Archive for março, 2021

Vigília Pascal

Papa na Vigília Pascal: chega de guerras e armas, porque é de pão que  precisamos - Vatican News

1ª Leitura – Gn 1,1 – 2,2

3ª Leitura – Ex 14,15-15,1

4ª Leitura – Is 54,5-14

5ª Leitura – Is 55,1-11

6ª Leitura – Br 3,9-15.32-4,4

7ª Leitura – Ez 36,16-17a.18-28

Salmo – Sl 103,1-2a.5-6.10.12.13-14.24.35c (R.30)

Salmo – Sl 15,5.8.9-10.11 (R.1a)

Salmo – Sl 29,2.4.5-6.11.12a.13b (R.2a)

Salmo – Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R. 3)

Salmo – Sl 18,8.9.10.11 (R.Jo 6,68c)

Salmo – Sl 41,3.5bcd;42,3.4 (R. 41,2)

2ª Leitura – Gn 22,1-18

Evangelho – Mc 16,1-7

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 16,1-7

1Quando passou o sábado,
Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago, e Salomé,
compraram perfumes para ungir o corpo de Jesus.
2E bem cedo, no primeiro dia da semana,
ao nascer do sol, elas foram ao túmulo.
3E diziam entre si:
‘Quem rolará para nós a pedra da entrada do túmulo?’
4Era uma pedra muito grande.
Mas, quando olharam,
viram que a pedra já tinha sido retirada.
5Entraram, então, no túmulo e viram um jovem,
sentado do lado direito, vestido de branco.
E ficaram muito assustadas.
6Mas o jovem lhes disse:
‘Não vos assusteis!
Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado?
Ele ressuscitou. Não está aqui.
Vede o lugar onde o puseram.
7Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro
que ele irá à vossa frente, na Galiléia.
Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito’.
Palavra da Salvação.

Fonte: CNBB

“Em comunhão com todo o universo, celebramos a Páscoa de Jesus, sua passagem da morte para a vida. Exultantes no Senhor ressuscitado, recordamos as maravilhas de Deus na história. Vivamos, em profunda alegria, as quatro partes desta que é a mãe de todas as vigílias: celebração da luz, liturgia da Palavra, liturgia batismal e liturgia eucarística”. (Liturgia Diária)

Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo

31 de março de 2021 at 6:04 Deixe um comentário

Quaresma com São José – VI

Papa Francisco com imagem de São José em Lima, Peru
Papa Francisco com imagem de São José em Lima, Peru 

Quaresma com São José! A cada semana da Quaresma, o Pe. Rafhael Silva Maciel propõe uma pequena catequese, que este ano terá como linha guia o Ano de S. José, proclamado pelo Papa Francisco. Esta semana o tema é: São José, “patrono da boa morte”. Pe. Rafhael é Missionário da Misericórdia e Mestre em Sagrada Liturgia. Confira a sexta reflexão.

Vatican News

O Papa Francisco, na carta Patris corde, recorda o Catecismo da Igreja Católica, n. 1014, que apresenta S. José como “patrono da boa morte”, invocado pelo povo de Deus em favor dos moribundos, e auxílio na preparação dos fiéis para aquele encontro definitivo com o Senhor.

A tradição de recorrer a S. José para obter uma morte santa, em graça de Deus, foi transmitida ao longo da vida da Igreja não por uma fonte textual bíblica, porém a história de como teria sido a morte de S. José aparece nos primeiros séculos da Igreja, como narra Isidoro de Isolanis, dizendo que nas igrejas orientais costumava-se ler, todo 19 de março uma narração solene da morte do pai adotivo de Jesus Cristo.

No escrito se dizia que tendo chegado a hora da morte do Santo Patriarca, um anjo lhe haveria anunciado que sua morte estaria próxima. Retornando a Nazaré e agravada a saúde, recolheu-se e, “entre Jesus e Maria, que o assistiam com carinho, expirou suavemente, abrasado no Divino Amor” e logo “Jesus e Maria fecharam os olhos de S. José”.

A narrativa relembra que Jesus chorou o amigo Lázaro e faz a analogia: “E como não havia de chorar Aquele mesmo Jesus que choraria sobre a sepultura de Lázaro? ‘Vede como ele o amava!’, disseram os judeus. S. José não era tão só um amigo, mas um pai querido e santíssimo para Jesus”.

Na Ladainha de S. José, alguns dos títulos com os quais recorremos à intercessão do esposo de Maria são: “alívio dos miseráveis”“esperança dos doentes”“patrono dos moribundos”“terror dos demônios”. S. José, alívio e esperança, para que na doença possamos aprender a oferecer sacrifícios e dores pela nossa conversão e pela conversão do mundo inteiro. Para que “a esperança que não decepciona” (Rm 5,5) seja conforto e nos ajude na conformação com a Cruz de Jesus.

Santa Teresa (Vida VI,5-8) testemunha sobre S. José, ao escrever sobre seu estado de saúde, que a certo ponto começa a recorrer ao Santo e escreve: “Tomei então por meu advogado e patrono o glorioso S. José e a ele me confiei com fervor. Este meu pai e protetor me ajudou na necessidade em que me achava e em muitas outras mais graves, em que estava em jogo a minha honra e a salvação da minha alma (…). Não me lembro de ter jamais lhe rogado uma graça sem a ter imediatamente obtido.

Como patrono dos moribundos, que estão em situação de risco de morte, S. José emerge como amigo e consolador. Em meio a uma pandemia em escala mundial, quantas pessoas queridas foram afetadas no corpo por esse vírus ou por outras enfermidades. Quantas pessoas foram e estão sendo afligidas na alma e no espírito, pelas mortes e enfermidades. Entre essas pessoas está um grande homem que tive a alegria de conhecer, D. Henrique Soares da Costa, Bispo de Palmares (PE). Um dos irmãos de D. Henrique, Adriano, relatou que as últimas palavras do Bispo antes de ser entubado foi: “[estou] alquebrado no corpo, mas firme na fé”.

De Dom Henrique devemos aprender a pedir a S. José que nos ensine a morrer na companhia de Jesus e de Maria. Em momentos de incertezas e de imensa fragilidade humana e sanitária busquemos orientar a nossa vida para a salvação, pois por mais difícil que seja a morte é uma realidade para a qual devemos nos preparar. O santo de Assis louvava a Deus “pela ela Irmã Morte” pois “nenhum ser vivo escapa de sua perseguição”.

Como mais um gesto concreto quaresmal, na escola de São José, patrono da boa morte durante esses dias de Quaresma pratiquemos a obra de misericórdia espiritual de rezar pelos defuntos, especialmente aqueles faleceram vítimas da pandemia e por outras doenças, e encomendemos a celebração de Missas em sufrágios das almas desses nossos irmãos. Ainda outro gesto concreto pode ser o envio de alguma mensagem com uma pequena recordação ou mesmo alguma ajuda material para pessoas/famílias que estão enlutadas neste momento.

São José, providenciai!

Boa oração, abençoada meditação!

Roma, 24 de março de 2021

Quarta-feira, V Semana da Quaresma

Pe. Rafhael Silva Maciel

Missionário da Misericórdia

Mestre em Sagrada Liturgia

31 de março de 2021 at 5:49 Deixe um comentário

Paixão do Senhor – São João 18, 1-19,42- Dia 2 de abril de 2021

Anima di Cristo
Dia de Jejum e Abstinência

Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo João 18,1-19,42

Prenderam Jesus e o amarraram.

Naquele tempo:
1Jesus saiu com os discípulos
para o outro lado da torrente do Cedron.
Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos.
2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar,
porque Jesus costumava reunir-se aí
com os seus discípulos.
3Judas levou consigo um destacamento de soldados
e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus,
e chegou ali com lanternas, tochas e armas.
4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer,
saiu ao encontro deles e disse: ‘A quem procurais?’
5Responderam: ‘A Jesus, o nazareno’.
Ele disse: ‘Sou eu’.
Judas, o traidor, estava junto com eles.
6Quando Jesus disse: ‘Sou eu’,
eles recuaram e caíram por terra.
7De novo lhes perguntou:
‘A quem procurais?’
Eles responderam: ‘A Jesus, o nazareno’.
8Jesus respondeu: ‘Já vos disse que sou eu.
Se é a mim que procurais,
então deixai que estes se retirem’.
9Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:
‘Não perdi nenhum daqueles que me confiaste’.
10Simão Pedro, que trazia uma espada consigo,
puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita.
O nome do servo era Malco.
11Então Jesus disse a Pedro:
‘Guarda a tua espada na bainha.
Não vou beber o cálice que o Pai me deu?’

Conduziram Jesus primeiro a Anás.

12Então, os soldados, o comandante e os guardas dos
judeus prenderam Jesus e o amarraram.
13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de
Caifás, o sumo sacerdote naquele ano.
14Foi Caifás que deu aos judeus o conselho:
‘É preferível que um só morra pelo povo’.
15Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus.
Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote
e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote.
16Pedro ficou fora, perto da porta.
Então o outro discípulo,
que era conhecido do sumo sacerdote, saiu,
conversou com a encarregada da porta
e levou Pedro para dentro.
17A criada que guardava a porta disse a Pedro:
‘Não pertences também tu aos discípulos desse homem?’
Ele respondeu: ‘Não’.
18Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira
e estavam-se aquecendo, pois fazia frio.
Pedro ficou com eles, aquecendo-se.
19Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus
a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento.
20Jesus lhe respondeu:
‘Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na
sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem.
Nada falei às escondidas.
21Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que
falei; eles sabem o que eu disse.’
22Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava
deu-lhe uma bofetada, dizendo:
‘É assim que respondes ao sumo sacerdote?’
23Respondeu-lhe Jesus: ‘Se respondi mal, mostra em quê;
mas, se falei bem, por que me bates?’
24Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás,
o sumo sacerdote.

Não és tu também um dos discípulos dele? Pedro negou: ‘Não!

25Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se.
Disseram-lhe:
‘Não és tu, também, um dos discípulos dele?’
Pedro negou: ‘Não!’
26Então um dos empregados do sumo sacerdote,
parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha,
disse: ‘Será que não te vi no jardim com ele?’
27Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou.

O meu reino não é deste mundo.

28De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador.
Era de manhã cedo.
Eles mesmos não entraram no palácio,
para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa.
29Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:
‘Que acusação apresentais contra este homem?’
30Eles responderam: ‘Se não fosse malfeitor,
não o teríamos entregue a ti!’
31Pilatos disse: ‘Tomai-o vós mesmos
e julgai-o de acordo com a vossa lei.’
Os judeus lhe responderam:
‘Nós não podemos condenar ninguém à morte’.
32Assim se realizava o que Jesus tinha dito,
significando de que morte havia de morrer.
33Então Pilatos entrou de novo no palácio,
chamou Jesus e perguntou-lhe:
‘Tu és o rei dos judeus?’
34Jesus respondeu:’Estás dizendo isto por ti mesmo,
ou outros te disseram isto de mim?’
35Pilatos falou: ‘Por acaso, sou judeu?
O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim.
Que fizeste?’.
36Jesus respondeu: ‘O meu reino não é deste mundo.
Se o meu reino fosse deste mundo,
os meus guardas lutariam para que eu não
fosse entregue aos judeus.
Mas o meu reino não é daqui.’
37Pilatos disse a Jesus: ‘Então tu és rei?’
Jesus respondeu: ‘Tu o dizes: eu sou rei.
Eu nasci e vim ao mundo para isto:
para dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.’
38Pilatos disse a Jesus: ‘O que é a verdade?’
Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus,
e disse-lhes: ‘Eu não encontro nenhuma culpa nele.
39Mas existe entre vós um costume,
que pela Páscoa eu vos solte um preso.
Quereis que vos solte o rei dos Judeus?’
40Então, começaram a gritar de novo:
‘Este não, mas Barrabás!’ Barrabás era um bandido.

Viva o rei dos judeus!

19,1Então Pilatos mandou flagelar Jesus.
2Os soldados teceram uma coroa de espinhos
e colocaram-na na cabeça de Jesus.
Vestiram-no com um manto vermelho,
3aproximavam-se dele e diziam:’Viva o rei dos judeus!’
E davam-lhe bofetadas.
4Pilatos saíu de novo e disse aos judeus:
‘Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós,
para que saibais que não encontro nele crime algum.’
5Então Jesus veio para fora,
trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho.
Pilatos disse-lhes: ‘Eis o homem!’
6Quando viram Jesus,
os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:
‘Crucifica-o! Crucifica-o!’
Pilatos respondeu: ‘Levai-o vós mesmos para o
crucificar, pois eu não encontro nele crime algum.’
7Os judeus responderam: ‘Nós temos uma Lei,
e, segundo esta Lei, ele deve morrer,
porque se fez Filho de Deus’.
8Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda.
9Entrou outra vez no palácio
e perguntou a Jesus: ‘De onde és tu?’
Jesus ficou calado.
10Então Pilatos disse: ‘Não me respondes?
Não sabes que tenho autoridade para te soltar
e autoridade para te crucificar?’
11Jesus respondeu:
‘Tu não terias autoridade alguma sobre mim,
se ela não te fosse dada do alto.
Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior.’

Fora! Fora! Crucifica-o!

12Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus.
Mas os judeus gritavam:
‘Se soltas este homem, não és amigo de César.
Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César’.
13Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe
Jesus para fora e sentou-se no tribunal,
no lugar chamado ‘Pavimento’, em hebraico ‘Gábata’.
14Era o dia da preparação da Páscoa,
por volta do meio-dia.
Pilatos disse aos judeus: ‘Eis o vosso rei!’
15Eles, porém, gritavam: ‘Fora! Fora! Crucifica-o!’
Pilatos disse: ‘Hei de crucificar o vosso rei?’
Os sumos sacerdotes responderam:
‘Não temos outro rei senão César’.
16Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado,
e eles o levaram.

Ali o crucificaram, com outros dois.

17Jesus tomou a cruz sobre si
e saiu para o lugar chamado ‘Calvário’,
em hebraico ‘Gólgota’.
18Ali o crucificaram, com outros dois:
um de cada lado, e Jesus no meio.
19Pilatos mandou ainda escrever um letreiro
e colocá-lo na cruz; nele estava escrito:
‘Jesus o Nazareno, o Rei dos Judeus’.
20Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em
que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade.
O letreiro

Repartiram entre si as minhas vestes.

23Depois que crucificaram Jesus,
os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes,
uma parte para cada soldado.
Quanto à túnica, esta era tecida sem costura,
em peça única de alto a baixo.
24Disseram então entre si: ‘Não vamos dividir a túnica.
Tiremos a sorte para ver de quem será’.
Assim se cumpria a Escritura que diz:
‘Repartiram entre si as minhas vestes
e lançaram sorte sobre a minha túnica’.
Assim procederam os soldados.

Este é o teu filho. Esta é a tua mãe.

25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé
a sua mãe, a irmó da sua mãe, Maria de Cléofas,
e Maria Madalena.
26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que
ele amava, disse à mãe: ‘Mulher, este é o teu filho’.
27Depois disse ao discípulo: ‘Esta é a tua mãe’.
Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.

Tudo está consumado.

28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado,
e para que a Escritura se cumprisse até o fim,
disse: ‘Tenho sede’.
29Havia ali uma jarra cheia de vinagre.
Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre
e levaram-na à boca de Jesus.
30Ele tomou o vinagre e disse: ‘Tudo está consumado’.
E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

E logo saiu sangue e água.

31Era o dia da preparação para a Páscoa.
Os judeus queriam evitar
que os corpos ficassem na cruz durante o sábado,
porque aquele sábado era dia de festa solene.
Então pediram a Pilatos
que mandasse quebrar as pernas aos crucificados
e os tirasse da cruz.
32Os soldados foram
e quebraram as pernas de um e depois do outro
que foram crucificados com Jesus.
33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava
morto, não lhe quebraram as pernas;
34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança,
e logo saiu sangue e água.
35Aquele que viu, dá testemunho e seu testemunho é
verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade,
para que vós também acrediteis.
36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura,
que diz: ‘Não quebrarão nenhum dos seus ossos’.
37E outra Escritura ainda diz:
‘Olharão para aquele que transpassaram’.

Envolveram o corpo de Jesus com os aromas, em faixas de linho.

38Depois disso, José de Arimatéia,
que era discípulo de Jesus
– mas às escondidas, por medo dos judeus –
pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus.
Pilatos consentiu.
Então José veio tirar o corpo de Jesus.
39Chegou também Nicodemos,
o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite.
Trouxe uns trinta quilos de perfume
feito de mirra e aloés.
40Então tomaram o corpo de Jesus
e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho,
como os judeus costumam sepultar.
41No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim
e, no jardim, um túmulo novo,
onde ainda ninguém tinha sido sepultado.
42Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo
estava perto, foi ali que colocaram Jesus.
Palavra da Salvação.

“Fiel ao Pai e à humanidade, Jesus consuma sua vida na cruz. Unamo-nos a ele, servo sofredor, acompanhando-o em sua paixão. Esta celebração, que fomenta em nós a solidadriedade com os sofredores, é marcada pelo despojamento e pelo silêncio e consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração de Cristo na cruz e rito da comunhão”. (Liturgia da Palavra)

“Sexta-feira Santa é o dia do silêncio e da adoração, dia no qual se medita com a Via-Sacra a Paixão de Cristo e se repercorre com Jesus o caminho da dor que leva à sua morte, uma morte que, sabemos, não é para sempre”. (Vaticano)

“A Igreja recorda nesta Sexta-feira Santa a Paixão e Morte de Jesus. Este é um dia santo diferente, marcado pela pandemia de Covid-19 que impede as pessoas de se reunirem para celebrar o mistério da Paixão de Cristo, como se faz habitualmente na Semana Santa. Jesus segue para o Calvário, carregando a cruz nas costas, o peso dos nossos pecados. A sua morte é o preço da nossa salvação.   Quantas pessoas hoje carregam a cruz da doença, neste tempo de coronavírus. Morrem nos hospitais sem a presença de uma pessoa da família que lhe esteja próximo no momento da morte. Quantos médicos e enfermeiros estão arriscando suas vidas, trabalhando horas sem descanso, numa corrida contra o tempo para salvar a vida dessas pessoas”. (Vaticano)

Conclusão: (Vaticano)

“A Cruz está presente na vida de todos os cristãos desde a purificação do pecado no Batismo, absolvição do Sacramento da Reconciliação, até o último momento da vida terrena com a Unção dos enfermos. Na Sexta-feira Santa somos convidados a adorar a Cruz para o dom da salvação que conseguimos através da sua vinda. Depois da ascese quaresmal o cristão está preparado para não fugir do sofrimento”.

Oração:

Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, lavai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me. Dentro de vossas Chagas, escondei-me. Não permitais que eu me separe de vós. Do espírito maligno, defendei-me. Na hora da morte, chamai-me, e mandai-me ir para vós, para que com os vossos Santos vos louve, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo

30 de março de 2021 at 6:02 Deixe um comentário

Frases sobre a Cruz de Cristo

1-São Cláudio de la Colombière: “No dia de Santo André, impressionou-me ver este santo prostrar-se subitamente à vista da cruz, sem conseguir conter a sua alegria e comunicando-a com palavras apaixonadas”.

2-Papa Francisco: “Temos uma esperança: na sua cruz (de Cristo), fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor”.

3-Padre Françoá Costa: “Contemplar o Mistério da Cruz é ver que há vida onde parece que reina a morte, contemplá-lo nas nossas vidas é ver surgir a esperança onde parecia que só havia lugar para a amargura, o choro e a desesperação”.

4-São Pedro Damião: “Não ama a Cristo, quem não ama a cruz de Cristo”.

5-Papa Francisco: “Temos uma âncora: na sua cruz (de Cristo), fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados”.

6-São Francisco de Assis: “Vamos agradecer a Deus e louvá-lo porque por meio da sua santa cruz conseguiu redimir a humanidade”.

7-Papa Francisco: “Na sua cruz (de Cristo), fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar”.

8-Santo André de Creta: A cruz é “o mais excelente de todos os bens pelo qual e para o qual culmina nossa salvação e se nos restitui o nosso estado de justiça original”. 

9 -Papa Emérito Bento XVI: “Quando proclamamos a Cristo crucificado, não nos anunciamos a nós mesmos, mas sim a Ele”.

10-São Cirilo de Jerusalém: “A cruz vitoriosa iluminou quem estava cego pela ignorância, libertou quem estava preso pelo pecado, trouxe a toda a humanidade a redenção”.

 11-São Paulo VI: “Misteriosamente, o próprio Cristo, para desenraizar do coração do homem o pecado de presunção e manifestar ao Pai uma obediência total e filial, aceita… morrer na cruz”.

29 de março de 2021 at 5:54 Deixe um comentário

Missa da Ceia do Senhor – São João 13, 1-15 – Dia 01 de abril de 2021

Na Missa in Coena Domini, Papa recorda doação e sacrifício dos sacerdotes -  Vatican News

“1.Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou. 2.Durante a ceia – quando o de­mônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscario­tes, o propósito de traí-lo –, 3.sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, 4.levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela. 5.Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. 6.Chegou a Simão Pedro. Mas Pedro lhe disse: “Se­nhor, queres lavar-me os pés!…”. 7.Respondeu-lhe Jesus: “O que faço não compreendes agora, mas irás compreendê-lo em breve”. 8.Disse-lhe Pedro: “Jamais me lavarás os pés!…”. Respondeu-lhe Jesus: “Se eu não os lavar, não terás parte comigo”. 9.Exclamou então Simão Pedro: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10.Disse-lhe Jesus: “Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!…”.* 11.Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: “Nem todos estais puros”. 12.Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: “Sabeis o que vos fiz? 13.Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. 14.Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros.* 15.Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós.”
fonte – Bíblia Católica Online

” A celebração da Ceia do Senhor nos insere no Tríduo Pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo. Entremos em comunhão com Jesus – que nos amou até o fim e nos deixou os dons do sacerdócio e da Eucaristia -, para podermos imitá-lo na vivência do amor aos irmãos e irmãs”. (Liturgia Diária)

O Padre Cesar Augusto dos Santos explicou que “Celebrar a quinta-feira da Ceia do Senhor, não se resume à celebração da Eucaristia, mas celebrar a Eucaristia deveria ser o ápice de um dia, de uma semana que foi marcada pelo êxodo de si mesmo, pelo esvaziar-se, para permitir que o amor de Deus falasse em nós e por nós. Celebrar a Ceia de Jesus significaria que me despojei de mim mesmo, não só de minhas vestes, e lavei os pés de meus irmãos, isto é, prestei a eles o serviço do amor, do perdão, proporcionando vida de acordo com suas necessidades. Eucaristia é serviço, é partilha de dons, de vida!”

Conclusão: (Dom Henrique Soares da Costa) 

“Hoje, para presidir à Eucaristia e ser um sinal do Senhor, mestre e servidor, Cristo, na Ceia, instituiu o sacerdócio ministerial: aqueles que em seu nome e por sua ordem, deverão presidir à Celebração eucarística até que ele volte. Nesta tarde sagrada, rezemos pelo nosso Bispo e pelos nossos sacerdotes, para que sejam dignos de tão grande ministério e o exerçam como Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida!”

Oração: (De São João Paulo II)

“A Eucaristia é o testemunho sacramental da Vossa primeira vinda, com a qual foram reconfirmadas as palavras dos profetas e satisfeitas as expectativas. Deixastes-nos, ó Senhor, o Vosso Corpo e o Vosso Sangue sob as espécies do pão e do vinho, para que afirmem a sucedida redenção do mundo — a fim de que o Vosso Mistério Pascal atinja todos os homens, como sacramento de vida e salvação. A Eucaristia é, ao mesmo tempo, constante prenúncio da Vossa segunda vinda, o sinal do Advento definitivo e, ao mesmo tempo, da expectativa de toda a Igreja: “Anunciamos, Senhor, a Vossa morte e proclamamos a Vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”

Jane Amábile – Com. Divino Espírito santo

29 de março de 2021 at 5:39 Deixe um comentário

O Papa no Domingo de Ramos: Jesus sobe à cruz para descer ao nosso sofrimento

Santa Missa do Domingo de Ramos presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro 28.03.2021 (Vatican Media)

“No Crucificado, vemos Deus humilhado, o Onipotente reduzido a um descartado. E, com a graça do assombro, compreendemos que, acolhendo quem é descartado, aproximando-nos de quem é humilhado pela vida, amamos Jesus, porque Ele está nos últimos, nos rejeitados”, disse o Papa Francisco este Domingo de Ramos, início da Semana Santa, na missa celebrada esta manhã (28/03) na Basílica de São Pedro

Raimundo de Lima – Vatican News

O Papa Francisco presidiu na manhã deste domingo (28/03), na Basílica de São Pedro, a missa do Domingo de Ramos, início da Semana Santa, em que celebraremos os mistérios da Paixão, morte e Ressurreição de Cristo.

Com uma presença limitada de fiéis no respeito às medidas sanitárias previstas devido às exigências que a crise pandêmica da Covid-19 impõe, a celebração teve início com a tradicional bênção dos ramos, que recorda a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém.

O rito foi feito aos pés do Altar da Confissão da Basílica Vaticana: os fiéis tinham em mãos os ramos de oliveira. Depois de abençoar os ramos e ser lido um breve texto do Evangelho que narra a entrada de Jesus em Jerusalém, o Papa dirigiu-se ao altar da Cátedra, prosseguindo a missa.

Olhar para a cruz

“Nesta Semana Santa, ergamos o olhar para a cruz a fim de recebermos a graça do assombro”, disse o Pontífice em sua homilia, destacando, entre outros, a necessidade de se passar da admiração à surpresa.

Todos os anos, disse, esta liturgia cria em nós uma atitude de espanto, de surpresa: “passamos da alegria de acolher Jesus, que entra em Jerusalém, à tristeza de O ver condenado à morte e crucificado. É uma atitude interior que nos acompanhará ao longo da Semana Santa. Abramo-nos, pois, a esta surpresa”, exortou.

“Jesus começa logo por nos surpreender. O seu povo acolhe-O solenemente, mas Ele entra em Jerusalém num jumentinho”, continuou Francisco. Pela Páscoa, o seu povo espera o poderoso libertador, mas Jesus vem cumprir a Páscoa com o seu sacrifício. O seu povo espera celebrar a vitória sobre os romanos com a espada, mas Jesus vem celebrar a vitória de Deus com a cruz, observou.

“Que se passou com aquele povo que, em poucos dias, passou dos ‘hossanas’ a Jesus ao grito ‘crucifica-O’? Aquelas pessoas seguiam mais uma imagem de Messias do que o Messias. Admiravam Jesus, mas não estavam prontas para se deixar surpreender por Ele.”

Diferença entre surpresa e admiração

A surpresa é diferente da admiração, destacou. A admiração pode ser mundana, porque busca os próprios gostos e anseios; a surpresa, ao contrário, permanece aberta ao outro, à sua novidade, frisou o Papa, acrescentando:

“Também hoje há muitos que admiram Jesus: falou bem, amou e perdoou, o seu exemplo mudou a história… Admiram-No, mas a vida deles não muda. Porque não basta admirar Jesus; é preciso segui-Lo no seu caminho, deixar-se interpelar por Ele: passar da admiração à surpresa.”

E qual é o aspeto do Senhor e da sua Páscoa que mais nos surpreende? – perguntou Francisco, respondendo: “o fato de Ele chegar à glória pelo caminho da humilhação. Triunfa acolhendo a dor e a morte, que nós, súcubos à admiração e ao sucesso, evitaríamos”.

Isto surpreende, observou o Papa, “ver o Omnipotente reduzido a nada; vê-Lo, a Ele Palavra que sabe tudo, ensinar-nos em silêncio na cátedra da cruz; ver o Rei dos reis que, por trono, tem um patíbulo; ver o Deus do universo despojado de tudo; vê-Lo coroado de espinhos em vez de glória; vê-Lo, a Ele bondade em pessoa, ser insultado e vexado”.

Não estamos sozinhos: Deus está conosco em cada ferida

O Pontífice disse que Jesus sofreu toda esta humilhação para tocar até ao fundo a nossa realidade humana, para atravessar toda a nossa existência, todo o nosso mal; para Se aproximar de nós e não nos deixar sozinhos no sofrimento e na morte; para nos recuperar, para nos salvar.

“Jesus sobe à cruz para descer ao nosso sofrimento. Prova os nossos piores estados de ânimo: o falimento, a rejeição geral, a traição do amigo e até o abandono de Deus. Experimenta na sua carne as nossas contradições mais dilacerantes e, assim, as redime e transforma. O seu amor aproxima-se das nossas fragilidades, chega até onde mais nos envergonhamos.”

Agora sabemos que não estamos sozinhos, frisou o Santo Padre. “Deus está conosco em cada ferida, em cada susto: nenhum mal, nenhum pecado tem a última palavra. Deus vence, mas a palma da vitória passa pelo madeiro da cruz. Por isso, os ramos e a cruz estão juntos”, explicou.

Se a fé perde o assombro, torna-se surda

Peçamos a graça do assombro. A vida cristã, sem surpresa, torna-se cinzenta, disse o Pontífice. “Como se pode testemunhar a alegria de ter encontrado Jesus, se não nos deixamos surpreender cada dia pelo seu amor espantoso, que nos perdoa e faz recomeçar?”

Se a fé perde o assombro, torna-se surda: já não sente a maravilha da graça, deixa de sentir o gosto do Pão da vida e da Palavra, fica sem perceber a beleza dos irmãos e o dom da criação. Nesta Semana Santa, ergamos o olhar para a cruz a fim de recebermos a graça do assombro, exortou o Papa.

Francisco observou que o Espírito Santo é Aquele que nos dá a graça do assombro, convidando-nos a recomeçar do espanto, a olhar para o Crucificado.

Jesus está nos últimos, nos rejeitados

“No Crucificado, vemos Deus humilhado, o Onipotente reduzido a um descartado. E, com a graça do assombro, compreendemos que, acolhendo quem é descartado, aproximando-nos de quem é humilhado pela vida, amamos Jesus, porque Ele está nos últimos, nos rejeitados.”

O Evangelho de hoje, imediatamente depois da morte de Jesus, mostra-nos o ícone mais belo da surpresa. É a cena do centurião, que, “ao vê-Lo expirar daquela maneira, disse: ‘Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!’”, frisou o Santo Padre, concluindo com uma exortação:

“Hoje, Deus ainda surpreende a nossa mente e o nosso coração. Deixemos que nos impregne este assombro, olhemos para o Crucificado e digamos também nós: ‘Vós sois verdadeiramente Filho de Deus. Vós sois o meu Deus’.”

28 de março de 2021 at 11:14 Deixe um comentário

Hosana!

28 de março de 2021 at 11:00 Deixe um comentário

Frei Cantalamessa: Jesus Cristo não é uma ideia, mas uma pessoa

Quarta e última pregação da Quaresma do frei Cantalamessa
Quarta e última pregação da Quaresma do frei Cantalamessa  (Vatican Media)

“Há alguns que negam que seja uma pessoa “divina”, preferindo dizer que é uma pessoa “humana” na qual Deus habita, ou opera, de modo único e excelso. Mas a própria unidade da pessoa de Cristo, repito, não é contestada por ninguém”, frisou o pregador da Casa Pontifícia.

Vatican News

Jesus de Nazaré: uma pessoa” foi o tema da quarta e última pregação da Quaresma proferida pelo pregador da Casa Pontifícia, cardeal Raniero Cantalamessa, ao Papa e aos membros da Cúria Romana, na manhã desta sexta-feira (26/03), na Sala Paulo VI.Ouça e compartilhe

“Propomos em aprofundar nesta última meditação que Jesus de Nazaré está vivo! Não é uma memória do passado; não é apenas um personagem, mas uma pessoa. Vive “segundo o Espírito”, certo, mas este é um modo de viver mais forte do que aquele “segundo a carne”, porque lhe permite viver dentro de nós, não fora, ou ao lado”, disse o frei capuchinho.

A fórmula “uma pessoa” aplicada a Cristo remete-se a Tertuliano, mas foram necessários dois séculos de reflexão para entender o que ela significava de fato e como podia se conciliar com a afirmação de que Jesus era verdadeiro homem e verdadeiro Deus, isto é “de duas naturezas”.

O dogma da única pessoa de Cristo é uma “estrutura aberta”, ou seja, capaz de falar-nos hoje, de responder às novas necessidades da fé, que não são as mesmas do quinto século. Hoje, ninguém nega que Cristo seja “uma pessoa”. Há alguns que negam que seja uma pessoa “divina”, preferindo dizer que é uma pessoa “humana” na qual Deus habita, ou opera, de modo único e excelso. Mas a própria unidade da pessoa de Cristo, repito, não é contestada por ninguém”, frisou o pregador da Casa Pontifícia.

“A coisa mais importante hoje, a respeito do dogma de Cristo “uma pessoa”, não é tanto o adjetivo “uma”, mas o substantivo “pessoa”. Não tanto o fato de que seja “um e idêntico em si mesmo” (unus et idem), mas que seja “pessoa”. Isto significa descobrir e proclamar que Jesus Cristo não é uma ideia, um problema histórico, e nem mesmo apenas um personagem, mas uma pessoa e uma pessoa viva! Isto, de fato, é o que falta e do que temos extrema necessidade, para não deixar que o cristianismo se reduza a ideologia, ou simplesmente a teologia”, disse ainda Cantalamessa.LEIA TAMBÉM26/03/2021

Fr. Cantalamessa e a quarta pregação da Quaresma – texto integral

“Refletindo sobre o conceito de pessoa no âmbito da Trindade, Santo Agostinho e, depois dele, Santo Tomás de Aquino, chegaram à conclusão de que “pessoa”, em Deus, significa relação. O Pai é tal pela sua relação com Filho: todo o seu ser consiste nesta relação, como o Filho é tal pela sua relação com o Pai.” A seguir, acrescentou:

Isto vale de modo eminente para as pessoas divinas da Trindade, que são “puras relações”, ou, como se diz em teologia, “relações subsistentes”; mas vale também para cada pessoa no âmbito criado. Não se conhece a pessoa na sua realidade, a não ser entrando em “relação” com ela. Eis porque não se pode conhecer Jesus como pessoa, a não ser entrando em uma relação pessoal, do eu ao tu, com ele. “O ato do crente não termina num juízo, mas numa realidade”, disse Santo Tomás de Aquino. Nós não podemos nos contentar em crer na fórmula “uma pessoa”; devemos alcançar a própria pessoa e, mediante a fé e a oração, “tocá-la”.

Devemos nos pôr seriamente uma pergunta: para mim, Jesus é uma pessoa, ou somente um personagem?”, disse o frei Cantalamessa, explicando que “há uma grande diferença entre as duas coisas. O personagem – tipo Júlio César, Leonardo da Vinci, Napoleão – é alguém de quem se pode falar e escrever o quanto queira, mas com o qual é impossível falar. Infelizmente, para a grande maioria dos cristãos, Jesus é um personagem, não uma pessoa. É o objeto de um conjunto de dogmas, doutrinas ou heresias; alguém de quem celebramos a memória na liturgia, que cremos realmente presente na Eucaristia, tudo o que se quiser. Mas, se permanecermos no plano da fé objetiva, sem desenvolver uma relação existencial com ele, ele permanece externo a nós, toca-nos a mente, mas não aquece o coração. Permanece, apesar de tudo, no passado; entre nós e ele se interpõem, inconscientemente, vinte séculos de distância”. No fundo de tudo isso, compreende-se o sentido e a importância daquele convite que o Papa Francisco pôs no início da sua Exortação Apostólica Evangelii gaudium:

“Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito” (EG, 3).

O frei capuchinho concluiu, recordando que “daqui a uma semana será Sexta-feira Santa e, logo depois, Domingo da Ressurreição. Ressurgindo, Jesus não voltou à vida de antes como Lázaro, mas a uma vida melhor, livre de todo afã. Esperemos que seja assim também para nós. Que do sepulcro em que a pandemia nos manteve encerrados por um ano, o mundo – como nos repete continuamente o Santo Padre – saia melhor, não o mesmo de antes”.

27 de março de 2021 at 16:11 Deixe um comentário

Reflexão para o Domingo de Ramos

Evangelho do Domingo
Evangelho do Domingo 

“Anunciamos Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição, vinde Senhor Jesus!”, aclamamos a cada consagração do pão e do vinho.

Padre Cesar Agusuto, SJ – Vatican News

Neste domingo, que abre a Semana Santa, a Liturgia nos propõe refletirmos sobre a entrada de Jesus em Jerusalém, para ser aclamado como Filho de Davi e para, alguns dias depois, ser julgado e condenado como um grande malfeitor, um bandido que subleva o povo.

Estamos chegando no auge, no pico do Ano Litúrgico, com a solenidade das solenidades que é a Páscoa da Ressurreição do Senhor, no domingo próximo.Ouça e compartilhe

Nesta Semana, vamos refletir sobre a entrega de Jesus na Nova e Eterna Aliança, na quinta-feira e na paixão e morte de Jesus, na sexta. Tendo o sábado como um dia de esperança, aguardando a realização da promessa do Senhor, de que ressuscitaria, passamos estes dias ao lado da Virgem Maria, a Nossa Senhora das Dores, a Mãe da Esperança, em casa, no aguardo da Vida Nova.

Esta Semana Santa, de 2021, como a do ano passado, de 2020, terá suas celebrações diferentes, em muitas cidades serão transmitidas online, com todos os fiéis leigos em casa, protegendo-se da pandemia. Isso nos afervora o sentimento de meditação e contemplação, já que nada será motivo de distração, mas sim, de união com o Cristo que sofre sua paixão, também nos irmãos que estão enfermos e, muitos, agonizantes, além de estar presente naqueles que fazem o papel de cireneu, os médicos e enfermeiros e todos da área da saúde, que lidam direta ou indiretamente a favor daqueles que sofrem.

Veremos a Virgem Dolorosa também nas pessoas que, aflitas, acompanham, de longe, o sofrimento dos amados, dos queridos, daqueles que importam em suas vidas. Por que não citar aquelas pessoas que como Maria, outras mulheres, João Evangelista e José de Arimatéia fazem um cortejo fúnebre, mesmo apenas com o coração, e sepultam ou cremam os corpos de seus entes queridos?

Esta semana será Santa em todos os sentidos. Vamos vivê-la na dimensão unitiva com todos os que padecem em nosso mundo.

A primeira leitura da missa deste domingo, extraída de Isaías 50, 4-7, inicia dizendo que o Senhor deu ao personagem principal do texto, capacidade de confortar pessoa abatida e para ouvir, como discípulo. Ao mesmo tempo, o personagem principal sofre agressões e afrontas, mas não perde o ânimo porque sabe que o Senhor é o seu auxílio e não sairá humilhado dessa situação de ultrajes. A cena pode ser aplicada ao Cristo, em sua paixão, e a nós, em situações de profundo sofrimento. A esperança em Deus permanece. O Senhor pode não nos livrar de vexames e afrontas, mas Ele nos liberta dentro dessa situação e nos mantem, apesar das humilhações, com nossa dignidade intocável. O salmo responsorial, Sl 21 (22) descreve com tragicidade o que acontece com o Servo do Senhor, mas será o Sl 23(22), o que nos falará do sentimento mais profundo durante a experiência de atroz sofrimento: “Ainda que eu caminhe por vale tenebroso nenhum mal temerei, pois estás junto a mim … minha morada é a casa do Senhor por dias sem fim.”

Na segunda leitura, tirada de Filipenses 2, 6-11, São Paulo nos fala explicitamente de Jesus Cristo ao fazer a kenosis de si mesmo, isto é, ao se esvaziar da postura de Filho de Deus para se preencher com a condição de escravo e se igualar aos seres humanos.

Vivemos essa entrega do Senhor a cada Eucaristia, onde ele assume nosso lugar e sendo homem e Deus, faz a aliança nova e eterna com o Pai, renovada a cada sim dado ao Pai, quando saímos de nós mesmos e aceitamos morrer e abraçar a vida nova.

A Quinta-Feira Santa e a Sexta-Feira Santa celebram especialmente essa entrega do Senhor, que também pode, aos poucos, ir se tornando a nossa, quando conscientes no dia de nosso Batismo, demos o Sim radical ao Senhor da Vida, a cada dificuldade o vamos repetindo, até o Sim absoluto dado na hora de nossa morte.

“Anunciamos Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição, vinde Senhor Jesus!”, aclamamos a cada consagração do pão e do vinho. Aí, jaz a esperança, ou melhor, a certeza de que a vida dará sua palavra final com a ressurreição. A do Senhor já aclamada, e a nossa, imbricada na Dele.

27 de março de 2021 at 10:03 Deixe um comentário

Papa Francisco no Twitter

26 de mar de 2021: Quem jejua faz-se pobre com os pobres e «acumula» a riqueza do amor recebido e partilhado. O jejum, assim entendido e praticado, ajuda a amar a Deus e ao próximo, pois o amor centra a atenção no outro, considerando-o como um só comigo mesmo. #Quaresma

25 de mar de 2021: Convido mais uma vez a todos, a fim de que acolham e testemunhem o «Evangelho da vida», a promover e a defender a vida em todas as suas dimensões e em cada uma das suas fases. O cristão é aquele que diz «sim» à vida, que diz «sim» a Deus, o Vivente. #EvangeliumVitae

25 de mar de 2021: Neste momento histórico particular, marcado por muitas sombras, a figura de Dante, profeta da esperança, pode ajudar-nos a avançar com serenidade e coragem na peregrinação da vida e da fé que todos somos chamados a fazer. https://vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco-lettera-ap_20210325_centenario-dante.html…

25 de mar de 2021: Maria não é apenas a ponte entre nós e Deus; é mais: é o caminho que Deus percorreu para chegar até nós e é o caminho que nós devemos percorrer para chegar até Ele. #AnunciaçãodoSenhor

24 de mar de 2021: Maria esteve e está presente nos dias da pandemia, próxima às pessoas que infelizmente concluíram o seu caminho terreno em uma condição de isolamento, sem o conforto da proximidade dos seus entes queridos. Maria está sempre presente, ao nosso lado, com sua ternura maternal.

24 de mar de 2021: Maria esteve e está presente nos dias da pandemia, próxima às pessoas que infelizmente concluíram o seu caminho terreno em uma condição de isolamento, sem o conforto da proximidade dos seus entes queridos. Maria está sempre presente, ao nosso lado, com sua ternura maternal.

24 de mar de 2021: Hoje é o Dia Mundial de Combate à #Tuberculose. Que esta data possa favorecer um renovado impulso no tratamento desta doença e uma maior solidariedade para com aqueles que dela sofrem.

23 de mar de 2021: Não deixemos passar em vão o tempo de graça desta #Quaresma, na presunçosa ilusão de sermos nós os donos dos tempos e modos da nossa conversão ao Senhor!

23 de mar de 2021·: Quantas vezes dissemos: «Senhor, espera! Virei encontrar-Te mais tarde… Hoje não posso, mas amanhã começarei a rezar e a fazer algo pelos outros». Na vida, sempre teremos coisas a fazer e desculpas a apresentar, mas agora é o tempo de regressar a Deus. #Quaresma

22 de mar de 2021: Para nós crentes, a “irmã água” não é uma mercadoria: é um símbolo universal e uma fonte de vida e saúde. Muitos irmãos e irmãs têm acesso a pouca água e por vezes até poluída! É necessário assegurar água potável e saneamento a todos. #WorldWaterDay

21 de mar de 2021: “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, permanece sozinho; mas se morre, dá muito fruto” (Jo 12,23-24). Precisamente então, na provação e na solidão, enquanto a semente morre, é o momento em que a vida brota, para produzir frutos maduros em seu próprio tempo.

21 de mar de 2021: Cada criança que se anuncia no ventre de uma mulher constitui uma dádiva, que muda a história de uma família: de um pai e de uma mãe, dos avós e dos irmãozinhos. E esta criança tem necessidade de ser acolhida, amada e cuidada. Sempre! #WorldDownSyndromeDay

20 de mar de 2021: Cada dia que começa, se for acolhido na #oração, é acompanhado de coragem, para que os problemas a enfrentar já não sejam obstáculos à nossa #felicidade, mas apelos de Deus, ocasiões para o nosso encontro com Ele.

19 de mar de 2021: São José constitui um ícone exemplar do acolhimento dos projetos de Deus. Que ele ajude a todos, sobretudo aos jovens em discernimento, a realizar os sonhos que Deus tem para cada um.

19 de mar de 2021: Rezo para que cada família possa sentir na própria casa a presença viva da Sagrada Família de Nazaré, que encha as nossas pequenas comunidades domésticas de amor sincero e generoso, fonte de alegria mesmo nas provações e dificuldades. #AmorisLaetitia

Rezo para que cada família possa sentir na própria casa a presença viva da Sagrada Família de Nazaré, que encha as nossas pequenas comunidades domésticas de amor sincero e generoso, fonte de alegria mesmo nas provações e dificuldades. #AmorisLaetitia

18 de mar de 2021: Viver uma #Quaresma com esperança significa receber a esperança de Cristo que dá a sua vida na Cruz e que Deus ressuscita no terceiro dia, sempre dispostos a dar a razão de nossa esperança a todo aquele que a pedir. (1 Pd. 3,15).

17 de mar de 2021: Com grande tristeza devo recordar ainda a dramática situação em #Mianmar, onde muitas pessoas, sobretudo jovens, estão perdendo a vida para oferecer esperança ao seu país. Também eu me ajoelho nas ruas de Mianmar e digo: pare a violência! Prevaleça o diálogo!

17 de mar de 2021: O Espírito Santo escreve a história da Igreja e do mundo. Somos páginas abertas, disponíveis para receber sua caligrafia. E em cada um de nós o Espírito compõe obras originais, porque nunca há um cristão inteiramente idêntico a outro. #AudiênciaGeral

27 de março de 2021 at 5:22 Deixe um comentário

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