Archive for dezembro, 2020

Francisco: com a gratidão, transmitimos esperança ao mundo

Celebrações marcam despedida de 2019 e início do Ano Novo | ACESSA.com -  Cidade

Segundo o Papa, “para nós, cristãos, a ação de graças deu o nome ao Sacramento mais essencial que existe: a Eucaristia. Com efeito, a palavra grega significa exatamente isto: agradecimento”.

Vatican News

“A oração de ação de graças” foi o tema da catequese do Papa Francisco, realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico, nesta quarta-feira (30/12), na última Audiência Geral deste ano.

Para falar sobre o tema, o Pontífice inspirou-se na passagem do Evangelho de Lucas em que dez leprosos vão ao encontro de Jesus e o imploram a ter compaixão deles.Ouça e compartilhe

“Sabemos que para quantos sofrem de lepra, o sofrimento físico era acompanhado de marginalização social e religiosa. Eram marginalizados. Jesus não evita um encontro com eles”, mas “ouve o seu pedido, o seu grito de piedade, e os envia imediatamente aos sacerdotes”.

“Aqueles dez confiam n’Ele, partem imediatamente, e enquanto caminham, os dez são curados. Então, os sacerdotes poderiam ter verificado a sua cura e readmiti-los na vida normal. Mas aqui está o ponto mais importante: daquele grupo, apenas um, antes de ir ter com os sacerdotes, volta para agradecer a Jesus e louvar a Deus pela graça recebida. Somente um. Os outros nove continuam a sua estrada. Jesus observa que aquele homem era samaritano, uma espécie de “herege” para os judeus daquela época. Jesus comenta: «Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?» É comovente esta passagem”, disse o Papa, acrescentando:

Agradecimento, motivo-guia dos nossos dias

Esta narração, por assim dizer, divide o mundo em dois: os que não agradecem e os que o fazem; os que tomam tudo como se lhes fosse devido, e os que aceitam tudo como dom, como graça. A oração de ação de graças começa sempre a partir do reconhecer-se precedido pela graça. Fomos pensados antes que aprendêssemos a pensar; fomos amados antes que aprendêssemos a amar; fomos desejados antes que brotasse um desejo no nosso coração. Se olharmos para a vida desta forma, então o “agradecimento” torna-se o motivo-guia dos nossos dias. Obrigado! Muitas vez nos esquecemos de dizer: obrigado!LEIA TAMBÉM30/12/2020

Audiência Geral de 30 de dezembro de 2020

Segundo Francisco, “para nós, cristãos, a ação de graças deu o nome ao Sacramento mais essencial que existe: a Eucaristia. Com efeito, a palavra grega significa exatamente isto: agradecimento”.

Como todos os fiéis os cristãos bendizem a Deus pelo dom da vida. Viver é, sobretudo, ter recebido. Receber a vida. Todos nós nascemos porque alguém desejou a vida para nós. Esta é apenas a primeira de uma longa série de dívidas que contraímos vivendo. Dívidas de gratidão.

“Na nossa existência, mais de uma pessoa fitou-nos com um olhar puro, gratuitamente. Muitas vezes são educadores, catequistas, pessoas que desempenharam o seu papel além da medida exigida pelo dever. E eles fizeram surgir em nós a gratidão. A amizade é também um dom pelo qual devemos estar sempre gratos.”

Ser portadores de gratidão

O Papa ressaltou que “este ‘obrigado’, que devemos dizer continuamente, este obrigado que o cristão partilha com todos, dilata-se no encontro com Jesus. Os Evangelhos atestam que a passagem de Jesus suscitava frequentemente alegria e louvor a Deus naqueles que o encontravam”.

As histórias de Natal são povoadas de pessoas orantes, cujos corações foram alargados pela vinda do Salvador. E também nós fomos chamados a participar neste imenso júbilo. Isto também é sugerido pelo episódio dos dez leprosos que foram curados. Naturalmente, todos eles ficaram felizes por ter recuperado a saúde, podendo assim sair daquela interminável quarentena forçada que os excluía da comunidade. Mas entre eles havia um que acrescentou alegria à alegria: além da cura, regozijou-se por ter encontrado Jesus. Não só está livre do mal, mas agora também tem a certeza de ser amado. Este é o centro: quando a pessoa agradece, dá graças, expressa a certeza de ser amado. Este é um grande passo. Ter a certeza de ser amado. É a descoberta do amor como a força que governa o mundo. Somos filhos do amor, somos irmão do amor, somos homens e mulheres de graça.

Francisco concluiu a sua  catequese, convidando-nos “a estar na alegria do encontro com Jesus”, a cultivar a alegria e não deixar de agradecer. “Se formos portadores de gratidão, o mundo também se tornará melhor, talvez só um pouco, mas é suficiente para lhe transmitir um pouco de esperança. O mundo precisa de esperança e com a gratidão, com o comportamento de ação de graças, nós transmitimos um pouco de esperança. Tudo está unido e interligado, e cada um pode desempenhar a sua parte onde quer que esteja”. Não devemos “extinguir o Espírito que temos dentro e que nos leva à gratidão”. 

31 de dezembro de 2020 at 5:43 Deixe um comentário

Frases sobre a Epifania do Senhor

6 de janeiro, Solenidade da Epifania do Senhor ou “Dia de Reis”, a festa dos Reis Magos

1-Papa Francisco: “Adorando, descobriremos também nós, como os Magos, a direção certa do nosso caminho. E sentiremos, como os Magos, uma «imensa alegria» (Mt 2, 10)”.

2-Papa Emérito Bento XVI: “Os homens vindos do Oriente (os Magos) personificam o mundo dos povos, a Igreja dos gentios: os homens que, ao longo de todos os séculos, se encaminham para o Menino de Belém, n’Ele honram o Filho de Deus e se prostram diante d’Ele”. 

3-Santo Afonso-Maria de Ligório: “Virgem santa, tu acolheste os piedosos reis magos com viva afeição e eles ficaram cheios de felicidade; digna-te também acolher-me e consolar-me, a mim que venho, seguindo o seu exemplo, visitar o teu Filho e oferecer-me a Ele”.

4-Papa Emérito Bento XVI: “Os Magos do Oriente “eram também e sobretudo homens que tinham coragem; tinham a coragem e a humildade da fé”.

5-Dom Roberto Francisco Ferreira Paz: “Que os Santos Reis nos ensinem a caminhar sempre buscando ao Senhor da Vida, com esperança solidária, forjando uma humanidade nova, liberta e servidora, feliz de seguir a inspiração da Estrela que não falha”.

6-Canto Litúrgico: “Nas terras do Oriente surgiu nos céus uma luz que vem brilhar sobre o mundo e para Deus nos conduz”.

7-Papa Emérito Bento XVI: “Era preciso coragem a fim de acolher o sinal da estrela como uma ordem para partir, para sair rumo ao desconhecido, ao incerto, por caminhos onde havia inúmeros perigos à espreita”.

8-Santo Afonso-Maria de Ligório: “Os magos encontram uma jovem pobre com uma criança coberta de pobres faixas; mas, ao entrarem naquela gruta, sentem uma alegria que nunca tinham experimentado”.

9-Padre Cesar Augusto dos Santos: “Os nomes dos Reis Magos, – Melchior, Gaspar e Baltasar -aparecem em um manuscrito do século V”.

10-A Palavra: “Todos os reis se prostrarão diante dele, e todas as nações hão de lhe servir”. (Sl 72, 11)

31 de dezembro de 2020 at 5:42 Deixe um comentário

Solenidade da Epifania do Senhor – São Mateus 2, 1-12 – Dia 3 de janeiro de 2021

Reflexão para a Epifania do Senhor - Vatican News

“1.Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do Oriente a Jerusalém.* 2.Perguntaram eles: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.* 3.A essa notícia, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele. 4.Convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo e indagou deles onde havia de nascer o Cristo.* 5.Disseram-lhe: “Em Belém, na Judeia, porque assim foi escrito pelo profeta: 6.E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo” (Mq 5,1). 7.Herodes, então, chamou secretamente os magos e perguntou-lhes sobre a época exata em que o astro lhes tinha aparecido. 8.E, enviando-os a Belém, disse: “Ide e informai-vos bem a respeito do menino. Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo”. 9.Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. 10.A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria. 11.Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra. 12.Avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho.”
Fonte – Bíblia Católica Online

“A exemplo dos magos, viemos adorar o Salvador da humanidade. A solenidade da Epifania nos faz conhecer a glória de Cristo, a qual se manifesta como luz na vida de todos os que se abrem aos planos de Deus e se põem em busca de unidade, justiça e paz. Deixemo-nos guiar pela estrela de Belém nesta liturgia e ao longo de todo o ano”. (Liturgia Diária)

Dom Roberto Francisco Ferreira Paz ensinou: “O tempo de Natal alcança sua plenitude e esplendor com a Solenidade da Epifania, isto é, da manifestação do Menino Deus aos povos e Nações. Celebra o encontro alegre e jubiloso da humanidade com o Deus pequeno que se une, assim, a todas as pessoas e criaturas. Revela a gratuidade e a universalidade da salvação, bem como a abertura misericordiosa que convida para a reconciliação da humanidade numa só família”.

O Papa Emérito Bento XVI disse que “os Magos seguiram a estrela. Através da linguagem da criação, encontraram o Deus da história. É certo que a linguagem da criação, por si só, não é suficiente. Apenas a Palavra de Deus, que encontramos na Sagrada Escritura, podia indicar-lhes definitivamente o caminho. Criação e Escritura, razão e fé devem dar-se as mãos para nos conduzirem ao Deus vivo”. ( 6 de Janeiro de 2012)

Dom Roberto Francisco Ferreira Paz disse assim: “Na figura simpática e misteriosa dos sábios do Oriente, ou dos Santos Reis, como os chama a tradição popular, estão representados  todos os homens e mulheres de todas as etnias, culturas, idades e condições, atraídos pela Estrela da fé que nos leva sempre ao Deus Amor. Ofereçamos, hoje, o incenso de uma oração sincera e amiga, o ouro de uma caridade desprendida e generosa, e a mirra de uma vida sacrificada com alegria pelo Reino e pelos pobres”.

Conclusão: (Do Papa Francisco)

“Adorar é um gesto de amor que muda a vida. É fazer como os Magos: levar ao Senhor o ouro, para Lhe dizer que nada é mais precioso do que Ele; oferecer-Lhe o incenso, para Lhe dizer que só com Ele se eleva para o alto a nossa vida; apresentar-Lhe a mirra – com ela se ungiam os corpos feridos e dilacerados – como promessa a Jesus de que socorreremos o próximo marginalizado e sofredor, porque nele está o Senhor. Habitualmente, ao rezar, sabemos pedir, agradecer ao Senhor; mas a Igreja deve progredir ainda mais na oração de adoração. Devemos crescer na adoração; a oração de adoração é uma ciência que temos de aprender todos os dias: rezar adorando”.

Oração: (Prefácio)

PR: Na verdade, é justo é necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Revelastes, hoje, o mistério de vosso Filho como luz para iluminar todos os povos no caminho da salvação. Quando Cristo se manifestou em nossa carne mortal, vós nos recriastes na luz eterna de sua divindade. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz:

Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo

30 de dezembro de 2020 at 11:07 Deixe um comentário

Papa Francisco no Twitter

29 de dez de 2020: O Filho de Deus nasceu descartado para nos dizer que todo o descartado é filho de Deus. Veio ao mundo como vem ao mundo uma criança débil e frágil, para podermos acolher com ternura as nossas fraquezas.

28 de dez de 2020: Enquanto a ruína do homem é que cada um segue o seu próprio caminho, no #presépio todos convergem para Jesus, Príncipe da paz na noite do mundo.

27 de dez de 2020: Decidi convocar um Ano especial dedicado à Família #Amorislaetitia, que será aberto na próxima Solenidade de São José. Confiemos à Sagrada Família este caminho com as famílias de todo o mundo.

26 de dez de 2020: Também nós podemos transformar todos os dias o mal em bem. Os gestos de amor mudam a história: mesmo aqueles pequenos, escondidos, cotidianos. Porque Deus guia a história através da coragem humilde de quem reza, ama e perdoa.

26 de dez de 2020: Santo Estevão é o primeiro mártir, o primeiro de uma fileira de irmãos e irmãs que continuam a levar luz às trevas: enquanto recebia as pedras do ódio, devolvia palavras de perdão. Assim, mudou a história.

26 de dez de 2020: Nestes dias recebi felicitações de Roma e de outras partes do mundo. Na impossibilidade de responder a cada um, expresso a todos a minha gratidão, especialmente pelo dom da oração que de bom grado retribuo.

25 de dez de 2020: E, para todos, seja o Natal a ocasião propícia para redescobrirem a família como berço de vida e de fé, lugar de amor acolhedor, de diálogo, perdão, solidariedade fraterna e alegria partilhada, fonte de paz para toda a humanidade.

25 de dez de 2020: Nascendo na carne, o Filho de Deus consagrou o amor familiar. Neste momento, penso de modo especial nas famílias que hoje não se podem reunir, como também naquelas que são obrigadas a permanecer em casa.

25 de dez de 2020: Em cada um vejo refletido o rosto de Deus e, nos que sofrem, vislumbro o Senhor que pede a minha ajuda. Vejo-O no doente, no pobre, no desempregado, no marginalizado, no migrante e no refugiado.

25 de dez de 2020: Graças a este Menino, todos podemos dirigir-nos a Deus chamando-Lhe «Pai», «Papá». Todos podemos chamar-nos e ser realmente irmãos: de continentes diversos, de qualquer língua e cultura, com as nossas identidades e diferenças, mas todos irmãos e irmãs.

25 de dez de 2020: «Um menino nasceu para nós» (Is 9, 5). Veio para nos salvar! Anuncia-nos que o sofrimento e o mal não são a última palavra. Resignar-se à violência e à injustiça significaria recusar a alegria e a esperança do Natal.

25 de dez de 2020: O nascimento de Jesus é a novidade que nos permite renascer dentro, cada ano, encontrando n’Ele força para enfrentar todas as provações. #Natal

24 de dez de 2020: Um filho nos foi dado. Sois Vós, Jesus, o Filho que me torna filho. Amais-me como sou, não como eu me sonho. Vós que não me deixais sozinho, ajudai-me a consolar os vossos irmãos, porque, a partir desta noite, são todos meus irmãos. #Natal

24 de dez de 2020: Deus vem ao mundo como filho para nos tornar filhos de Deus. Que dom maravilhoso! Hoje Deus deixa-nos maravilhados, ao dizer a cada um de nós: «Tu és uma maravilha». #Natal

24 de dez de 2020: Deus vem habitar perto de nós, pobre e necessitado, para nos dizer que, servindo aos pobres, amá-Lo-emos a Ele. Desde aquela noite, como escreveu uma poetisa, «a residência de Deus é próxima da minha. O mobiliário é o amor» (E. Dickinson, Poems, XVII). #Natal

24 de dez de 2020: O Natal é a festa do amor de Deus por nós: o amor divino que inspira, dirige e corrige as mudanças e derrota o medo humano de deixar o “seguro” para lançar-nos no “mistério”.

23 de dez de 2020: Se a #pandemia nos obrigou a ficar mais distantes, Jesus, no presépio, mostra-nos o caminho da ternura para estarmos próximos, para sermos humano. Sigamos este caminho.

22 de dez de 2020: A alegre espera da vinda do Salvador que se fez homem, semelhante a nós, encha os nossos corações de esperança e de paz. #Advento

21 de dez de 2020: Quem não olha a crise à luz do Evangelho limita-se a fazer a autópsia dum cadáver: olha a crise, mas sem a esperança do Evangelho, sem a luz do Evangelho.

21 dez de 2020: Jesus não esperou que nos tornássemos bons para nos amar, mas doou-se gratuitamente a nós.

20 de dez de 2020: Neste tempo difícil, em vez de nos lamentarmos daquilo que a pandemia nos impede de fazer, façamos algo por quem tem menos: não mais um presente para nós e para nossos amigos, mas para um necessitado em quem ninguém pensa! #Angelus

20 de dez de 2020: A #solidariedade se expressa concretamente no serviço, que pode assumir formas muito diversas no modo de cuidar dos outros. Servir significa cuidar daqueles que são frágeis em nossas famílias, em nossa sociedade, em nosso povo. #HumanSolidarityDay

19 de dez de 2020: A árvore de Natal e o presépio são sinais de esperança, principalmente neste momento difícil. Procuremos não ficar no sinal, mas de ir ao significado, isto é, a Jesus, ao amor de Deus que Ele nos revelou, à infinita bondade que fez brilhar no mundo.

18 de dez de 2020: Encorajo-vos a dedicar tempo à oração, meditando à luz da Palavra de Deus, para que o Espírito Santo que nela habita ilumine o caminho a seguir e transforme o coração, à espera do nascimento de Nosso Senhor Jesus. #Advento

18 de dez de 2020: Amar o próximo como a si mesmo significa também empenhar-se na construção de um mundo onde todos tenham acesso aos bens da terra e a possibilidade de realizar-se como pessoa e como famílias, onde os direitos fundamentais e a dignidade sejam garantidos a todos. #MigrantsDay

17 de dez de 2020: “Nossa alma espera o Senhor: ele é o nosso amparo e o nosso escudo. É nele que se alegra o nosso coração” (Sl 32,20-21). A espera confiante do Senhor faz encontrar conforto e coragem nos momentos escuros da existência. #Advento

17 de dez de 2020: Os eventos que marcaram este ano nos ensinam a importância de cuidarmos uns dos outros e da criação. Por isso, escolhi como tema da Mensagem para o 54º #DiaMundialdaPaz: “A cultura do cuidado como percurso de paz”.

16 de dez de 2020: Peço a Deus que desperte no coração de todos o respeito pela vida de nossos irmãos e irmãs, especialmente dos mais frágeis e indefesos, e que dê força aos que a acolhem e cuidam, mesmo quando isso exige um amor heróico.

16 de dez de 2020: A #oração durante o tempo de #Advento nos ajuda a lembrar que não somos mais justos e melhores que os outros, mas somos todos pecadores que precisam ser tocados pela misericórdia de Deus. #AudiênciaGeral

15 de dez de 2020: Rezar é acender uma luz na noite. A #oração desperta da fraqueza de uma vida horizontal, levanta o olhar para o alto, sintoniza-nos com o Senhor; permite a Deus estar perto de nós, por isso liberta da solidão e dá esperança.

14 de dez de 2020: O #Advento é o tempo que nos é dado para acolher o Senhor que vem ao nosso encontro, para verificar o nosso desejo de Deus, para olhar avante e nos preparar para a volta de Cristo.

13 de dez de 2020: Abençoo as imagens do Menino Jesus que serão colocadas no presépio. Quando rezarem em casa, diante do presépio com seus familiares, deixem-se atrair pela ternura do Menino Jesus, que nasceu pobre e frágil no meio de nós, para nos dar o seu amor.

de 2020· : A Virgem Maria esperou no silêncio a Palavra de salvação de Deus; a ouviu, acolheu e concebeu. Nela, Deus se fez próximo. Por isso, a Igreja chama Maria “causa da nossa alegria”

30 de dezembro de 2020 at 5:36 Deixe um comentário

No Angelus, Papa anuncia Ano “Família Amoris laetitia”

Angelus com o Papa na Biblioteca Apostólica
Angelus com o Papa na Biblioteca Apostólica  (Vatican Media)

A intenção do Pontífice ao anunciar este Ano especial é “prosseguir o percurso sinodal” que levou à publicação do documento. Com efeito, Amoris laetitia é fruto da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada de 4-25 de outubro de 2015 sobre o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.

Jackson Erpen e Bianca Fraccalvieri – Vatican NewsOuça e compartilhe!

No Angelus deste domingo, 27, dia em que a Igreja celebra a Sagrada Família, o Papa Francisco anunciou a convocação de um “Ano especial dedicado à Família Amoris laetitia”, que será inaugurado em 19 de março de 2021, dia de São José e quinto aniversário de publicação da Exortação Apostólica. O encerramento está marcado para junho de 2022. Será “um ano de reflexão” e uma oportunidade para “aprofundar os conteúdos do documento”:

“Essas reflexões serão colocados à disposição das comunidades eclesiais e das famílias para acompanhá-las em seu caminho. Desde agora, convido todos a aderir às iniciativas que serão promovidas ao longo do ano e que serão coordenadas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Confiemos à Sagrada Família de Nazaré, em particular à São José, esposo e pai solícito, este caminho com as famílias de todo o mundo.”

Família de Nazaré, modelo para todas as família do mundo

Angelus deste domingo, também foi rezado na Biblioteca do Palácio Apostólico, pois como Francisco havia explicado no Angelus na festa de Santo Estêvão, “devemos fazer assim, para evitar que as pessoas venham para a Praça” e assim colaborar com as disposições dadas pelas Autoridades, “para ajudar a todos nós a escapar desta pandemia.”LEIA TAMBÉM27/12/2020

Angelus de 27 de dezembro de 2020

Dirigindo-se a quem o acompanhava pelos meios de comunicação, o Papa chamou a atenção para o fato de que “o Filho de Deus quis ter necessidade, como todas as crianças, do calor de uma família”, e precisamente por isso, “porque é a família de Jesus, a de Nazaré é a família modelo, em que todas as famílias do mundo podem encontrar o seu ponto de referência seguro e uma inspiração segura. Em Nazaré brotou a primavera da vida humana do Filho de Deus, no momento em que Ele foi concebido pela ação do Espírito Santo no seio virginal de Maria.”

Família evangeliza com exemplo de vida

Jesus transcorreu sua infância com alegria na Casa de Nazaré, envolvido “pela solicitude maternal de Maria e pela solicitude de José, em quem Jesus pôde ver a ternura de Deus”.

Ao imitar a Sagrada Família, somos chamados a redescobrir o valor educativo do núcleo familiar: isso requer que seja fundado no amor que sempre regenera as relações, abrindo horizontes de esperança. Em família se poderá experimentar uma comunhão sincera quando ela é casa de oração, quando os afetos são sérios, profundos, puros, quando o perdão prevalece sobre a discórdia, quando a dureza cotidiana do viver é amenizada pela ternura recíproca e pela serena adesão à vontade de Deus. Desta forma, a família se abre à alegria que Deus dá a todos aqueles que sabem dar com alegria. Ao mesmo tempo, encontra energia espiritual para se abrir ao exterior, aos outros, ao serviço dos irmãos, à colaboração para a construção de um mundo sempre novo e melhor; capaz, por isso, de ser portadora de estímulos positivos; a família evangeliza com o exemplo de vida.

“Em família se poderá experimentar uma comunhão sincera quando ela é casa de oração, quando os afetos são profundos e puros, quando o perdão prevalece sobre a discórdia, quando a dureza cotidiana do viver é amenizada pela ternura recíproca e pela serena adesão à vontade de Deus.”

LEIA TAMBÉM27/12/2020

Ano “Família Amoris Laetitia” terá propostas para acompanhar e apoiar as famílias

Com licença, perdão, obrigado

O Papa recordou que nas famílias existem problemas, que às vezes se briga, “mas somos humanos, somos fracos, e todos temos às vezes este fato que brigamos em família”. Mas a recomendação, já feita em outras oportunidades, é que não se acabe o dia sem fazer as pazes, pois “a guerra fria no dia seguinte é muito perigosa”. E lembrou as três palavras fundamentais para que o ambiente em família seja bom: “com licença”, “perdão”, “obrigado”. “Não ser invasivos”, agradecer sempre, pois “a gratidão é o sangue da alma nobre”, e depois pedir perdão, das três, a palavra mais difícil de dizer.

Famílias, fermento de uma nova humanidade

E o exemplo de evangelizar com a família, continuou então Francisco, é o chamado que nos é feito pela festa de hoje, que nos repropõe o ideal de amor conjugal e familiar, assim como foi enfatizado na Exortação Apostólica Amoris laetitia

Ao concluir, o Papa pediu à Virgem Mariaque”faça com que as famílias de todo o mundo fiquem cada vez mais fascinadas pelo ideal evangélico da Sagrada Família, para assim se tornar fermento de nova humanidade e de uma nova solidariedade concreta e universal.”

A oração de Francisco pelas famílias marcadas pelas feridas da incompreensão e da divisão

Após rezar o Angelus, ao saudar as famílias, grupos e fiéis que acompanham pelos meios de comunicação, o Santo Padre dirigiu seu pensamento em particular “às famílias que nos últimos meses perderam um familiar ou foram provadas pelas consequências da pandemia. Penso também nos médicos, enfermeiras e todo o pessoal de saúde cujo grande empenho na linha de frente do combate à propagação do vírus teve repercussões significativas na vida familiar”.

O Papa também confiou ao Senhor “todas as famílias, especialmente as mais provadas pelas dificuldades da vida e pelas feridas da incompreensão e da divisão. O Senhor, nascido em Belém, conceda a todas a serenidade e a força para caminharem unidos no caminho do bem”.

29 de dezembro de 2020 at 5:46 Deixe um comentário

Frases sobre Maria, a Mãe de Deus

Rainha de todos os santos, Santa Maria, Mãe de Deus - Santuário Santa  Paulina

1-Papa Francisco: “A fé é um vínculo com Deus que envolve a pessoa inteira, mas, para ser guardado, precisa da Mãe de Deus”.

2-Mons. José Maria Pereira: “Maria é a Senhora, cheia de graça e de virtudes, concebida sem pecado, que é Mãe de Deus e Mãe nossa, e está nos céus em corpo e alma”.

3-Padre Françoá Costa: “Maria é Mãe de Deus porque Jesus é Deus!”

4-Padre Paulo Ricardo: “A Igreja dirige hoje o nosso olhar para a Mãe do Salvador, não porque Jesus seja menos importante, mas porque Maria SS., na economia da redenção determinada ab æterno por Deus, era necessária para que o Filho de Deus se tornasse Filho do Homem”. 

5-Papa Francisco: “Renovamos a maravilha das origens, quando nasceu em nós a fé. A Mãe de Deus ajuda-nos: a Mãe que gerou o Senhor, gera-nos para o Senhor”.

6-São Gregório Nazianzeno: “Nós proclamamos, em sentido absoluto, que a santa Virgem é própria e verdadeiramente Mãe de Deus”.

7-Padre Françoá Costa: “Quando o Povo fiel soube que o Concilio de Éfeso proclamara que Maria é Mãe de Deus, encheu-se de grande júbilo”.

8-Mons. José Maria Pereira: “Maria é a Senhora, cheia de graça e de virtudes, concebida sem pecado, que é Mãe de Deus e Mãe nossa, e está nos céus em corpo e alma”.

9-São Josemaría Escrivá: “Podemos dizer bem alto à Virgem Santa, como o melhor dos louvores, estas palavras que expressam a sua mais alta dignidade: Mãe de Deus”.

10-Papa Emérito Bento XVI: “Que a Virgem Maria, que hoje veneramos com o título de Mãe de Deus, nos ajude a contemplar a face de Jesus, Príncipe da Paz”.

29 de dezembro de 2020 at 5:46 Deixe um comentário

Solenidade de Maria, Mãe de Deus – São Lucas 2, 16-21 – Dia 01 de janeiro de 2021

Calendário das celebrações litúrgicas do Papa no Tempo de Natal - Vatican  News

Naquele tempo os pastores “16.foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura. 17.Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino. 18.Todos os que os ouviam admi­ravam-se das coisas que lhes contavam os pastores. 19.Maria conservava todas essas palavras, meditando-as no seu coração. 20.Voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com o que lhes fora dito. 21.Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno.”

Fonte– Bíblia Católica Online

“Após um ano de dores e provações trazidas pela pandemia, encontramo-nos para a primeira Eucaristia do ano civil. Mãe de Deus e nossa, Maria nos acolhe e nos convida a glorificar seu Filho. Neste dia mundial da paz, peçamos à Mãe do Salvador que nos acompanhe ao longo de todo este ano e nos ajude a construir uma cultura de paz”. (Liturgia Diária)

Dom Henrique Soares da Costa explicou: “Hoje, é também a Oitava do Santo Natal, dia no qual a Igreja volta-se para a Virgem que gerou em seu seio e deu à luz o verdadeiro Deus feito homem. Chegou a plenitude dos tempos e “Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher”, aquela mesma que os pastores encontraram velando o “Recém-nascido deitado na manjedoura”. Somos gratos à Virgem Santa e, contemplando o seu filhinho, reconhecemos Nele o Deus perfeito e a proclamamos verdadeiramente Mãe de Deus”.

“Iniciamos um novo ano civil, celebrando a Solenidade de Maria, Mãe de Deus e nossa. O Evangelho está mais enfocado na pessoa de Jesus do que em Maria. Temos também a presença marcante dos pastores, pessoas simples, pobres e até desprezadas, mas são eles os primeiros a tomar conhecimento do partem em busca dele e após o encontro, tornam-se os primeiros anunciadores da chegada do Salvador da humanidade. Essa é boa notícia que traz muita alegria e esperança ao povo que aguarda a realização das profecias. Iniciar ano novo sob a proteção de Maria é sempre motivo de muita alegria”. (Dia a Dia – Ed. Paulus)

Dia Mundial da Paz

O Mons. José Maria Pereira orou assim: “Que a Virgem Maria, que hoje veneramos com o título de Mãe de Deus, nos ajude a contemplar a face de Jesus, Príncipe da Paz. Que a Mãe de Deus nos ajude e nos acompanhe neste Novo Ano; que Ela obtenha para nós e para o mundo inteiro o dom da paz”.

Conclusão: (Do Papa Francisco)

“No início do ano, pedimos-Lhe a graça de nos maravilharmos perante o Deus das surpresas. Renovamos a maravilha das origens, quando nasceu em nós a fé. A Mãe de Deus ajuda-nos: a Mãe que gerou o Senhor, gera-nos para o Senhor. É mãe e gera sempre de novo, nos filhos, a maravilha da fé, porque a fé é um encontro, não é uma religião. A vida, sem nos maravilharmos, torna-se cinzenta, rotineira; e de igual modo a fé”.

Oração: (Do Papa Francisco)

“Tomai-nos pela mão, Maria. Agarrados a Vós, superaremos as curvas mais fechadas da história. Levai-nos pela mão a descobrir os laços que nos unem. Reuni-nos, todos juntos, sob o vosso manto, na ternura do amor verdadeiro, onde se reconstitui a família humana: «À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus». Digamo-lo, todos juntos, a Nossa Senhora: «À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus“.

Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo

28 de dezembro de 2020 at 6:08 Deixe um comentário

Domingo da Sagrada Família

Evangelho do domingo
Evangelho do domingo   (© BAV Vat.sir.559, f.48v )

Deus está no meio de nós! Ele porta o Messias, o Redentor, o Salvador de Israel e de todos os povos! A esperança se cumpriu e ele, Simeão, pode partir em paz!

Padre César Augusto, SJ

A liturgia nos mostra a família como um ninho de formação para o amor, onde já se ama; aliás é o amor que gera a família e nada mais simbólico que o nome lar, onde o amor, simbolizado pelo fogo, em todas suas dimensões, se faz presente!

Na primeira leitura, Eclesiástico 3, 3-7.14-17, vemos as consequências nos filhos que honram seus pais: ajuntarão “tesouros”, serão perdoados dos pecados e até evitarão cometê-los, serão ouvidos na oração diária, terão alegria com seus próprios filhos, terão vida longa, serão ocasião de consolo dos próprios pais, serão louvados pelas virtudes que possuem. E a segunda leitura, Colossenses 3, 12-21, continua falando do relacionamento que deve acontecer no seio da família: sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência e reforça o perdão recíproco, caso seja necessário.Ouça e compartilhe

Finalmente vem a recomendação do amor dizendo que ele “é o vínculo da perfeição”. Continuando, o Apóstolo traz novas recomendações como a admoestação realizada com sabedoria e o louvor a Deus e a ação de graças.

Um pouco antes do final da pericope, Paulo se dirige às mulheres, maridos e filhos. Às primeiras ele sugere a solicitude; aos maridos, o amor e a delicadeza; aos filhos, a obediência, um ato de fé em escutar seus conselhos e admoestações; ao mesmo tempo em que pede aos pais saberem exercer as correções para que os filhos não desanimem ao se sentirem constrangidos.

O Evangelho, extraído de Lucas 2, 39-40, relata a apresentação de Jesus no Templo e a purificação da mãe e do filho. Nos versículos 29 ao 32 temos a belíssima oração de Simeão, quando recebe o Menino Jesus em seus braços e sabe que o futuro já é presente!  Deus está no meio de nós! Ele porta o Messias, o Redentor, o Salvador de Israel e de todos os povos! A esperança se cumpriu e ele, Simeão, pode partir em paz! Se ele porta o Menino Deus, esse Menino, o Verbo feito carne, segurou a expectativa e a confirmou e, em breve, será o Menino que o portará até à Casa do Pai. Simeão sabe disso e se alegra! Sentimento de pura e plena felicidade. É lá que continua nosso lar quando nossa luz fica bruxuleante e ganha força extraordinária para jamais ser apagada. Aí, com alegria não teremos mais luz própria, mas será a luz do Senhor e, somente ela, que nos iluminará, por todos os séculos dos séculos.

Concluindo São Lucas nos diz que “O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.” E isso ocorria dentro do lar da família de José e de Maria, onde Deus era amado, respeitado e louvado.

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28 de dezembro de 2020 at 5:43 Deixe um comentário

Frases sobre a Sagrada Família

1-São João Paulo II: “A Sagrada Família de Nazaré é para nós um desafio permanente, que nos obriga a aprofundar o mistério da «Igreja doméstica» e de cada família humana”.

2-Padre César Augusto dos Santos: “A imagem da Família de Nazaré como família migrante e pobre nos obriga a refazer a imagem da família atual, retornando às origens e aos valores, ou seja, a abundância de bens materiais não é necessária para ser feliz e amar a Deus e ao próximo”.

3-Papa Emérito Bento XVI: “Desejo a todas as famílias cristãs que vivam na presença de Deus, com o mesmo amor e a mesma alegria da família de Jesus, Maria e José”.

4-Dom Henrique Soares da Costa: “Que intercedam por nós a Virgem Maria e seu esposo, São José! Que tenha misericórdia de nós o Cristo Jesus, feito obediente a Seus pais no coração da casa de Nazaré”.

5-Mons. José Maria Pereira: “Hoje, de modo muito especial, pedimos à Sagrada Família por cada um dos membros da nossa família e pelo mais necessitado dentre eles”.

6-Padre Roger Araújo: “Nós celebramos, hoje, a Sagrada Família, Jesus, Maria e José. Deus no Seu plano maravilhoso de amor, quis que o Seu filho único, viesse nascer no seio de uma família”.

7-Papa Emérito Bento XVI: “José cumpriu plenamente o seu papel paterno, sob todos os aspectos. Certamente educou Jesus na oração, juntamente com Maria”. 

8-São João Paulo II: “O domingo na Oitava do Natal do Senhor, o presente domingo, une, na liturgia, a solene memória da Sagrada Família de Jesus, Maria e José”.

9-Padre Luiz Carlos de Oliveira: “Ao celebrarmos a festa da Sagrada Família estamos abertos para compreender o que Deus espera de nós. Muito simples: Viver como Ele viveu em Sua família”.

10-Dom Henrique Soares da Costa: “A festa deste hoje deixa claro que a família é sagrada”.

27 de dezembro de 2020 at 6:10 Deixe um comentário

Papa à Cúria: o conflito divide a Igreja, a crise a purifica

Papa em audiência à Cúria Romana

A crise provocada pela pandemia foi a ocasião para o Papa analisar os desafios que a Igreja enfrenta e o fez em audiência aos membros da Cúria Romana para os votos de Natal: “Amados irmãos e irmãs, conservemos uma grande paz e serenidade, plenamente conscientes de que todos nós, a começar por mim, somos apenas ‘servos inúteis'”.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Colaboração generosa e apaixonada: o Papa Francisco pediu um presente de Natal aos membros da Cúria Romana, ao recebê-los em audiência esta segunda-feira para as tradicionais felicitações natalinas.

O discurso do Pontífice foi dedicado a analisar a crise provocada pela pandemia e suas repercussões na sociedade, mas, sobretudo, na Igreja.

Francisco recordou o memóravel 27 de março passado, quando a Praça estava aparentemente vazia, mas, na realidade, “estava cheia graças à pertença fraterna que nos acomuna nos vários cantos da terra”. Esta mesma fraternidade o levou a escrever a encíclica “Fratelli tutti”, para que este princípio se torne um anseio mundial.

A crise que estamos vivendo é um tempo de graça, afirma o Papa citando alguns episódios narrados na Bíblia: desde crise de Abraão até a “mais eloquente”, que é a de Jesus, e a “crise extrema na cruz”, que abre o caminho da ressurreição.Ouça a reportagem

Ler a crise à luz do Evangelho

Francisco reconhece as muitas pessoas na Cúria que dão testemunho com o seu trabalho humilde, discreto, silencioso, leal, profissional, honesto.

Mas há também problemas, com a única diferença de que estes “vão parar imediatamente aos jornais, enquanto os sinais de esperança fazem notícia só depois de muito tempo e… nem sempre”.

Esta reflexão sobre a crise, prossegue, alerta para não julgarmos precipitadamente a Igreja com base nos escândalos de ontem e de hoje. Quem não olha a crise à luz do Evangelho, afirma o Papa, limita-se a fazer a autópsia de um cadáver.

“Estamos assustados com a crise não só porque nos esquecemos de a avaliar como o Evangelho nos convida a fazê-lo, mas também porque olvidamos que o Evangelho é o primeiro a colocar-nos em crise.”

É preciso reencontrar a coragem e a humildade de dizer em voz alta que o tempo da crise é um tempo do Espírito. E junto do Menino deitado numa manjedoura, bem como na presença do homem crucificado, “só encontramos o lugar certo se nos apresentarmos desarmados, humildes, essenciais”.https://www.youtube.com/embed/AoXcbeOILAQ?wmode=opaque&rel=0&autohide=1&showinfo=0&wmode=transparent&modestbranding=1&enablejsapi=1&origin=https://www.vaticannews.va&start=&end=Papa à Cúria Romana

A crise é positiva, o conflito corrói

Francisco faz também uma distinção entre crise e conflito.

“A crise geralmente tem um desfecho positivo, enquanto o conflito cria sempre um contraste, uma competição, um antagonismo aparentemente sem solução, entre sujeitos que se dividem em amigos a amar e inimigos a combater, com a consequente vitória de uma das partes.”

A lógica do conflito sempre busca os “culpados” a estigmatizar e desprezar e os “justos” a justificar. Isso favorece o crescimento ou a afirmação de certas atitudes elitistas e de “grupos fechados” que promovem lógicas restritivas e parciais.

“Lida com as categorias de conflito – direita e esquerda, progressista e tradicionalista –, a Igreja divide-se, polariza-se, perverte-se e atraiçoa a sua verdadeira natureza: é um Corpo perenemente em crise.”

Um Corpo em conflito produz vencedores e vencidos, temor, rigidez, falta de sinodalidade. Já a novidade introduzida pela crise desejada pelo Espírito nunca é uma novidade em contraposição ao antigo, mas uma novidade que germina do antigo e o torna sempre fecundo.

O Papa exemplifica este conceito com uma frase de Jesus: “Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto”. “Só morrendo para uma certa mentalidade é que conseguiremos também abrir espaço à novidade que o Espírito suscita constantemente no coração da Igreja.”

Crise exige atualização

Francisco recorda que a “Igreja é sempre um vaso de barro, precioso pelo que contém e não pelo que às vezes mostra de si mesma”.

“Temos de esforçar-nos por que a nossa fragilidade não se torne obstáculo ao anúncio do Evangelho, mas lugar onde se manifeste o grande amor de Deus.”

A Tradição custodia a verdade e a graça, mas a Igreja tem que lidar com os vários aspectos da verdade que pouco a pouco vamos compreendendo.

“Nenhuma modalidade histórica de viver o Evangelho esgota a sua compreensão. Se nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo, iremos dia após dia aproximando-nos cada vez mais da ‘Verdade completa’.”  

Deixar o conflito de lado, abraçar a crise e colocar-se a caminho

Como comportar-nos na crise? Questiona-se por fim o Papa. Antes de mais nada, aceitá-la como um tempo de graça que nos foi dado para compreender a vontade de Deus sobre cada um de nós e a Igreja inteira. É preciso entrar na lógica, aparentemente contraditória, de que, “quando sou fraco, então é que sou forte”.

Ponto fundamental é não interromper o diálogo com Deus, nunca se cansar de rezar. “Não conhecemos outra solução para os problemas que estamos a viver, senão a de rezar mais e, ao mesmo tempo, fazer tudo o que nos for possível com mais confiança.”

Eis então a exortação final do Papa:

“Amados irmãos e irmãs, conservemos uma grande paz e serenidade, plenamente conscientes de que todos nós, a começar por mim, somos apenas «servos inúteis», com quem usou de misericórdia o Senhor.”

A crise é movimento, faz parte do caminho. Ao contrário, o conflito é permanecer no labirinto, perdidos em murmurações e maledicências.

Francisco pede que cada um de nós, independentemente do lugar que ocupa na Igreja, interrogue-se se quer seguir Jesus na crise ou defender-se Dele no conflito.

O Papa conclui pedindo um presente de Natal: a colaboração generosa e apaixonada da Cúria no anúncio da Boa Nova, sobretudo aos pobres. E citou Dom Hélder Câmara e sua famosa frase: “Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista”.

27 de dezembro de 2020 at 5:58 Deixe um comentário

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