Posts tagged ‘Eucaristia’

Jesus entregou-Se até ao fim (Jo 13,1)

Ó Jesus, alimento das almas que ultrapassa toda a realidade natural, este povo imenso grita por Ti. Ele esforça-se por dar novo impulso à sua vocação humana e cristã, ornamentando-a com virtudes interiores, sempre pronto para o sacrifício, do qual Tu és a própria imagem, pela palavra e pelo exemplo. Tu és o primeiro dos nossos irmãos; Tu precedeste os passos de cada um de nós; Tu perdoaste as faltas de todos. E Tu os chamas a todos a um testemunho de vida mais nobre, mais ativa, mais compreensiva. Jesus, «pão da vida» (Jo 6,35), único e exclusivo alimento essencial da alma, acolhe todos os povos à tua mesa. Ela é já a realidade divina neste mundo, o penhor da bondade celeste, a certeza de um feliz acordo entre os povos, e de uma luta pacífica com vista ao verdadeiro progresso e à civilização. Alimentados por Ti e de Ti, os homens serão fortes na fé, felizes na esperança, ativos na caridade. As boas vontades triunfarão das ciladas armadas pelo mal, triunfarão do egoísmo e da preguiça. E os homens retos e tementes a Deus ouvirão erguer-se da Terra os primeiros ecos misteriosos e doces da cidade de Deus, da qual a Igreja neste mundo quer ser imagem. Tu nos conduzes às boas pastagens; Tu nos proteges. Mostra-nos, Jesus, os bens da terra dos vivos (Sl 26,13).  

Oração de São João XXIII

Fonte: Evangelho Quotidiano

30 de janeiro de 2021 at 5:41 Deixe um comentário

Papa: com Jesus, podemos nos imunizar contra a tristeza

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No altar da cátedra da Basílica Vaticana, o Papa Francisco presidiu à missa no dia em que a Itália celebra a Solenidade de Corpus Christi. Jesus se faz presente “na fragilidade desarmante da Hóstia”.

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

“A Eucaristia não é simples lembrança; é um fato: é a Páscoa do Senhor, que ressuscita para nós.” No dia em que a Itália celebra a Solenidade de Corpus Christi, o Papa Francisco presidiu à missa na Basílica de São Pedro, com a participação de cerca de 50 fiéis.

A homilia do Pontífice foi inspirada no seguinte versículo extraído do Deuteronômio: «Recorda-te de todo esse caminho que o Senhor, teu Deus, te fez percorrer» (Dt 8, 2). As palavras do Papa, portanto, falam de memória: memória de quem somos e do que devemos fazer.

Fazei isto em memória de Mim

Para Francisco, é essencial recordar o bem recebido: se o não conservamos na memória, tornamo-nos estranhos a nós mesmos, meros «passantes» pela existência. Pelo contrário, fazer memória é amarrar-se aos laços mais fortes, sentir-se parte duma história transmitida de geração em geração.

Nossa memória é frágil, recordou o Papa, por isso Deus nos deixou um memorial. Não nos deixou apenas palavras, mas nos deu um Alimento: a Eucaristia não é simples lembrança; é um fato: é a Páscoa do Senhor, que ressuscita para nós. “Fazei isto em memória de Mim.

A Eucaristia cura a nossa memória ferida e órfã. Introduz em nossa memória um amor maior: o Dele. Cura também aquilo que o Pontífice chamou de “nossa memória negativa”, isto é, pensar de que não servimos para nada, que só cometemos erros.

“O Senhor sabe que o mal e os pecados não são a nossa identidade; são doenças, infeções. E Ele vem curá-las com a Eucaristia, que contém os anticorpos para a nossa memória doente de negativismo. Com Jesus, podemos imunizar-nos contra a tristeza.”

Somos portadores de Deus

Os problemas cotidianos não desaparecem, mas o seu peso deixará de nos esmagar, porque, na profundidade de nós mesmos, temos Jesus que nos encoraja com o seu amor.

“Aqui está a força da Eucaristia, que nos transforma em portadores de Deus.” Justamente por isso, ao sair da missa, não podemos continuar a reclamar, a criticar e a nos lamentar, pois a alegria do Senhor muda a vida.

Enfim a Eucaristia cura a nossa memória fechada. Se no início somos medrosos e desconfiados, aos poucos nos tornamos cínicos e indiferentes, agindo com insensibilidade e arrogância.

“Só o amor cura o medo pela raiz, e liberta dos fechamentos que aprisionam. É assim que faz Jesus, vindo ter conosco com mansidão, na fragilidade desarmante da Hóstia; assim faz Jesus, Pão partido para romper a carapaça dos nossos egoísmos.”

Eis o convite a não desperdiçar a vida, correndo atrás de mil coisas inúteis que criam dependências e deixam o vazio dentro. “A Eucaristia apaga em nós a fome de coisas e acende o desejo de servir.” Somos as mãos de Deus para saciar o próximo e juntos devemos formar correntes de solidariedade:

“Agora é urgente cuidar de quem tem fome de alimento e dignidade, de quem não trabalha e tem dificuldade em seguir adiante. E fazê-lo de modo concreto, como concreto é o Pão que Jesus nos dá.”

Por fim, uma recomendação: “Queridos irmãos e irmãs, continuemos a celebrar o Memorial que cura a nossa memória: a Missa. É o tesouro que deve ocupar o primeiro lugar na Igreja e na vida. E, ao mesmo tempo, redescubramos a adoração, que continua em nós a ação da Missa”.

A cerimônia se concluiu com a exposição do Santíssimo, com o qual o Pontífice concedeu a sua bênção.

14 de junho de 2020 at 11:33 Deixe um comentário

O Pai Nosso e a Eucaristia

O que é Eucaristia? | Campanha | Jesus está no meio de Nós

Tudo aquilo de que precisamos para sermos recebidos na comunhão dos espíritos bem-aventurados está resumido nas sete petições do Pai Nosso, que o Senhor rezou, não em Seu nome, mas para nos servir de exemplo. Recitamo-lo antes da sagrada comunhão e, sempre que o rezamos com toda a sinceridade e de todo o coração, e que recebemos a sagrada comunhão com as disposições de uma alma recta, obtemos a realização de todos os nossos pedidos.

Esta comunhão livra-nos do mal porque nos purifica de todas as ofensas cometidas, e nos dá aquela paz do coração que suprime o aguilhão de todos os outros males. Traz-nos o perdão dos pecados cometidos e torna-nos firmes na resistência à tentação. É em si mesma o pão da vida, de que precisamos diariamente para crescer, até à nossa entrada na vida eterna. Faz da nossa vontade um instrumento dócil da vontade de Deus. E, desse modo, coloca em nós os fundamentos do Reino de Deus e purifica os nossos lábios e o nosso coração, para que possamos glorificar o santo Nome de Deus.

Reflexão de Santa Teresa Benedita da Cruz

Fonte: Evangelho Quotidiano

10 de junho de 2020 at 5:43 Deixe um comentário

Jesus Eucarístico

6 de maio de 2020 at 7:29 Deixe um comentário

A Eucaristia primitiva narrada por São Justino

"Os cristãos acorrem a um mesmo lugar para a Assembleia Eucarística, encabeçados pelo próprio Cristo, que é o ator principal da Eucaristia. Ele é o sumo sacerdote da Nova Aliança."

“Os cristãos acorrem a um mesmo lugar para a Assembleia Eucarística, encabeçados pelo próprio Cristo, que é o ator principal da Eucaristia. Ele é o sumo sacerdote da Nova Aliança.” 
“A Celebração Eucarística, por mais privada que seja, celebrada por um monge solitário, será sempre uma celebração da Igreja, conforme aponta a SC, n. 26: “As ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja, que é “sacramento de unidade”, povo santo reunido e ordenado sob a direção dos bispos”.

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

No nosso espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos falar hoje sobre “Eucaristia Primitiva narrada por São Justino”.

Damos prosseguimento neste nosso espaço, ao tema das origens da Eucaristia na Igreja Primitiva iniciado na última quarta-feira, quando falamos que as Celebrações Eucarísticas já nos primeiros tempos do cristianismo eram uma verdadeira explosão festiva que é uma árvore viçosa da vida. Eram um “processo pascal, um caminho aberto para a Páscoa de Cristo, como uma estrela, uma luz forte e verdadeira que se eleva sobre a história, todo o caminho litúrgico no decorrer dos séculos”.

Sobre a Eucaristia, padre Gerson Schmidt nos trouxe no programa passsado um belíssimo texto de São Justino disponível no Compêndio do Catecismo da Igreja Católica. E a Celebração Eucarística, como nos fala hoje o sacerdote incardinado na Arquidiocese de Porto Alegre, “será sempre uma celebração da Igreja”, como nos diz a Sacrosanctum Concilium, pois “as ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja”:

“Um dos textos mais belíssimos sobre a Eucaristia dos primeiros séculos que temos a disposição no Catecismo da Igreja Católica é o de São Justino, que faz uma apologia, uma defesa dos cristãos para o  imperador pagão Antonino Pio (138-161), acusados de fazerem reuniões estranhas. O Catecismo, a partir dos números 1345 presenta uma explicação mais detalhada dos aspectos próprios dessa liturgia dos primórdios, do século II.

Nessa apologética de São Justino fala que “no dia ‘do Sol’ (domingo), como é chamado, reúnem-se num mesmo lugar os habitantes, quer das cidades, quer dos campos. Fala assim, a respeito o CIC, n.1348: “Todos se reúnem. Os cristãos acorrem a um mesmo lugar para a Assembleia Eucarística, encabeçados pelo próprio Cristo, que é o ator principal da Eucaristia. Ele é o sumo sacerdote da Nova Aliança. É ele mesmo quem preside invisivelmente toda Celebração Eucarística. É representando-o que o Bispo ou o presbítero (agindo “em representação de Cristo-Cabeça”) preside a assembleia, toma a palavra depois das leituras, recebe as oferendas e profere a oração eucarística. Todos têm sua parte ativa na celebração, cada um a seu modo: os leitores, os que trazem as oferendas, os que dão a comunhão e todo o povo, cujo Amém manifesta a participação”.

Nesse sentido, aqui vemos a narrativa de São Justino que há uma assembleia, um povo vindo do campo e da cidade. Portanto, a Celebração eucarística, por mais privada que seja, celebrada por um monge solitário, será sempre uma celebração da Igreja, conforme aponta a SC, n. 26: “As ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja, que é “sacramento de unidade”, povo santo reunido e ordenado sob a direção dos bispos”.  Deve-se portanto preferir a missa com assembleia do que a missa privada, como aponta o n. 27 da SC: “Sempre que os ritos implicam, segundo a natureza particular de cada um, uma celebração comunitária, com a presença e ativa participação dos fiéis, inculque-se que esta deve preferir-se, à medida do possível, à celebração individual e quase particular”. Mas há também um direito dos sacerdotes de celebrar a Missa sine populo (sem povo) porque cada eucaristia é uma celebração da Igreja. “Devido a sua essência, a liturgia tem um caráter de uma celebração comunitária. Nela, a Igreja se edifica também como communio hierarchica. Todos exercitam um serviço autenticamente litúrgico, não só como celebrantes, mas também como leigos”[1].

_________________________

[1] Helmut Hoping, A Constituição Sacrosanctum Concilium. In: As constituições do Vaticano II, Ontem e Hoje, org. Geraldo B. Hackmann e Miguel de Salis Amaral, Edições CNBB, 2015, p.117.

 

26 de julho de 2019 at 5:41 Deixe um comentário

Papa: Eucaristia centro da nossa vida

Papa Francisco

Papa Francisco  (ANSA)

Na audiência geral da última quarta-feira (19/06) ao saudar os fiéis poloneses e franceses, o Papa Francisco falou sobre a importância da Eucaristia para a vida do cristão e da sua centralidade na Igreja

No final da catequese da audiência geral da última quarta-feira (19), o Papa fez uma saudação aos peregrinos presentes em várias línguas. Ao falar aos peregrinos de língua polonesa e francesa recordou a Solenidade de Corpus Christi desta quinta-feira (20) definindo-a “uma oportunidade particular para reavivar a nossa fé na presença real do Senhor na Eucaristia. A celebração da Santa Missa, a adoração eucarística e as procissões pelas ruas das cidades e dos vilarejos – prosseguiu o Papa – são o testemunho da nossa veneração e da adesão a Cristo que nos dá o Seu Corpo e o Seu Sangue, para alimentar-nos com Seu amor e fazer-nos participar da Sua vida na glória do Pai.

A Eucaristia nos faz viver a vida de Cristo

Na sua saudação aos peregrinos provenientes da Suíça, da França e de outros países francófonos, em particular os de Genebra, Paris e Guadalupe, Papa Francisco falou da festa de Corpus Christi, evidenciado que “é um convite a dar um lugar central à Eucaristia na nossa vida. É a Eucaristia – concluiu – que nos faz viver a vida de Cristo e faz a Igreja”.

21 de junho de 2019 at 5:39 Deixe um comentário

Eucaristia

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“A Eucaristia nos fortalece para darmos frutos de boas obras e vivermos como verdadeiros cristãos”. (Papa Francisco em 29/05/18)

30 de maio de 2018 at 5:35 Deixe um comentário

Papa: a Eucaristia nos educa à prática da justiça e da misericórdia

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“A Eucaristia nos reconcilia e nos une, alimenta a vida comunitária e gera gestos de generosidade, perdão, confiança e gratidão: significa ação de graças, nos educa à primazia do amor e à prática da justiça e da misericórdia”, disse Francisco aos peregrinos das dioceses italianas de Bolonha e Cesena.

Cidade do Vaticano

O Santo Padre concluiu suas atividades, na manhã deste sábado (21/4), no Vaticano, recebendo, na Praça São Pedro, cerca de 13 mil peregrinos das dioceses de Bolonha e Cesena, que vieram, com seus respectivos Pastores, retribuir a visita que ele fez às suas comunidades em outubro do ano passado.

Continuar, com coragem, caminho de renovação

Acolhida e encontros de fé e oração

Em sua saudação aos numerosos presentes, – Bispos, autoridades civis, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos e enfermos – Francisco disse que “não esqueceu a acolhida e os encontros de fé e de oração” realizados nas duas cidades italianas. E acrescentou:

Graças ao dom da Providência pude confirmar e revigorar a sua fé e pertença à Igreja, que se concretizam com atitudes e gestos de caridade, especialmente em relação às pessoas mais frágeis. Logo, exorto-os a continuar, com coragem, no caminho de renovação e compromisso eclesial”.

Obras de evangelização e metas missionárias

Em Cesena, recordou o Papa , na ocasião foram comemorados o III centenário de nascimento do Papa Pio VI e a memória do Papa Pio VII, ocasião propícia para refletir sobre a obra de evangelização e as metas missionárias, sob o exemplo destes grandes Pastores.

Em Bolonha, Francisco destacou a conclusão do Congresso Eucarístico Diocesano, que reuniu numerosos fiéis em torno de Jesus Eucarístico. A este respeito, o Papa citou a sua Exortação Apostólica “Gaudete e exsultate”: “Partilhar a Palavra e celebrar juntos a Eucaristia torna-nos mais irmãos e transforma-nos em comunidade santa e missionária”. E frisou:

A Eucaristia, de fato, compõe a Igreja, a agrega e a une no vínculo do amor e da esperança. Jesus a instituiu para que permanecêssemos com Ele, formando um só corpo e tornando-nos mais unidos e irmãos. A Eucaristia nos reconcilia e nos une, alimenta a vida comunitária e gera gestos de generosidade, perdão, confiança e gratidão: significa ação de graças, nos educa à primazia do amor e à prática da justiça e da misericórdia”.

Homens e mulheres do nosso tempo precisam encontrar Jesus Cristo

Neste sentido, o Santo Padre recordou que “os homens e mulheres do nosso tempo precisam encontrar Jesus Cristo”: Ele é o caminho que nos conduz ao Pai; Ele é o Evangelho da esperança e do amor. No cumprimento da nossa missão, Ele exige generosa disponibilidade, renúncia a si mesmo e abandono confiante à vontade divina. Eis o nosso itinerário de santidade! Por fim, o Papa fez a seguinte exortação aos peregrinos de Bolonha e Cesena:

Encorajo-os a ressoar em suas comunidades o chamado à santidade, que envolve todos os batizados, em qualquer condição de vida. Na santidade consiste a plena realização da aspiração do coração humano. Trata-se de um caminho que deve ser trilhado com a acolhida concreta do Evangelho. Este compromisso missionário proporciona novo impulso à evangelização”.

Jamais deixem de buscar Deus e o seu Reino

“Não cessem jamais, concluiu Francisco, de buscar a Deus e o seu Reino e de prestar o precioso serviço aos irmãos, sempre com fraternidade e simplicidade.

9 de maio de 2018 at 5:58 Deixe um comentário

Papa: Eucaristia nos fortalece e nos faz dar frutos

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“Aproximemo-nos da Eucaristia: receber Jesus nos transforma n’Ele, nos faz mais fortes. É tão bom e tão grande o Senhor!” Na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco deu continuidade a série de catequeses sobre a Santa Missa, falando sobre a Eucaristia

Cidade do Vaticano

O Papa Francisco iniciou a Audiência Geral falando fora do texto sobre o primeiro dia de primavera. “Boa primavera!” desejou a todos, para então recordar que, à exemplo do que acontece com as plantas nesta estação,  “a vida cristã deve ser uma vida que deve florescer nas obras de caridade, no fazer o bem”, e que se não temos raízes, “não poderemos florescer”, e Jesus é a raiz.

“Se não tens Jesus na raiz, ali, não florescerás. Se tu não regas a tua vida com a oração e os sacramentos,  haverá flores cristãs?”, pergunta. “Não! Porque a oração e os sacramentos regam as raízes e a nossa vida floresce. Faço votos de que esta primavera seja para vocês uma primavera florida, como será a Páscoa florida. Flores de boas obras, de virtudes, de fazer o bem aos outros.

Eucaristia

“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue verdadeiramente uma bebida”.

Em sua reflexão, Francisco inspirou-se no Evangelho de São João (6,54-55) para falar sobre a Comunhão, dando continuidade assim a sua série de catequeses sobre a Santa Missa, que é toda “ordenada para a Comunhão sacramental”, não a espiritual que posso fazer em casa dizendo: “Jesus, eu gostaria de te receber espiritualmente”, mas a Comunhão sacramental.

“Celebramos a Eucaristia para nos nutrirmos de Cristo, que doa a si mesmo quer na Palavra como no Sacramento do altar, para conformar-nos a Ele”, disse o Santo Padre dirigindo-se aos cerca de 15 mil fiéis de diversos países presentes na Praça São Pedro, a uma temperatura de 8°C.

“O gesto de Jesus que deu aos seus discípulos o seu Corpo e o seu Sangue na última Ceia – explicou – continua ainda hoje pelo ministério do sacerdote e do diácono, ministros ordinários da distribuição aos irmãos do Pão da vida e do Cálice da salvação”.

“Depois de ter partido o Pão consagrado, isto é, o Corpo de Jesus, o sacerdote o mostra aos fiéis, convidando-os a participar do banquete eucarístico”, dizendo as palavras: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor: eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”.

Este convite inspirado em uma passagem do Apocalipse – recordou o Santo Padre – “nos chama a experimentar a íntima união com Cristo, fonte de alegria e de santidade”:

É um convite que alegra e ao mesmo tempo impele a um exame de consciência iluminado pela fé. Se por um lado, de fato, vemos a distância que nos separa da santidade de Cristo, por outro acreditamos que o seu Sangue é “derramado pela remissão dos pecados”. Todos nós fomos perdoados no batismo e todos nós somos e seremos perdoados cada vez que nos aproximarmos do Sacramento da Penitência. E não esqueçam, Jesus perdoa sempre. Jesus não se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir perdão”.

O Papa recordou Santo Ambrósio quando exclama: “Eu que peco sempre, devo sempre dispor de remédio!”, e com esta fé “também nós voltamos o nosso olhar ao Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo e o invocamos” com as palavras: “Ó Senhor, não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo”. Isso dizemos em cada Missa”:

Se somos nós a nos mover em procissão para fazer a Comunhão, nós vamos em direção ao altar em procissão para fazer a comunhão. Na realidade é Cristo que vem em nosso encontro para assemelharmo-nos a Ele. Há um encontro com Jesus! Nutrir-se da Eucaristia significa deixar-se transformar enquanto recebemos”.

“ Cada vez que nós comungamos, mais nos assemelhamos a Jesus, mais nos transformamos em Jesus. ”

“Como o pão e o vinho são convertidos no Corpo e Sangue do Senhor, assim aqueles que os recebem com fé, são transformados em Eucaristia viva.”

Ao responder “Amém” ao sacerdote que diz “Corpo de Cristo”, se reconhece “a graça e o empenho que comporta tornar-se Corpo de Cristo. Pois quando tu recebes o Corpo de Cristo, tu te tornas Corpo de Cristo. É belo isto, é muito belo!”

“Enquanto nos unimos a Cristo, separando-nos de nossos egoísmos, a Comunhão nos abre e une a todos aqueles que são um só n’Ele. Eis o prodígio da Comunhão: nos tornamos aquilo que recebemos!”

O Papa reforça que a Igreja deseja que os fiéis recebam o Corpo do Senhor “com hóstias consagradas na mesma Missa” e que “o sinal do banquete eucarístico se expressa com maior plenitude se a santa Comunhão é feita sob duas espécies, ainda que a doutrina católica ensine que sob uma espécie somente se recebe o Cristo inteiro”.

O fiel se aproxima e comunga em pé com devoção ou de joelhos, como estabelecido pela Conferência Episcopal, recebendo o Sacramento na boca ou, onde é permitido, na mão, como preferir.

O Santo Padre recorda que após a Comunhão, para custodiar no coração o dom recebido, “nos ajuda o silêncio,  a oração silenciosa. Prolongar um pouco aquele momento de silêncio, falando com Jesus no coração, nos ajuda tanto, como também cantar um Salmo ou um hino de louvor, que nos ajude a estar com o Senhor”.

A Oração após a Comunhão conclui a Liturgia Eucarística. “Nela, em nome de todos, o sacerdote dirige-se a Deus para agradecer a Ele por nos fazer seus convidados e pedir que o que foi recebido transforme a nossa vida”.

“A Eucaristia nos torna fortes para dar frutos de boas obras para viver como cristãos”.

Significativa – disse o Papa ao concluir – é a oração de hoje, em que pedimos ao Senhor que “a participação ao seu sacramento seja para nós remédio de salvação, nos cure do mal e nos confirme na sua amizade”.

“Aproximemo-nos da Eucaristia: receber Jesus nos transforma n’Ele, nos faz mais fortes. É tão bom e tão grande o Senhor!”

7 de abril de 2018 at 5:58 Deixe um comentário

Eucaristia

n/d

“A Eucaristia nos faz entrar no mistério pascal de Cristo, dando-nos a oportunidade de passar com Ele da morte à vida”. (Papa Francisco em  29 de mar de 2018)

29 de março de 2018 at 10:45 Deixe um comentário

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