Archive for agosto, 2015

As cores da criação – Banda Adventus

31 de agosto de 2015 at 6:54 Deixe um comentário

Vigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum – São marcos 7, 31-37 – Fez ouvir os surdos e falar os mudos! – Dia 06 de Setembro de 2015


31. Ele deixou de novo as fronteiras de Tiro e foi por Sidônia ao mar da Galiléia, no meio do território da Decápole.
32. Ora, apresentaram-lhe um surdo-mudo, rogando-lhe que lhe impusesse a mão.
33. Jesus tomou-o à parte dentre o povo, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva.
34. E levantou os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: Éfeta!, que quer dizer abre-te!
35. No mesmo instante os ouvidos se lhe abriram, a prisão da língua se lhe desfez e ele falava perfeitamente.
36. Proibiu-lhes que o dissessem a alguém. Mas quanto mais lhes proibia, tanto mais o publicavam.
37. E tanto mais se admiravam, dizendo: Ele fez bem todas as coisas. Fez ouvir os surdos e falar os mudos!

“Somos convidados a bendizer o Senhor, que torna nossos olhos e ouvidos atentos à realidade do mundo e dá força à nossa voz para que anunciemos seu reino a todos. O encontro com Ele e com os irmãos na liturgia nos ensina sobre a fidelidade de Deus e sua preferência pelos pobres e oprimidos. Nossa prece carinhosa pela nossa pátria, que amanhã comemora sua independência”. (Liturgia Diária)

Ele deixou de novo as fronteiras de Tiro e foi por Sidônia ao mar da Galiléia, no meio do território da Decápole. Ora, apresentaram-lhe um surdo-mudo, rogando-lhe que lhe impusesse a mão. Jesus tomou-o à parte dentre o povo, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva. E levantou os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: Éfeta!, que quer dizer abre-te! No mesmo instante os ouvidos se lhe abriram, a prisão da língua se lhe desfez e ele falava perfeitamente.
O Padre Bantu Mendonça disse: “Jesus cura o surdo-mudo tocando-o. Coloca-lhe os dedos nos ouvidos, e com a saliva lhe toca a língua. A saliva sempre teve, no mundo antigo, caráter terapêutico. Por outro lado, também o contato de Jesus com o surdo-mudo é importante. Ao tocá-lo, é o próprio Deus que se ocupa de quem não podia ouvir nem falar, ou seja, Ele está reintegrando em sua dignidade e identidade alguém que fora privado da vida”.
A Palavra diz: “Dizei àqueles que têm o coração perturbado: Tomai ânimo, não temais! Eis o vosso Deus! Ele vem executar a vingança. Eis que chega a retribuição de Deus: ele mesmo vem salvar-vos. Então se abrirão os olhos do cego. E se desimpedirão os ouvidos dos surdos; então o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo dará gritos alegres. Porque águas jorrarão no deserto e torrentes, na estepe. A terra queimada se converterá num lago, e a região da sede, em fontes. No covil dos chacais crescerão caniços e papiros”. (Is 35,4-7)
O Papa Emérito Bento XVI ensinou que na cura do surdo-mudo “imediatamente o homem começou a ouvir e a falar corretamente (Mc 7, 35). Eis portanto o significado histórico, literal desta palavra: aquele surdo-mudo, graças à intervenção de Jesus, «abriu-se»; antes estava fechado, isolado, para ele era muito difícil comunicar; a cura para ele foi uma «abertura» aos outros e ao mundo, uma abertura que, partindo dos órgãos da audição e da palavra, envolveu toda a sua pessoa e a sua vida: finalmente podia comunicar e por conseguinte relacionar-se de modo novo”.
Proibiu-lhes que o dissessem a alguém. Mas quanto mais lhes proibia, tanto mais o publicavam. E tanto mais se admiravam, dizendo: Ele fez bem todas as coisas. Fez ouvir os surdos e falar os mudos!
O Papa Emérito Bento XVI disse que “Jesus recomenda que nada se diga acerca do milagre. Todavia, quanto mais o recomendava, “tanto mais eles o apregoavam” (Mc 7, 36). E o comentário admirado de muitas pessoas que tinham assistido reitera a pregaçao de Isaias para o advento do Messias: “Faz ouvir os surdos e falar os mudos” (Mc 7, 37)”.

Ele fez bem todas as coisas
São Lourenço de Brindisi explicou: “O Evangelho conta a obra da Redenção e da nova Criação e diz também: «Faz tudo bem feito» (Mc 7,37). […] Seguramente que o fogo, pela sua natureza, não pode irradiar outra coisa que não seja calor, não pode produzir frio. O sol só difunde luz e não pode ser causador de trevas. Da mesma forma, Deus só pode realizar boas obras, visto que é a bondade infinita e a própria luz. É um sol que espalha uma luz infinita, um fogo que dá um calor infinito: «faz tudo bem feito”.
A Palavra diz: “Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o sexto dia”. (Gn 1,31)

Setembro: Mês da Bíblia
“Iniciamos setembro, conhecido entre nós como mês da Bíblia. Neste ano nos é proposto como livro-base para esse mês o Evangelho de João, com o lema: “Permanecei no meu amor para dar muitos frutos”. Deus, por sua Palavra, revela-se, comunica-se, vive em nós e conosco”. (Liturgia Diária)
Dom Orani João Tempesta disse que “em setembro, a Igreja Católica celebra o mês da Bíblia. Esse mês temático foi criado em 1971 e ele foi escolhido porque no último domingo celebramos o Dia Nacional da Bíblia, devido à proximidade da festa de São Jerônimo, patrono dos estudos Bíblicos, no dia 30. A cada ano um livro bíblico é aprofundado em nossas comunidades, seja pelas reuniões de grupos, seja pelas publicações, ou ainda pelas celebrações”.

Conclusão
Com as palavras do Padre Bantu Mendonça: “A multidão proclama que Jesus “tem feito bem todas as coisas: aos surdos fez ouvir e aos mudos falar” . Essa proclamação recorda duas coisas. Em primeiro lugar, relembra o projeto de Deus na criação. Depois de ter criado todas as coisas, Deus gostou do que fez, e viu que estava tudo muito bem feito (Gn 1,31). Em segundo lugar, evoca Isaías 35,4. Tudo isso é atribuído a Jesus. Ele vem de Deus e traz a salvação. Portanto, quem é Jesus? É Aquele que cria o mundo novo. É Aquele que, vindo de Deus, devolve vida e liberdade aos oprimidos e mutilados pela sociedade”.

Oração
Senhor, abre os nossos ouvidos, para que escutemos a Tua Palavra, Palavra esta que nos cura, nos liberta e nos salva.
Senhor, dá-nos força para resistir aos diversos barulhos mundanos que nos fazem vacilar na fé.
Senhor, liberta-nos da falta de coragem que temos em proclamar as maravilhas que realizaste em nossas vidas.
Cura-nos, Senhor Jesus! Amém.
Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo

31 de agosto de 2015 at 6:39 Deixe um comentário

Papa no Angelus: é escândalo quem se diz muito católico e não vive a fé

2015-08-30 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã deste domingo (30) durante o Angelus, com a Praça São Pedro tomada de fiéis e peregrinos de diversas partes do mundo, Papa Francisco comentou sobre o Evangelho do dia que apresenta uma disputa entre Jesus e alguns fariseus e escribas, sobre o valor da ‘tradição dos antigos’.

Francisco convida a fazer distinções entre os “preceitos dos homens” que não são “os mandamentos de Deus”.

“As antigas prescrições compreendiam não somente os preceitos de Deus revelados a Moisés, mas uma série de regras que especificavam as indicações da lei mosaica. Os interlocutores aplicavam tais normas em modo muito escrupuloso e apresentavam elas como expressões de autêntica religiosidade. Portanto, repreendiam Jesus e os seus discípulos pela transgressão delas, em particular, daquelas em relação à purificação exterior do corpo. A resposta de Jesus tem a força de um pronunciamento profético: ‘Ignorando o mandamento de Deus, observam a tradição dos homens’.”

Jesus ensina para nós, hoje, sobre o perigo de nos considerarmos “melhores dos outros pelo simples fato de observar as regras, as tradições”.

“A observação literal dos preceitos é alguma coisa de estéril se não muda o coração e não se traduz em comportamentos concretos: abrir-se ao encontro com Deus e à sua Palavra, procurar a justiça e a paz, socorrer os pobres, os fracos, os oprimidos.”

Improvisando durante seu pronunciamento do Angelus, da janela do seu escritório, Papa Francisco colocou em causa a vida nas comunidades eclesiais e afirma:

“Todos sabemos, nas nossas comunidades, nas nossas paróquias, nos nossos bairros, quanto mal fazem à Igreja e fazem escândalo aquelas pessoas que se dizem ‘muito católicas’ e vão frequentemente na igreja mas, depois, na sua vida quotidiana, descuidam da família, falam mal dos outros e assim por diante. Isso é aquilo que Jesus condena”, porque é um testemunho contra a vida cristã.

“Prosseguindo na sua exortação”, afirmou ainda o Papa, “Jesus foca a atenção sobre um aspecto mais profundo e afirma: ‘Não existe nada fora do homem que, entrando nele, possa torná-lo impuro. Mas são as coisas que saem do homem que o tornam impuro’”. E o Santo Padre não tem dúvidas:

“Não são as coisas exteriores que nos fazem santos ou não santos, mas é o coração que expressa as nossas intenções, as nossas escolhas e o desejo de fazer tudo pelo amor de Deus. As atitudes exteriores são a consequência daquilo que decidimos no coração, mas não o contrário. Com as atitudes exteriores, se o coração não muda, não somos verdadeiros cristãos. Portanto, é o coração que deve ser purificado e se converter. Sem um coração purificado, não se pode ter mãos realmente limpas e lábios que pronunciem palavras sinceras de amor.”

E, então, fez um oração à Maria:

“Peçamos ao Senhor, por intercessão da Virgem Maria, para nos dar um coração puro, livre de toda hipocrisia. Esse é o adjetivo que Jesus disse aos fariseus: ‘hipócritas’, porque dizem uma coisa e fazem outra. Livre de toda hipocrisia, assim, que sejamos capazes de viver segundo o espírito da lei e alcançar o seu fim, que é o amor.” (AC)

Confira agora, na íntegra, as palavras de Papa Francisco no Angelus:

Queridos irmãos e irmãs,

o Evangelho deste domingo apresenta uma disputa entre Jesus e alguns dos fariseus e escribas. A discussão é referente ao valor da “tradição dos antigos” que Jesus, referindo-se ao profeta Isaías, define “preceitos de homens” e que nunca deve ficar no lugar do “mandamento de Deus”. As antigas prescrições compreendiam não somente os preceitos de Deus revelados a Moisés, mas uma série de regras que especificavam as indicações da lei mosaica. Os interlocutores aplicavam tais normas em modo muito escrupuloso e apresentavam elas como expressões de autêntica religiosidade. Portanto, repreendem Jesus e os seus discípulos pela transgressão delas, em particular, daquelas em relação à purificação exterior do corpo. A resposta de Jesus tem a força de um pronunciamento profético: “Ignorando o mandamento de Deus, observam a tradição dos homens”. São palavras que nos enchem de admiração pelo nosso Mestre: sentimos que nEle tem a verdade e que a sua sabedoria  nos libera dos preconceitos.

Mas, atenção! Com essas palavras, Jesus também quer colocar em alerta nós, hoje, que ao manter a observação exterior da lei seja suficiente para sermos bons cristãos. Como naquela época para os fariseus, existe também para nós o perigo de nos considerarmos tranquilos ou melhores dos outros pelo simples fato de observar as regras, as tradições, mesmo se não amamos o próximo, somos duros de coração e orgulhosos. A observação literal dos preceitos é alguma coisa de estéril se não muda o coração e não se traduz em comportamentos concretos: abrir-se ao encontro com Deus e à sua Palavra, procurar a justiça e a paz, socorrer os pobres, os fracos, os oprimidos. Todos sabemos, nas nossas comunidades, nas nossas paróquias, nos nossos bairros, quanto mal fazem à Igreja e fazem escândalo aquelas pessoas que se dizem ‘muito católicas’ e vão frequentemente na igreja mas, depois, na sua vida quotidiana, descuidam da família, falam mal dos outros e assim por diante. Isso é aquilo que Jesus condena, porque é um testemunho contra a vida cristã.

Prosseguindo na sua exortação, Jesus foca a atenção sobre um aspecto mais profundo e afirma: “Não existe nada fora do homem que, entrando nele, possa torná-lo impuro. Mas são as coisas que saem do homem que o tornam impuro”. DesSe modo, enaltece o primado da interioridade, do coração: não são as coisas exteriores que nos fazem santos ou não santos, mas é o coração que expressa as nossas intenções, as nossas escolhas e o desejo de fazer tudo por amor.  As atitudes exteriores são a consequência daquilo que decidimos no coração. A fronteira entre o bem e o mal não passa fora de nós, mas sim, dentro de nós. E podemos nos questionar onde está o meu coração? Jesus dizia: ‘O teu tesouro é onde está o coração’. Qual é o meu tesouro? É Jesus, a sua doutrina? É o coração bom ou o tesouro é uma outra coisa. Portanto, é o coração que deve ser purificado e se converter. Sem um coração purificado, não se pode ter mãos realmente limpas e lábios que pronunciem palavras sinceras de amor: tudo é duplo, não? Aquela dupla vida; palavras que pronunciam misericórdia, perdão. Somente isso pode fazer o coração sincero e purificado..

Peçamos ao Senhor, por intercessão da Virgem Maria, para nos dar um coração puro, livre de toda hipocrisia para que, assim, sejamos capazes de viver segundo o espírito da lei e alcançar o seu fim, que é o amor.

31 de agosto de 2015 at 6:36 Deixe um comentário

Papa Francisco no Angelus de 30 de agosto de 2015 – para os irmãos de língua italiana

30 de agosto de 2015 at 8:22 Deixe um comentário

Liturgia das Horas

  1. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
    R. Socorrei-me sem demora.
    Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
    Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

O Verbo eterno do Pai,
da luz do Pai emanado,
nascendo eleva a história,
caída pelo pecado.

Nos corações, vosso amor
queime, qual fogo candente.
Ao escutar vosso anúncio,
fuja a mentira da mente.

As profundezas dos seres,
Juiz, vireis penetrar
e, castigando o culpado,
o Reino ao justo entregar.

Enfim, libertos das culpas,
fruto de nossas malícias,
no céu possamos gozar
vossas eternas delícias.

Ó Cristo, Rei piedoso,
a vós e ao Pai toda a glória,
com o Espírito Santo,
eterna honra e vitória.

Salmodia

Ant. 1 Eis que o Rei glorioso virá,

com poder vem salvar as nações. Aleluia.


30 de agosto de 2015 at 7:07 1 comentário

Reflexão dominical: “Sejamos filhos da Luz”!

2015-08-29 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – A primeira leitura, tirada do Deuteronômio, nos diz que a maneira de divulgar a fé em Deus, em uma terra pagã, é viver fielmente seus mandamentos. As pessoas que não conhecem Deus, mas observam nossas atitudes e os atos daqueles se dizem cristãos, irão acreditar ou não, dependendo da justiça e da bondade de nossas ações. Deus, com sua bondade e sabedoria, está presente em nosso agir, através do modo de como encaramos a vida.

Vejamos nisso, nossa responsabilidade perante nossos colegas de trabalho, conhecidos de clube, vizinhos do condomínio onde vivemos. Se eles não possuem fé, não conhecem Deus e, pelo contrário, apregoamos que somos cristãos, nossa responsabilidade é imensa e nossa vida deverá ser um eterno apostolado, não por palavras, mas por postura de vida.

No Evangelho, Jesus é questionado sobre a pureza dos atos, isto é, quando um ato é puro ou impuro. O Senhor diz que a pureza dos atos vem de dentro do homem e não de fora como pregavam os judeus.

Para Ele, a pureza ou impureza é fruto de uma opção de vida. Se faço uma opção, se meu coração opta por fazer o bem, estou puro. Isso foi o que o Senhor quis dizer ao falar que “é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho e falta de juízo”. E Ele conclui “Todas essas coisas más saem de dentro e são elas que tornam impuro o homem.”

Mesmo se, veladamente, vivencio esses maus desejos, corro perigo, pois estou a um passo da concretização. É, realmente, uma questão de opção.

E, ao contrário, se minha vida fosse uma opção pelo bem, pelo desprendimento, pelo perdão e pela generosidade, como seria pura e límpida a minha luz! Como ela brilharia e seria claridade para tantas pessoas; como eu seria reflexo da Luz!

Queridos irmãos, sejamos filhos da Luz, filhos da Verdade, filhos do Amor!

As pessoas que estão ao nosso lado, e no nosso mundo são carentes desses valores. Nós os conhecemos porque conhecemos Deus. Ele se revelou a nós em Jesus Cristo. Vamos praticar a opção pelo bem, feita no Batismo, para que as pessoas que nos cercam, sejam felizes e o mundo, inundado de Amor. (Padre César Augusto dos Santos)

30 de agosto de 2015 at 6:42 Deixe um comentário

Audiência do Papa Francisco na quarta-feira, em 26 de agosto de 2015

29 de agosto de 2015 at 11:33 Deixe um comentário

Martírio de São João Batista – 29 de Agosto

Das Homilias de São Beda Venerável, presbítero

(Hom. 23:CCL122,354.356-357)                (Séc.VIII)

Precursor de Cristo no nascimento e na morte

O santo precursor do nascimento, da pregação e da morte do Senhor mostrou o vigor de seu combate, digno dos olhos divinos, como diz a Escritura: E se diante dos homens sofreu tormentos, sua esperança está repleta de imortalidade (cf. Sb 3,4). Temos razão de celebrar a festa do dia do nascimento daquele que o tornou solene para nós por sua morte, e o ornou com o róseo fulgor de seu sangue. É justo venerarmos com alegria espiritual a memória de quem selou com o martírio o testemunho que deu em favor do Senhor.

Não há que duvidar, se São João suportou o cárcere e as cadeias, foi por nosso Redentor, de quem dera testemunho como precursor. Também por ele deu a vida. O perseguidor não lhe disse que negasse a Cristo, mas que calasse a verdade. No entanto morreu por Cristo.

Porque Cristo mesmo disse: Eu sou a verdade (Jo 14,6); por conseguinte, morreu por Cristo, já que derramou o sangue pela verdade. Antes, quando nasceu, pregou e batizou, dava testemunho de quem iria nascer, pregar, ser batizado. Também apontou para aquele que iria sofrer, sofrendo primeiro.

Um homem de tanto valor terminou a vida terrena pela efusão do sangue, depois do longo sofrimento da prisão. Aquele que proclamava o Evangelho da liberdade da paz celeste, foi lançado por ímpios às cadeias; foi fechado na escuridão do cárcere quem veio dar testemunho da luz e por esta mesma luz, que é Cristo, tinha merecido ser chamado de lâmpada ardente e luminosa. Foi batizado no próprio sangue aquele a quem tinha sido dado batizar o Redentor do mundo, ouvir sobre ele a voz do Pai, ver descer a graça do Espírito Santo. Contudo, para quem tinha conhecimento de que seria recompensado pelas alegrias perpétuas não era insuportável sofrer tais tormentos pela verdade, mas, pelo contrário, fácil e desejável.

Considerava desejável aceitar a morte, impossível de evitar por força da natureza, junto com a palma da vida perene, por ter confessado o nome de Cristo. Assim disse bem o Apóstolo: Porque vos foi dado por Cristo não apenas crer nele, mas ainda sofrer por ele (Fl 1,29). Diz ser dom de Cristo que os eleitos sofram por ele, conforme diz também: Os sofrimentos desta vida não se comparam à futura glória que se revelará em nós (Rm 8,18).

Fonte: Liturgia das Horas

29 de agosto de 2015 at 6:57 Deixe um comentário

Bem-aventurada Joana Maria da Cruz – 29 de Agosto

Joana Maria da Cruz
Bem-aventurada
1792-1879Fundou a Congregação das Irmãzinhas dos Pobres

Fonte: Site das Paulinas

Joana nasceu numa aldeia de Cancale, França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha 4 anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Sustentava a família enquanto ajudava os idosos abandonados e os pobres. Joana era sensível à miséria dos idosos que encontrava nas ruas, dividindo com eles seu salário, o pão e o tempo de que dispunha.

Aos 18 anos de idade, recusou uma proposta matrimonial de um jovem marinheiro, sinalizando: “Deus me quer para ele”. Aos 25 anos, deixou sua cidade para ser enfermeira no hospital Santo Estêvão. Nesse meio tempo, ingressou na Ordem Terceira fundada por são João Eudes.

Deixou o hospital em 1823 e foi residir e acompanhar a senhorita Lecoq, mais como amiga do que enfermeira, com quem ficou por 12 anos. Com a morte da senhorita Lecoq, herdou suas poucas economias e a mobília. Assim, sozinha, associou-se à amiga Francisca Aubert e alugaram um apartamento, em 1839. Lá acolheu a primeira idosa, pobre, doente, sozinha, cega e paralítica. Depois dessa, seguiram-se muitas mais. Outras companheiras de Joana uniram-se a ela na missão e surgiu o primeiro grupo, formando uma associação para os pobres, sob a condução do vigário do hospital Santo Estêvão.

Em 1841, deixam o apartamento e alugam uma pequena casa que lhes permite acolher 12 idosos doentes e abandonados. Sozinha, Joana inicia sua campanha junto à população para recolher auxílios, tarefa que cumprirá até a morte. Mas logo sensibiliza uma rica comerciante, e com essa ajuda consegue comprar um antigo convento. Ele se tornou a Casa-mãe da nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, sob a assistência da Ordem Hospedeira de São João de Deus, hábito que depois recebeu, tomando o nome de Joana Maria da Cruz. Adotando o voto de hospitalidade, imprimiu seu próprio carisma: “A doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades”.

Assim foi o humilde começo da Congregação, que rapidamente se estendeu por vários países da Europa. Quando Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, na Casa-mãe de Pern, as irmãzinhas eram quase 2500, com 177 casas em dez países.

Em setembro de 1885, estabeleceram-se na América do Sul, fundando a primeira Casa na cidade de Valparaíso, no Chile, a qual logo foi destruída por um terremoto e reconstruída em Viña del Mar. Atualizando-se às necessidades temporais, hoje são quase duzentas casas em trinta e um países na Europa, América, África, Ásia e Oceania.

Uma obra fruto da visão da fundadora, Joana Jugan, madre Joana Maria da Cruz, que “soube intuir as necessidades mais profundas dos anciãos e entregou sua vida a seu serviço”, para ser festejada no dia de sua morte, como disse o papa João Paulo II quando a beatificou em 1982.

29 de agosto de 2015 at 6:53 Deixe um comentário

Louvor a Deus Pai que tudo vê

Eu Vos louvo,Ó Pai, porque me formastes no seio de minha mãe de um modo tão maravilhoso!
Vós criastes o meu ser por inteiro,
E por isso nada Vos passa despercebido,
Quando estou triste Vós sabeis o porquê e me consolais,
Quando estou alegre Vós vos alegrais comigo.
Se caminho por lugares escuros, ó Senhor, Vós estais lá para me guardar e me trazerdes de volta à luz.
Quando estou para cair no abismo, porque tomei o caminho que não é vosso, Vós me amparais, me tomais pelas mãos e me fazeis retornar ao verdadeiro caminho.
Até quando repouso, ó Pai, Vós velais o meu sono.
Ouvi todas as minhas palavras antes mesmo que eu possa dizê-las,
Vós me conheceis de um modo admirável!
Quando me sinto só, Vós me fazeis companhia.

Ó Pai, Vós estais sempre comigo: Não me abandonais nunca!

Vós, Senhor, conheceis meus pensamentos e o que está no mais íntimo do meu coração.
Vós, ó Pai, vedes tudo e sabe tudo de mim!
Eu vos louvo ó Pai, porque só Vós me conheceis assim.
Nem mesmo eu sei de mim tudo o que Vós sabeis.
Obrigado ó Pai, por todo o vosso amor e proteção para comigo!

Pai de amor eu Vos louvo, em Vosso Filho Jesus Cristo e no Espírito Santo! Amém.

Jane Amábile

1.Ao mestre de canto. Salmo de Davi. Senhor, vós me perscrutais e me conheceis,

2.sabeis tudo de mim, quando me sento ou me levanto. De longe penetrais meus pensamentos.

3.Quando ando e quando repouso, vós me vedes, observais todos os meus passos.

4.A palavra ainda me não chegou à língua, e já, Senhor, a conheceis toda.

5.Vós me cercais por trás e pela frente, e estendeis sobre mim a vossa mão.

6.Conhecimento assim maravilhoso me ultrapassa, ele é tão sublime que não posso atingi-lo.

7.Para onde irei, longe de vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de vosso olhar?

8.Se subir até os céus, ali estareis; se descer à região dos mortos, lá vos encontrareis também.

9.Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do mar,

10.é ainda vossa mão que lá me levará, e vossa destra que me sustentará.

11.Se eu dissesse: Pelo menos as trevas me ocultarão, e a noite, como se fora luz, me há de envolver.

12.As próprias trevas não são escuras para vós, a noite vos é transparente como o dia e a escuridão, clara como a luz.

13.Fostes vós que plasmastes as entranhas de meu corpo, vós me tecestes no seio de minha mãe.

14.Sede bendito por me haverdes feito de modo tão maravilhoso. Pelas vossas obras tão extraordinárias, conheceis até o fundo a minha alma.

15.Nada de minha substância vos é oculto, quando fui formado ocultamente, quando fui tecido nas entranhas subterrâneas.

16.Cada uma de minhas ações vossos olhos viram, e todas elas foram escritas em vosso livro; cada dia de minha vida foi prefixado, desde antes que um só deles existisse.

17.Ó Deus, como são insondáveis para mim vossos desígnios! E quão imenso é o número deles!

18.Como contá-los? São mais numerosos que a areia do mar; se pudesse chegar ao fim, seria ainda com vossa ajuda.

19.Oxalá extermineis os ímpios, ó Deus, e que se apartem de mim os sanguinários!

20.Eles se revoltam insidiosamente contra vós, perfidamente se insurgem vossos inimigos.

21.Pois não hei de odiar, Senhor, aos que vos odeiam? Aos que se levantam contra vós, não hei de abominá-los?

22.Eu os odeio com ódio mortal, eu os tenho em conta de meus próprios inimigos.

23.Perscrutai-me, Senhor, para conhecer meu coração; provai-me e conhecei meus pensamentos.

24.Vede se ando na senda do mal, e conduzi-me pelo caminho da eternidade.

28 de agosto de 2015 at 7:24 Deixe um comentário

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