Archive for fevereiro, 2024

Santo Augusto Chapdelaine, Mártir – 29 de Fevereiro

Sacerdote francês da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, Augusto partiu como missionário na China em 1852. Em Xilinxian, na província de Guangxi, conseguiu muitas conversões; porém, sua presença foi denunciada pelo mandarim, Hien, inimigo dos cristãos, que o mandou prender e decapitar.  

Fonte: Vaticano

28 de fevereiro de 2024 at 17:29 Deixe um comentário

Papa: inveja e vanglória, vícios de quem sonha ser o centro do mundo

Na Audiência Geral desta quarta-feira (28), Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre os vícios e as virtudes. O texto da reflexão dedicado à inveja e à vanglória foi proferido por mons. Ciampanelli, colaborador da Secretaria de Estado. Para combater esses vícios, os remédios são o amor gratuito e o reconhecimento de que Deus está presente em nossa própria fraqueza.

Thulio Fonseca – Vatican News

Após uma semana de pausa, devido ao retiro espiritual quaresmal dos membros da Cúria Romana, e ainda se recuperando de uma “leve gripe”, conforme comunicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, que levou o Pontífice a cancelar algumas atividades no sábado e na segunda-feira, Francisco esteve presente na Sala Paulo VI para a Audiência Geral desta quarta-feira, 28 de fevereiro.

Ao saudar os fiéis e peregrinos, o Papa afirmou: “Queridos irmãos e irmãs, ainda estou um pouco resfriado. Por isso, pedi ao mons. Ciampanelli para ler a catequese de hoje”, e em seguida, o colaborador da Secretaria de Estado proferiu o discurso que dá continuidade à reflexão sobre os vícios e as virtudes.

Francisco, no momento em que explica aos fiéis que confiou a leitura da catequese ao monsenhor Ciampanelli

Francisco, no momento em que explica aos fiéis que confiou a leitura da catequese ao monsenhor Ciampanelli

O rosto do invejoso é sempre triste

“Hoje examinaremos dois pecados capitais que encontramos nas grandes listas que a tradição espiritual nos deixou: a inveja e a vanglória”, introduz mons. Ciampanelli, dedicando a primeira parte da reflexão à inveja:

“Quando lemos a Sagrada Escritura, percebemos que este vício nos é apresentado como um dos mais antigos: o ódio de Caim por Abel é desencadeado quando ele percebe que os sacrifícios do seu irmão agradam a Deus. O rosto do invejoso é sempre triste: o seu olhar está abaixado, parece examinar continuamente o chão, mas na realidade não vê nada, porque a mente está envolvida por pensamentos cheios de malícia. A inveja, se não for controlada, leva ao ódio pelos outros. Abel será morto pelas mãos de Caim, que não podia suportar a felicidade do irmão.”

Deus tem uma “matemática” própria

O texto do Papa sublinha que “na raiz deste vício existe uma relação de ódio e amor: deseja-se mal ao outro, mas secretamente deseja-se ser como ele”.

A inveja nos faz criar uma falsa ideia de Deus, não se aceita que Deus tenha uma “matemática” própria, diferente da nossa:

“Gostaríamos de impor a Deus a nossa lógica egoísta, mas a lógica de Deus é o amor. Os bens que Ele nos dá são feitos para serem partilhados. É por isso que São Paulo exorta os cristãos: ‘Com amizade fraterna, sede afetuosos uns com os outros. Rivalizai uns com os outros na estima recíproca’ (Rm 12,10). Eis aqui o remédio para a inveja!”

Aula Paulo VI durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 28 de fevereiro

Aula Paulo VI durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 28 de fevereiro

A vanglória é uma autoestima inflada e infundada

A segunda parte da catequese de Francisco volta-se para a vanglória, e mons. Ciampanelli, na leitura do texto, recorda que este vício anda de mãos dadas com o demônio da inveja, sendo típico de quem aspira ser o centro do mundo, livre para explorar tudo e todos, objeto de todo louvor e todo amor:

“A pessoa vangloriosa não tem empatia e não percebe que existem outras pessoas no mundo além dela. As suas relações são sempre instrumentais, caracterizadas pela opressão dos outros. A sua pessoa, as suas façanhas, os seus sucessos devem ser mostrados a todos: é uma perpétua mendiga da atenção. E se, às vezes, suas qualidades não são reconhecidas, fica extremamente irritada. Os outros são injustos, não entendem, não estão à altura.”

Nas fraquezas, a força de Cristo

“Para curar os vangloriosos, os mestres espirituais não sugerem muitos remédios”, recorda o texto do Papa, “porque, em última análise, o mal da vaidade tem em si o seu remédio: os elogios que o vanglorioso esperava colher no mundo logo se voltarão contra ele. E quantas pessoas, iludidas por uma falsa imagem de si mesmas, caíram em pecados dos quais logo se envergonhariam!”

Na conclusão, mons. Ciampanelli ressalta na leitura da catequese, que a mais bela instrução para vencer a vanglória encontra-se no testemunho de São Paulo:

“O Apóstolo sempre teve de lidar com uma falha que nunca foi capaz de superar. Três vezes pediu ao Senhor que o libertasse daquele tormento, mas no final Jesus respondeu-lhe: ‘Basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que a força se consuma’. A partir daquele dia, Paulo foi libertado. E a sua conclusão deveria tornar-se também a nossa: ‘É, portanto, de bom grado que prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo’ (2Cor 12,9).”

Audiência Geral com o Papa Francisco

Audiência Geral com o Papa Francisco

28 de fevereiro de 2024 at 17:26 Deixe um comentário

Papa Francisco: “Os mártires são o sinal de que estamos no caminho certo”

Na mensagem de vídeo deste mês de março, Francisco recorda o testemunho e a dor de um homem muçulmano que ele conheceu ao visitar um campo de refugiados na ilha grega de Lesbos. A esposa dele era cristã e foi degolada por causa de sua fé.

Vatican News

Nas intenções de oração para o mês de março, o Papa Francisco convida a rezar pelos novos mártires, testemunhas de Cristo.

Na mensagem de vídeo, divulgada nesta terça-feira (27/02), o Pontífice conta “uma história que é um reflexo da Igreja de hoje. É a história de um testemunho de fé pouco conhecido”. Francisco recorda o testemunho e a dor de um homem muçulmano que ele conheceu ao visitar um campo de refugiados na ilha grega de Lesbos. A esposa dele era cristã. O homem disse ao Papa: “Os terroristas chegaram ao nosso país, olharam-nos e perguntaram qual era a nossa religião. Viram a minha mulher com o crucifixo e disseram-lhe para o atirar ao chão. Ela não o fez e foi degolada na minha frente”. “Histórico”, diz o Papa no vídeo.

Sei que ele não tinha rancor. Centrava-se no exemplo de amor da sua esposa, um amor a Cristo que a levou a aceitar e ser leal até à morte. Irmãos, irmãs, sempre haverá mártires entre nós. É o sinal de que estamos no caminho certo.

“Uma pessoa que sabe dizia-me que há mais mártires hoje do que no início do cristianismo”, acrescenta Francisco, sublinhando como é atual o tema dos cristãos perseguidos e que dão a vida pela sua fé.

A vida das pessoas que se entregam como testemunhas de Cristo são histórias reais. A mensagem de vídeo do mês de março, tem o apoio da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), uma organização caritativa católica internacional e fundação pontifícia cuja missão é ajudar os fiéis, onde quer que estejam sendo perseguidos, oprimidos ou em situação da carência, através da informação, oração e ação.

Apenas em 2023, chegaram à Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denúncias em 40 países de pessoas assassinadas ou sequestradas por causa da sua fé. A Nigéria tornou-se o país com o maior número de assassinatos; no Paquistão, na Diocese de Faisalabad, as igrejas e as casas dos cristãos de Jaranwala foram atacadas; e em Burkina Faso, os católicos de Débé foram expulsos de sua aldeia apenas por causa da sua fé. Isto para mencionar alguns exemplos.

A coragem dos mártires, o testemunho dos mártires, é uma bênção para todos. Rezemos para que aqueles que em várias partes do mundo arriscam a vida pelo Evangelho contagiem a Igreja com a sua coragem e o seu impulso missionário. E abertos à graça do martírio.

Neste contexto, a presidente executiva da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, Regina Lynch, afirma: “A liberdade religiosa, reconhecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos, é um direito inalienável e nenhum cristão deve perder a vida por a exercer. É fundamental garantir o direito de praticar a sua fé como parte da dignidade de todos os seres humanos”. Nesse sentido, ela diz que a intenção de Francisco neste mês é “muito importante para encorajar a oração pelas vítimas de perseguição, bem como para defender aqueles que sofrem discriminação por causa da sua fé. Para além disso, temos de envolver os políticos na defesa dos direitos dos mais vulneráveis”.

27 de fevereiro de 2024 at 16:38 Deixe um comentário

Terço de Nossa Senhora das Dores

Iniciar, rezando:

Creio

Pai Nosso

Três Ave-Marias

Glória ao Pai

Rezar as 5 dezenas assim:

No lugar do Pai Nosso:

Nossa Senhora das Dores, vós que sofrestes as dores da Paixão e Morte do Vosso  Filho Jesus, rogai por nossas dores e lágrimas. Amém.

Rezar no lugar das 10 Ave-Marias:

Nossa Senhora das Dores, socorrei-nos! 

Rezar o Glória ao Pai.

E a jaculatória:  Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

No final do Terço, rezar a Salve Rainha.

27 de fevereiro de 2024 at 16:36 Deixe um comentário

Oração para fazer a Comunhão Espiritual

Ó meu Jesus, prostro-me aos vossos pés e ofereço-vos o arrependimento do meu coração contrito que mergulha no vosso coração e na vossa santa presença. Adoro-vos no Sacramento do vosso amor, a inefável Eucaristia. Desejo receber-vos na pobre morada que o meu coração vos oferece. À espera da felicidade da Comunhão sacramental, quero possuir-vos em espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, e que eu venha a Vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, na vida e na morte. Creio em Vós, espero em Vós, amo-vos.

Do Papa Francisco

27 de fevereiro de 2024 at 0:41 Deixe um comentário

Francisco continua com leve gripe e audiências desta segunda-feira são canceladas

Como aconteceu no último sábado (24), também nesta segunda-feira (26) foi adotada a precaução de cancelar os compromissos da agenda do Papa, que não apresenta febre.

Vatican News

“Sintomas leves de gripe” não acompanhados de febre. A Sala de Imprensa da Santa Sé informou na manhã desta segunda-feira (26) a decisão do Papa de suspender “por precaução” as audiências programadas na agenda do dia, como já havia acontecido no último sábado (24), quando uma nota semelhante informava sobre o “leve estado gripal” que acometeu Francisco.

A oração do Angelus deste domingo (25)

Um quadro de saúde que, neste domingo (25), no entanto, permitiu que o Papa aparecesse ao meio-dia da janela do seu escritório com vista para a Praça de São Pedro para presidir a oração mariana do Angelus. Francisco também seguiu com os tradicionais apelos, exortando, em particular, a paz na Ucrânia há dois anos do início da guerra, mas também o retorno do diálogo na Nigéria e na República Democrática do Congo, palco de sequestros e violência

27 de fevereiro de 2024 at 0:38 Deixe um comentário

Frases sobre Fé e Confiança em Deus

1-Santa Teresa de Calcutá: “A fé para ser verdadeira deve ser junto do amor”.

2-São Tomás de Aquino: “Para aqueles que têm fé, nenhuma explicação é necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível”.

3-Papa Francisco: “A fé verdadeira é um fogo, um fogo aceso para nos manter despertos e laboriosos mesmo durante a noite!”

4-São Marcelino Champagnat: “Quanto maiores os obstáculos, mais devemos confiar em Deus, porque mais temos direito ao seu auxílio”.

5-Papa Francisco: “Na transmissão da fé nunca estou sozinho. É o Senhor presente em mim que transmite a fé. Ele prometeu: «Estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo» (cf. Mt 28, 20)”.

25 de fevereiro de 2024 at 13:28 Deixe um comentário

Papa no Angelus: Abramo-nos à luz de Jesus

Durante o Angelus deste domingo (25/02), Francisco incentiva-nos a manter sempre os nossos olhos fixos no rosto luminoso de Jesus: “Ele é amor e vida sem fim. Ao longo das trilhas da existência, às vezes tortuosas, busquemos sua face, repleta de misericórdia, de fidelidade e de esperança”, destaca o Pontífice.

Thulio Fonseca – Vatican News

Mesmo se recuperando de uma “leve gripe”, conforme comunicado ontem (24/02) pela Sala de Imprensa do Vaticano, o Papa compareceu ao seu compromisso dominical: a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Em sua reflexão, Francisco meditou sobre o Evangelho deste segundo domingo da Quaresma (25/02), que narra o episódio da Transfiguração de Jesus (cf. Mc 9,2-10).

O Santo Padre recordou que “depois de anunciar sua Paixão aos discípulos, Jesus leva consigo Pedro, Tiago e João, sobe um alto monte e ali se manifesta fisicamente com toda a sua luz, revelando a eles o sentido do que tinham vivido juntos até aquele momento”.

A pregação do Reino, o perdão dos pecados, as curas e os sinais realizados eram, de fato, centelhas de uma luz ainda maior: “a luz de Jesus, a luz que é Jesus”, enfatizou o Papa.

Jamais desviar os olhos da luz de Jesus

Segundo Francisco, é isso que os cristãos são chamados a fazer no caminho da vida: “ter sempre diante dos olhos o rosto luminoso de Cristo”. 

“Abramo-nos à luz de Jesus! Ele é amor e vida sem fim. Ao longo das trilhas da existência, às vezes tortuosas, busquemos sua face, repleta de misericórdia, de fidelidade e de esperança.”

Praça São Pedro repleta de fiéis e peregrinos neste domingo, 25 de fevereiro

Praça São Pedro repleta de fiéis e peregrinos neste domingo, 25 de fevereiro

Cultivar um olhar atento

O Pontífice destacou que a oração, a escuta da Palavra, os Sacramentos, especialmente a Confissão e a Eucaristia, são importantes auxílios para seguir este percurso, e completou: 

“Eis um bom propósito para a Quaresma: cultivar olhares atentos, tornar-se ‘exploradores de luz’, exploradores da luz de Jesus na oração e nas pessoas.”

Maria, resplandecente da luz de Deus

Por fim, o convite do Papa a uma reflexão interior: 

“Em meu caminho, mantenho os olhos fixos em Cristo que me acompanha? E para fazê-lo, dou espaço ao silêncio, à oração, à adoração? Por fim, busco cada pequeno raio da luz de Jesus, que se reflete em mim e em cada irmão e irmã que encontro? E me lembro de agradecê-lo por isso?” 

“Maria, resplandecente da luz de Deus, nos ajude a manter o olhar fixo em Jesus e a nos olharmos mutuamente com confiança e amor”, conclui Francisco.

25 de fevereiro de 2024 at 13:19 Deixe um comentário

Palavra do Dia

Domingo, 2º Domingo da Quaresma

LEITURA DO DIA

Leitura do Livro do Gênesis 

22,1-2.9a.10-13.15-18

Naqueles dias,

Deus pôs Abraão à prova.
Chamando-o, disse: “Abraão!”
E ele respondeu: “Aqui estou”.

E Deus disse:
“Toma teu filho único, Isaac,
a quem tanto amas,
dirige-te à terra de Moriá,
e oferece-o aí em holocausto
sobre um monte que eu te indicar”.

Chegados ao lugar indicado por Deus,
Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima,
amarrou o filho e o pôs sobre a lenha
em cima do altar.

Depois, estendeu a mão,
empunhando a faca para sacrificar o filho.

E eis que o anjo do Senhor gritou do céu,
dizendo: “Abraão! Abraão!”
Ele respondeu: “Aqui estou!”

E o anjo lhe disse:
“Não estendas a mão contra teu filho
e não lhe faças nenhum mal!
Agora sei que temes a Deus,
pois não me recusaste teu filho único”.

Abraão, erguendo os olhos,
viu um carneiro
preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo
e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho.

O anjo do Senhor chamou Abraão,
pela segunda vez, do céu,

e lhe disse:
“Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —,
uma vez que agiste deste modo
e não me recusaste teu filho único,

eu te abençoarei
e tornarei tão numerosa tua descendência
como as estrelas do céu
e como as areias da praia do mar.
Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos.

Por tua descendência serão abençoadas
todas as nações da terra,
porque me obedeceste”.

Segunda Leitura 

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 

8,31b-34

Irmãos:

Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Deus que não poupou seu próprio filho,
mas o entregou por todos nós,
como não nos daria tudo junto com ele?

Quem acusará os escolhidos de Deus?

Deus, que os declara justos?

Quem condenará?
Jesus Cristo, que morreu,
mais ainda, que ressuscitou,
e está, à direita de Deus, intercedendo por nós?

EVANGELHO DO DIA

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 

9,2-10

Naquele tempo,

Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João,
e os levou sozinhos a um lugar à parte
sobre uma alta montanha.
E transfigurou-se diante deles.

Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas
como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar.

Apareceram-lhe Elias e Moisés,

e estavam conversando com Jesus.

Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus:
“Mestre, é bom ficarmos aqui.
Vamos fazer três tendas:
uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”.

Pedro não sabia o que dizer,
pois estavam todos com muito medo.

Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra.
E da nuvem saiu uma voz:
“Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!”

E, de repente, olhando em volta,
não viram mais ninguém,
a não ser somente Jesus com eles.

Ao descerem da montanha,
Jesus ordenou que não contassem a ninguém
o que tinham visto,
até que o Filho do Homem
tivesse ressuscitado dos mortos.

Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si
o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

PALAVRAS DO SANTO PADRE

Jesus sobe com os três discípulos e param no cimo do monte. Ali, Ele transfigura-se diante deles. O seu rosto radiante e as suas vestes resplandecentes, que antecipam a imagem do Ressuscitado, oferecem àqueles homens assustados a luz, a luz da esperança, a luz para atravessar as trevas: a morte não será o fim de tudo, porque se abrirá para a glória da Ressurreição. Assim, Jesus anuncia a sua morte, leva-os ao monte e mostra-lhes o que acontecerá depois, a Ressurreição. Como exclamou o apóstolo Pedro (cf. v. 5), é bom estar com o Senhor no monte, viver a “antecipação” da luz no centro da Quaresma. É um convite a recordar-nos, especialmente quando passamos por uma provação difícil – e muitos de vós sabeis o que significa passar por uma provação difícil – que o Senhor ressuscitou e não permite que as trevas tenham a última palavra. […] Mas tenhamos cuidado: o sentimento de Pedro, de que «é bom para nós estar aqui», não deve tornar-se preguiça espiritual. […] Somos chamados a experimentar o encontro com Cristo para que, iluminados pela sua luz, possamos propagá-la e fazê-la resplandecer em toda a parte. Acender pequenas luzes no coração das pessoas; ser pequenas lâmpadas do Evangelho que transmitem um pouco de amor e esperança: esta é a missão do cristão! (Angelus, 28 de fevereiro de 2021)

Fonte: Vaticano

24 de fevereiro de 2024 at 21:09 Deixe um comentário

Reflexão para o II Domingo da Quaresma

O sacrifício que agrada ao Senhor é uma atitude de despojamento e de desacomodação, de entrega total à Sua Palavra e de confiança absoluta nele.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

Geralmente, apesar de nossa fé no Deus de Amor revelado por Jesus, temos atitudes pagãs em que julgamos o Todo Poderoso nos solicitar sacrifícios desumanos. Assim pensamos que para Deus é agradável penitências dolorosas, difíceis e até para falar com Ele são necessários procedimentos artificiais e fora de nossa realidade.

Tudo isso mostra que raízes pagãs ancestrais estão arraigadas em nossa cultura como estava na de Abraão, marcada por forte politeísmo cujo culto se expressava com inúmeros sacrifícios às divindades.

Abraão que aos poucos conhece o Deus único e verdadeiro, que se lhe apresenta, tem sua fé colocada à prova com o sacrifício de seu filho Isaque. Tendo Abraão provado sua fé, Deus poupa-lhe o sacrifício revelando sua bondade e generosidade. O que passa pela cabeça de Abraão, passa também pela nossa.

Julgamos que Deus se satisfaz com aquilo que é mais doloroso e difícil. Que Deus é esse? Certamente não é o que se revelou a Abraão e muito menos o revelado por Jesus Cristo no Evangelho.

O que Abraão desejava e agradou a Deus foi sua atitude de desacomodação em deixar sua casa paterna, sua pátria e ir para o desconhecido, apenas confiando na Palavra do Senhor. A atitude de matar seu filho, evidentemente não agradou ao Poderoso, mas mostrou que também abria mão de seu futuro e só esperava em Deus.

O sacrifício que agrada ao Senhor é uma atitude de despojamento e de desacomodação, de entrega total à Sua Palavra e de confiança absoluta nele.

No Evangelho temos o relato da Transfiguração do Senhor. Vamos observar a atitude de Pedro. Ele priva, juntamente com João e seu irmão Tiago, de uma amizade especial com o Senhor e lhe é revelado, de modo enfático, a paixão que Jesus sofrerá. Enquanto Jesus busca prepará-los para o momento decisivo de sua luta contra o mal, Pedro fica fascinado pelo momento que vive, diríamos hoje, deslumbrado, e propõe a estabilidade, a acomodação através da construção de tendas, no desejo de perenizar o passageiro.

O Pai lhe chama a atenção dizendo para ouvir o que O Filho amado tem a dizer. Nesse momento acaba a teofania e apenas Jesus permanece com eles. O único necessário em nossa vida é ouvir Jesus, a Palavra do Pai. A renúncia que agrada a Deus, a abnegação desejada, a penitência autêntica é colocar tudo em segundo plano e apenas Jesus Cristo como o absoluto de nossa vida.

Tudo o que a vida me oferece, seja no plano material, seja no espiritual, tudo deverá ser relativizado: família, saúde, religião, carreira, honra, tudo. Todos esses valores deverão ser vivenciados à medida que me aproximam de Deus.

A santidade do relacionamento entre esposos, pais, filhos, irmãos e irmãs, não está nele mesmo, mas enquanto são relacionamentos que me levam a Deus, me levam a amar. Sendo assim eles se tornam sagrados. 

Queridos amigos ouvintes, as cruzes que encontramos na vida conjugal, familiar, profissional, na comunidade eclesial, e em tantos outros lugares, foram anunciadas na transfiguração de Jesus e fazem parte dessa vida de entrega, de renúncia, de abnegação, de penitência, de amor.

E neste tempo de penitência não nos esqueçamos o jejum que sobremaneira é agradável a Deus: “soltar as algemas injustas, soltar as amarras de jugo, dar liberdade aos oprimidos e acabar com qualquer escravidão”.

Sigamos o Mestre e, como ele, sejamos generosos em amar.

24 de fevereiro de 2024 at 21:07 Deixe um comentário

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