiva. E na raiz da poluição e da fome no mundo não estão as crianças que nascem, mas as escolhas daqueles que só pensam em si mesmos, o delírio de um materialismo desenfreado, cego e desmedido, de um consumismo que, como um vírus maligno, mina a existência das pessoas e da sociedade pela raiz.”

Egoísmo e consumismo

Ao denunciar o egoísmo presente no coração de tantas pessoas, o Papa sublinhou que “o problema não é quantos de nós há no mundo, mas que tipo de mundo estamos construindo; não são as crianças, mas o egoísmo, que cria injustiças e estruturas de pecado, a ponto de tecer interdependências doentias entre sistemas sociais, econômicos e políticos”. Os lares, observou Francisco, “estão cheios de objetos e vazios de crianças, tornando-se lugares muito tristes. Não faltam cachorrinhos, gatos…O que está faltando são crianças”, e completou:

“O problema do nosso mundo não é o nascimento de crianças: é o egoísmo, o consumismo e o individualismo, que tornam as pessoas fartas, solitárias e infelizes.”

Francisco durante a 4ª edição dos Estados Gerais da Natalidade

Francisco durante a 4ª edição dos Estados Gerais da Natalidade

Sem crianças, não há futuro

O número de nascimentos é o primeiro indicador da esperança de um povo, “sem crianças e jovens, um país perde seu desejo de futuro”, afirmou o Santo Padre, que falou diretamente sobre a realidade da Itália, onde a idade média é atualmente de 47 anos. Os registros negativos estão aumentando e a Europa está se tornando progressivamente “um continente cansado e resignado, tão ocupado em exorcizar a solidão e a angústia que não sabe mais como saborear a verdadeira beleza da vida”.

Promover a cultura da generosidade

Francisco também exortou sobre a urgente necessidade de políticas eficazes e voltadas para o futuro, “semeando hoje para que as crianças possam colher amanhã”. Há necessidade de “clarividência”, reforçou o Papa ao abordar a segunda palavra-chave, “de um compromisso maior por parte de todos os governos, para ajudar as famílias, as mães e muitos casais jovens a se livrarem do fardo da insegurança no trabalho e da impossibilidade de comprar uma casa. É preciso promover uma cultura da generosidade e da solidariedade entre as gerações, rever hábitos e estilos de vida, renunciando ao supérfluo para dar aos mais jovens uma esperança para o amanhã”.

E dirigindo-se aos jovens, o Santo Padre destacou a terceira palavra, “coragem”, e acrescentou:

“Sei que para muitos de vocês o futuro pode parecer inquietante e que, entre a desnatalidade, as guerras, as pandemias e as mudanças climáticas, não é fácil manter viva a esperança. Mas não desistam, tenham fé, porque o amanhã não é algo inevitável: nós o construímos juntos e, nesse “juntos”, encontramos primeiramente o Senhor. Não nos resignemos a um roteiro escrito por outros, mas rememos para mudar de rumo, mesmo ao custo de ir contra a maré!”

O Papa com os participantes do evento

O Papa com os participantes do evento

Jovens e idosos juntos

Antes de concluir, de forma espontânea, Francisco destacou “outra parte muito importante” na construção do futuro: os avós. “Hoje existe uma cultura de esconder os avós, mandá-los para a casa de repouso. Agora mudou um pouco devido à aposentadoria, mas a tendência é a mesma: descartar os avós”.

E ao se lembrar dos tempos em Buenos Aires, quando, ao visitar lares de idosos, muitas enfermeiras lhe diziam que os idosos que estavam hospitalizados ali não tinham parentes que fossem visitá-los, o Papa enfatizou:

“Avós sozinhos… Avós descartados… Isso é suicídio cultural. O futuro é feito pelos jovens e pelos idosos juntos; coragem e memória juntas”.

Escolhas eficazes em favor da família

Por fim, o convite do Santo Padre para “mudar a rota”, a fim de que as novas gerações tenham condições de realizar seus sonhos legítimos. Neste momento, alertou o Pontífice, os investimentos que dão mais renda são as fábricas de armas e os contraceptivos. Um destrói a vida; o outro impede a vida”, e continuou:

“É uma questão de implementar escolhas sérias e eficazes em favor da família, colocar uma mãe na condição de não ter que escolher entre o trabalho e o cuidado dos filhos”, concluiu o Papa.

O Papa Francisco com os membros do Fórum das Associações Familiares

O Papa Francisco com os membros do Fórum das Associações Familiares

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11 de maio de 2024 at 5:31 Deixe um comentário

Senhor Jesus: permanece conosco!

Tu, divino Peregrino, perito nos nossos caminhos e conhecedor do nosso coração, não nos deixes prisioneiros das sombras da noite.

Ampara-nos no cansaço, perdoa os nossos pecados e orienta os nossos passos pelo caminho do bem.

Abençoa as crianças, os jovens, os idosos, as famílias e particularmente os enfermos. Abençoa os sacerdotes e as pessoas consagradas. Abençoa toda a humanidade.

Na Eucaristia, Tu fizeste-te “remédio de imortalidade”: dá-nos o gosto de uma vida plena, que nos ajude a caminhar sobre a terra como peregrinos seguros e alegres, olhando sempre para a meta da vida eterna.

Permanece conosco, Senhor! Permanece conosco! Amém!

De São João Paulo II

10 de maio de 2024 at 5:54 Deixe um comentário

Rio Grande do Sul: a solidariedade concreta do Papa Francisco

O arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, confirmou o gesto concreto de ajuda do Papa aos gaúchos. Através da Esmolaria Apostólica, Francisco enviou à Nunciatura do Brasil um valor em torno de 100 mil euros, equivalente a mais de 500 mil reais.

Thulio Fonseca – Vatican News

“Fomos informados através da Nunciatura Apostólica de que o Santo Padre destinou um valor substancial, através da Esmolaria Apostólica, para auxílio dos desabrigados. Este valor foi em torno de 100 mil euros e será repassado para o Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o regional que abrange todo o Rio Grande do Sul, para ajudar no que for possível.” Essas são as palavras de dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na manhã desta quinta-feira, 09 de maio, ao Vatican News.

A preocupação do Papa Francisco

Ao final do Regina Caeli do último domingo (05/05), o Pontífice já havia manifestado sua solidariedade aos afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul:

“Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas.”

Proximidade que se transformou em uma ajuda concreta, conforme confirmado por dom Jaime Spengler. O valor doado pelo Papa Francisco, na moeda local do Brasil, ultrapassa os 500 mil reais, recurso que será gerido pelo Regional da CNBB Sul 3 e que será de grande ajuda ao povo gaúcho.

Os últimos dados

Em todo o estado, 425 municípios foram atingidos, com 107 mortes confirmadas até a manhã desta quinta-feira (09/05), além de 136 desaparecidos, 374 feridos, 164.583 desalojados e 67.542 pessoas em abrigos, 1.476.170 de atingidos. Esses números, que estão em constante atualização, refletem as inundações sem precedentes que atingiram o Rio Grande do Sul, em meio a novos episódios de chuvas intensas e previsões de ventos fortes, juntamente com a chegada do frio. O Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, inundado pelas águas, permanece fechado até o dia 30 de maio.

Paroquianos preparam refeição para desabrigados

Paroquianos preparam refeição para desabrigados

O trabalho extraordinário de tantos voluntários

Dom Jaime relata que em Porto Alegre, capital do estado, “o nível das águas quase não baixou, e nas áreas baixas da cidade, as inundações continuam a subir”. No entanto, a solidariedade das pessoas tem sido de grande ajuda:

“Visitei vários locais onde os desabrigados estão sendo acolhidos, e é verdadeiramente um trabalho extraordinário realizado por tantos voluntários, juntamente com as nossas comunidades. É um trabalho muito bonito.”

O arcebispo descreve também que “na parte sul do estado, na região de Pelotas e Rio Grande, quase na fronteira com o Uruguai, estão enfrentando as consequências das águas que estão chegando àquela região”. Lá, eles tiveram tempo para se preparar para isso, completa o presidente da CNBB, “então, de alguma forma pode-se dizer que eles estão numa situação um pouco melhor, mas choveu muito naquela região, e isso certamente contribuirá para o sofrimento ainda maior daquela população”.

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10 de maio de 2024 at 5:50 Deixe um comentário

Frases sobre a Comunhão Eucarística

1-Beato Pedro Vigne: “Comungando crescem em nós a fé, a esperança e a caridade”.

2-Papa Francisco: “Aproximemo-nos da Eucaristia: receber Jesus nos transforma n’Ele, nos faz mais fortes. É tão bom e tão grande o Senhor!”

3-São João Paulo II: “Temos necessidade do “pão vivo… que desceu do céu” (Jo 6, 51). Este pão é Jesus. Alimentar-nos dele significa receber a própria vida de Deus (cf. Jo 10, 10), abrindo-nos à lógica do amor e da partilha”.

4-Papa Francisco: “Na Eucaristia a fragilidade é força: força do amor que se faz pequeno para ser acolhido e não temido; força do amor que se parte e se divide para nutrir e dar vida; força do amor que se fragmenta para nos reunir na unidade”.

5-São João Paulo II: “A Eucaristia é um dom grandioso, mas é também uma grande responsabilidade para quem a recebe

9 de maio de 2024 at 6:34 Deixe um comentário

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