Archive for abril, 2012

São José Operário – 1° de Maio

30 de abril de 2012 at 19:33 Deixe um comentário

Oração para Crianças – Padre Marcelo Rossi

Senhor,

Eu creio no poder da oração.

Sei que Tu me escutas

Quando fecho os olhos

E oro com devoção.

A Ti conto meus problemas,

A Ti conto minhas alegrias,

Pois a um amigo tudo se conta.

Sei que Tu me compreendes

Pois a prece sincera

É a forma de conversar contigo.

Senhor,

Sei que Tu me ouves

Quando Te conto

Os segredos que guardo

Em meu coração.

Amém.

30 de abril de 2012 at 9:38 1 comentário

Nossa Senhora – de Roberto Carlos

29 de abril de 2012 at 13:02 Deixe um comentário

Catequese de Bento XVI – Primazia da oração – 25 de Abril de 2012

Queridos irmãos e irmãs
Na catequese passada, mostrei que a Igreja, desde o início do seu caminho, teve que enfrentar situações imprevistas, novas questões e emergências às quais procurou dar respostas à luz da fé, deixando-se guiar pelo Espírito Santo. Hoje gostaria de deter-me sobre uma outra situação, sobre um problema sério que a primeira comunidade cristã de Jerusalém teve que enfrentar e resolver, como nos narra São Lucas no capítulo sexto dos Atos dos Apóstolos, a respeito da pastoral da caridade junto às pessoas solitárias e necessitadas de assistência e ajuda. A questão não é secundária para a Igreja e corre-se o risco naquele momento, de criar divisões no interior da Igreja; o número dos discípulos, de fato, vinha aumentando, mas aqueles de lingua grega começavam a lamentar-se contra aqueles de língua hebraica porque as suas viúvas estavam sendo deixadas de lado na distribuição cotidiana (At. 6,1). Diante da urgência que se referia a um aspecto fundamental na vida da comunidade, isto é, a caridade em relação aos mais fracos, aos pobres, aos indefesos, e a justiça, os Apóstolos convocam todo o grupo de discípulos. Neste momento de emergência pastoral, sobressai o discernimento realizado pelos apóstolos. Eles se encontram diante da exigência primária de anunciar a Palavra de Deus segundo o mandato do Senhor, mas – também se esta é uma exigência primária da Igreja – consideram da mesma forma o dever da caridade e da justiça, isto é, o dever de assistir as viúvas, os pobres, de prover com amor diante das situações de necessidade nas quais se encontram irmãos e irmãs, para responder ao mandamento de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,,12.17). Portanto, as duas realidades que devem ser vividas na Igreja –  o anúncio da Palavra, a primazia de Deus, e a caridade concreta, a justiça – , estão criando dificuldade e se deve encontrar uma solução, para que ambas possam estar em seus devidos lugares, e sua relação necessária. A reflexão dos Atos dos Apóstolos é muito clara, como ouvimos: “Não é justo que nós deixemos a Palavra de Deus à parte para servir as mesas. Entretanto, irmãos, procureis entre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais confiaremos esta missão. Nós, ao invés disso, nos dedicaremos à oração e ao serviço da Palavra” (At 6,2-4).

Duas coisas aparecem: primeiro, existe a partir daquele momento, na Igreja, um ministério da caridade. A Igreja não deve somente anunciar a Palavra, mas também realizar a Palavra, que é caridade e verdade. E, segundo ponto, esses homens não somente devem gozar de boa reputação, mas devem ser homens repletos do Espírito Santo e de sabedoria, isto é, não podem ser somente organizadores que sabem “fazer”, mas devem “fazer” no espírito da fé com a luz de Deus, na sabedoria do coração, e portanto, também a função deles – mesmo que seja prática –  é todavia uma função espiritual. A caridade e a justiça não são somente ações sociais, mas são ações espirituais realizadas na luz do Espírito Santo. Portanto, podemos dizer que essa situação vem enfrentada com grande responsabilidade por parte dos apóstolos, os quais tomam esta decisão: são escolhidos sete homens; os apóstolos rezam para pedir a força do Espírito Santo e depois, impõem as mãos para que se dediquem em modo particular a essa diaconia da caridade. Assim, na vida da Igreja, nos primeiros passos que ela realiza, se reflete, em um certo modo, o que havia acontecido durante a vida pública de Jesus, na casa de Marta e Maria em Betânia. Marta estava bem ligada ao serviço da hospitalidade oferecido a Jesus e aos seus discípulos; Maria, ao contrário, se dedica à escuta da Palavra do Senhor (Luc 10,38-42). Em ambos os casos, não são contrapostos os momentos da oração e da escuta de Deus, e a atividade cotidiana e o serviço da caridade. A expressão de Jesus: “Marta, Marta, tu te preocupas e te agitas com tantas coisas, mas de uma coisa tens necessidade, Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada” (Luc 10,41-42), como também a reflexão dos apóstolos: “Nós nos dedicaremos à oração e ao serviço da Palavra” (At 6,4), mostram a prioridade que devemos dar a Deus. Não gostaria de entrar agora na interpretação desta perícope Marta-Maria. Em todo caso, não vem condenada a atividade pelo próximo, mas vem destacado que ela deve ser penetrada interiormente também pelo espírito de contemplação. Por outro lado, Santo Agostinho diz que essa realidade de Maria é uma visão da nossa situação no céu, portanto, na terra, não podemos nunca tê-la completamente, mas um pouco de antecipação deve estar presente em toda a nossa atividade. Deve estar presente também a contemplação de Deus. Não devemos nos perder no ativismo puro, mas sempre deixarmo-nos penetrar na nossa atividade à luz da Palavra de Deus e assim aprender a verdadeira caridade, o verdadeiro serviço pelo outro, que não tem necessidade de tantas coisas – tem necessidade certamente das coisas necessárias – mas tem necessidade sobretudo do afeto do nosso coração, da luz de Deus.

Santo Ambrósio, comentando o episódio de Marta e Maria, assim exorta os seus fiéis e também nós: “Procuremos ter também nós aquilo que não nos pode ser tirado, dando à palavra de Deus uma grande atenção, não distraída: acontece também às sementes da palavra de serem levadas embora,  semeadas ao longo da estrada. Estimule também tu, como Maria, o desejo do saber: é esta a maior, mais perfeita obra” – E acrescenta ainda: “o cuidado do ministério não desvie o conhecimento da palavra celeste” (Expositio Evangelii secundum Lucam, VII, 85: pl 15, 1720). Os santos, portanto, experimentaram uma profunda unidade de vida de oração e ação, entre o amor total a Deus e o amor aos irmãos. São Bernardo, que é modelo de harmonia entre contemplação e operosidade, no livro De Consideratione, endereçado ao Papa Inocêncio II para oferecer-lhe algumas reflexões a respeito de seu ministério, insiste exatamente sobre a importância do recolhimento interior, da oração para defender-se dos perigos de uma atividade excessiva, qualquer que seja a condição na qual se encontra a tarefa que se está desenvolvendo. São Bernardo afirma que a demasiada ocupação, uma vida frenética, geralmente acabam induzindo o coração a fazer sofrer o espírito.

É uma preciosa retomada para nós hoje, acostumados a valorizar tudo a partir do critério da produtividade e da eficiência. O trecho dos Atos dos Apóstolos nos recorda a importância do trabalho – sem dúvida se é criado um verdadeiro ministério – , do empenho nas atividades cotidianas que são desenvolvidas com responsabilidade e dedicação, mas também a nossa necessidade de Deus, da sua direção, da sua luz que nos dão força e esperança. Sem a oração cotidiana vivida com fidelidade, o nosso fazer se esvazia, perde o sentido profundo, se reduz a um simples ativismo que, no final, nos deixa insatisfeitos. Existe uma bela invocação da tradição cristã para recitar-se antes de toda atividade, a qual diz assim: Actiones nostras, quæsumus, Domine, aspirando præveni et adiuvando prosequere, ut cuncta nostra oratio et operatio a te semper incipiat, et per te coepta finiatur”, isto é: “Inspire as nossas ações Senhor, e acompanhe-as com a tua ajuda, para que todo o nosso falar e agir tenha de ti o seu início e o seu cumprimento”. Cada passo da nossa vida, toda ação, também na Igreja, deve ser feita diante de Deus, à luz da sua Palavra.

Na catequese da quarta-feira passada eu havia destacado a oração unânime da primeira comunidade cristã diante das provas e como, exatamente na oração, na meditação sobre a Sagrada Escritura ela pode compreender os eventos que estavam acontecendo. Quando a oração é alimentada pela palavra de Deus, podemos ver a realidade com olhos novos, com os olhos da fé e o Senhor, que fala à mente e ao coração, dá nova luz ao caminho em todos os momentos e em todas as situações. Nós cremos na força da Palavra de Deus e da oração. Também a dificuldade que está vivendo a Igreja diante do problema do serviço aos pobres e a questão da caridade, é superada na oração, à luz de Deus, do Espírito Santo. Os apóstolos não se limitam a ratificar a escolha de Estevão e dos outros homens, mas depois de rezar , impõem-lhes as mãos” (At 6,6). O Evangelista recordará novamente estes gestos em ocasião da eleição de Paulo e Barnabé, onde lemos: “depois de ter jejuado e rezado, impuseram-lhes as mãos e os despediram” (At 13,3). Confirma-se de novo que o serviço prático da caridade é um serviço espiritual. Ambas as realidade devem andar juntas.

Com o gesto da imposição das mãos, os Apóstolos conferem um ministério particular a sete homens, para que seja dada a eles a força correspondente. O destaque dado à oração – depois de ter rezado”, dizem –  é importante porque evidencia exatamente a dimensão espiritual do gesto; não se trata simplesmente de conferir um encargo como acontece em uma organização social, mas é um evento eclesial no qual o Espirito Santo se apropria de sete homens da Igreja, consagrando-os na Verdade que é Jesus Cristo: é Ele o protagonista silencioso, presente na imposição das mãos para que os eleitos sejam transformados pela sua potência e santificados para enfrentar desafios práticos, os desafios pastorais. E o destaque da oração nos recorda além disso que somente no relacionamento íntimo com Deus cultivado a cada dia nasce a resposta à escolha do Senhor que nos vem confiado cada ministério na Igreja.

Queridos irmãos e irmãs, o problema pastoral que levou os apóstolos a escolher e a impor as mãos sobre sete homens encarregados do serviço da caridade, para dedicarem-se à oração e ao anuncio da Palavra, indica também a nós a primazia da oração e da Palavra de Deus, que, todavia, produz depois também a grande ação pastoral. Para os Pastores, esta é a primeira e mais preciosa forma de serviço em relação ao rebanho a eles confiado. Se os pulmões da oração e da Palavra de Deus não alimentam a respiração da nossa vida espiritual, sofremos o risco de nos sufocarmos em meio às mil coisas de todos os dias: a oração é a respiração da alma e da vida. E existe uma outra preciosa retomada que gostaria de destacar: no relacionamento com Deus, na escuta de sua Palavra, no diálogo com Deus, também quando nos encontramos no silêncio de uma igreja ou de nosso quarto, estamos unidos no Senhor a tantos irmãos e irmãs na fé, como uma junção de instrumentos, que apesar da individualidade de cada um, elevam a Deus uma única grande sinfonia de intercessão, de agradecimento e de louvor. Obrigado.

Fonte: Site do Vaticano

28 de abril de 2012 at 20:27 1 comentário

PAPA BENTO XVI – AUDIÊNCIA GERAL – 25 de Abril de 2012

A Igreja, desde o início, se deparou com situações imprevistas, às quais procurou dar resposta à luz da fé, guiada pelo Espírito Santo. Assim, com o crescimento do número dos discípulos, os fiéis de língua grega começaram a queixar-se que as suas viúvas estavam sendo deixadas de lado. Os Apóstolos, embora cientes de que a prioridade da sua missão era o anúncio da Palavra de Deus, todavia não ignoravam a necessidade de dar assistência aos fracos, pobres e indefesos, segundo o mandato de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Por isso, foram escolhidos sete homens de boa fama para o serviço da caridade, ao passo que os Apóstolos se dedicariam inteiramente à oração e ao serviço da Palavra. Este exemplo nos ensina que, no meio das atividades de cada dia, não devemos perder de vista a prioridade da nossa relação com Deus na oração. Num mundo acostumado a avaliar tudo segundo os critérios da produtividade e eficiência, é importante lembrar que, sem a oração, a nossa atividade se esvazia, convertendo-se em puro ativismo, que nos deixa insatisfeitos. A oração deve ser para nós como que a respiração da alma e da vida.

Uma saudação cordial aos diversos grupos de brasileiros e demais peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente aos fiéis da Diocese de Serrinha acompanhados do seu Bispo, Dom Ottorino Assolari. No meio dos inúmeros afazeres diários, é justamente na oração, alimentada pela Palavra de Deus, que encontrareis novas luzes para vos guiar em cada momento e situação. E que Deus vos abençoe a vós e vossas famílias.

Fonte: Site do Vaticano

28 de abril de 2012 at 1:47 Deixe um comentário

O Maior Tesouro – Cantinho da Criança

27 de abril de 2012 at 8:08 Deixe um comentário

São José Operário – Oração de São Pio X

Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados;

De trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações;

De trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus;

De trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades;

De trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!

Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, oh! Patriarca São José!
 
Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém.

26 de abril de 2012 at 12:04 Deixe um comentário

Oração pelos povos – Japão

Mensagem do Papa Bento XVI  ao povo do Japão:

Rezo a fim de que este tempo de preparação( mensagem por ocasião do Tempo do Advento) possa constituir para vós, assim como para toda a Igreja que está no Japão, uma oportunidade para crescer na fé, na esperança e no amor, de tal maneira que o Príncipe da Paz possa verdadeiramente encontrar uma morada nos vossos corações. Enquanto confio todos vós e os vossos sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis leigos à intercessão de São Francisco Xavier e dos mártires do Japão, concedo-vos cordialmente a Bênção apostólica como penhor de júbilo e de paz no Senhor.

São Francisco Xavier, rogai por nós!

25 de abril de 2012 at 19:29 Deixe um comentário

São Marcos Evangelista – 25 de Abril


Celebramos com muita alegria a vida de santidade de um dos quatro Evangelistas: São Marcos. Era judeu de origem e de uma família tão cristã que sempre acolheu aos primeiros cristãos em sua casa: “Ele se orientou e dirigiu-se para a casa de Maria, mãe de João, chamado Marcos; estava lá uma numerosíssima assembléia a orar” (Atos 12,12).
A tradição nos leva a crer que na casa de São Marcos teria acontecido a Santa Ceia celebrada por Jesus, assim como dia de Pentecostes, onde “inaugurou” a Igreja Católica. Encontramos na Bíblia que o santo de hoje acompanhou inicialmente São Barnabé e São Paulo em viagens apostólicas, e depois São Pedro em Roma.

São Marcos na Igreja primitiva fez um lindo trabalho missionário, que não teve fim diante da prisão e morte dos amigos São Pedro e São Paulo. Por isso, evangelizou no poder do Espírito Alexandria, Egito e Chipre, lugar onde fundou comunidades. Ficou conhecido principalmente por ter sido agraciado com o carisma da inspiração e vivência comunitária, que deram origem ao Evangelho querigmático de Jesus Cristo segundo Marcos.

São Marcos, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

Da Liturgia Diária: Marcos vivia em Jerusalém e era discípulo fiel de Pedro. Escreveu o segundo evangelho, fruto do apanhado da pregação dos apóstolos e das obras realizadas por Jesus. Momento culminante do Evangelho de Marcos é a profissão de fé do centurião ao pé da cruz: De fato este era mesmo o Filho de Deus”.

25 de abril de 2012 at 1:28 Deixe um comentário

Eu sou o Bom Pastor – Quarto Domingo da Páscoa – São João 10, 11-18

11. Eu sou o bom pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas. 12. O mercenário, porém, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, quando vê que o lobo vem vindo, abandona as ovelhas e foge; o lobo rouba e dispersa as ovelhas. 13. O mercenário, porém, foge, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. 14. Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, 15. como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas. 16. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor. 17. O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. 18. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai.

Neste quarto Domingo de Páscoa, chamado do “Bom Pastor”, celebra-se em toda a Igreja Católica, o Dia das vocações sacerdotais e religiosas. A vocação sacerdotal é um chamado ao ministério pastoral, isto é, ao serviço do rebanho de Cristo.

Versículo 11:  “Eu sou o bom pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas”.

“Eu sou o bom pastor” (V.11a) – Deus é bom e cuida amorosamente de cada um de seus filhos; protege-nos de todo o mal e nunca se afasta de nós. Mas muitas vezes somos infiéis ao Senhor, pois tornamo-nos ovelhas dispersas que buscam outros caminhos fora d’Ele. Apesar disso, Deus continua fiel e nós somos sempre alvo do Seu olhar e do Seu cuidado paterno.  A Palavra diz: “Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que estás gravada na palma de minhas mãos, tenho sempre sob os olhos tuas muralhas”.(Is 49, 15-16)

“O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas” (V.11b) – Jesus deu a vida por nós, pelo perdão dos nossos pecados. O Beato João Paulo II disse: “O pastor oferece até a vida pelas ovelhas: Jesus realizou o projeto do amor divino, mediante a Sua morte na cruz. Ofereceu-se na cruz para remir o homem, cada homem individual, criado pelo amor para a eternidade do Amor”.

Jesus Cristo, o Bom Pastor, luta por nós contra o inimigo (mercenário) que está sempre à espreita para nos tirar do Seu redil e assim fazer perder a nossa alma. O Beato João Paulo II disse:  “O Bom Pastor, segundo as palavras de Cristo, é precisamente aquele que, vendo vir o lobo, não foge, mas está pronto a expor a própria vida, lutando com o ladrão a fim de que nenhuma das ovelhas se perca. Se não estivesse pronto a isto, não seria digno do nome de Bom Pastor. Seria mercenário, mas não Pastor”.

O rebanho do Bom Pastor é a sua Igreja. O Beato João Paulo II disse:  “A alegoria do Bom Pastor e, nela, a imagem do rebanho têm importância fundamental para se compreender o que é a Igreja e quais as missões que Ela tem de exercer na história do homem. A Igreja não só deve ser rebanho, mas deve realizar este mistério, que sempre se está a atuar entre Cristo e o homem: o mistério do Bom Pastor, que oferece a Sua vida pelas ovelhas”.

O Catecismo (754) ensina:“Assim a Igreja é o redil, cuja única e necessária porta é Cristo. E também o rebanho, do qual o próprio Deus predisse que seria o pastor e cujas ovelhas, ainda que governadas por pastores humanos, são contudo guiadas e alimentadas sem cessar pelo próprio Cristo, bom Pastor e Príncipe dos pastores , o qual deu a vida pelas suas ovelhas “.

Versículos 12 e 13: “O mercenário, porém, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, quando vê que o lobo vem vindo, abandona as ovelhas e foge; o lobo rouba e dispersa as ovelhas.  O mercenário, porém, foge, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas”.

Os mercenários convidam as ovelhas para seguirem-nos e as levam para fora do rebanho do Senhor, desviando-as do verdadeiro caminho: Jesus Cristo.  São Pedro diz em sua Carta: “Muitos os seguirão nas suas desordens e serão desse modo a causa de o caminho da verdade ser caluniado. Movidos por cobiça, eles vos hão de explorar por palavras cheias de astúcia. Há muito tempo a condenação os ameaça, e a sua ruína não dorme”. (II Pd 2,2-3)

O Beato João Paulo II disse: “Sabemos bem que no mundo há sempre mercenários que semeiam ódio, maldade, dúvida, perturbação das ideias e dos sentimentos. Jesus, pelo contrário, com a luz da Sua palavra divina e com a força da Sua presença sacramental e eclesial, forma a nossa mente, fortifica a vontade, purifica os sentimentos e assim defende e salva de tantas experiências dolorosas e dramáticas”.

O encargo de cuidar das ovelhas foi dado por Cristo aos seus apóstolos e sucessores. O Catecismo (553) ensina  que Jesus, o Bom Pastor (Jo 10,11), confirmou este encargo aos Apóstolos dizendo a eles “depois de sua Ressurreição: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,15-17).

Aos pastores da Igreja pertencem as ovelhas de Cristo. O Papa Bento XVI convida-nos nesse dia “a uma oração especial pelos Bispos — incluído o Bispo de Roma! — pelos párocos, por todos os que têm responsabilidades na guia do rebanho de Cristo, para que sejam fiéis e sábios no cumprimento do seu ministério. Em particular, rezemos pelas vocações ao sacerdócio neste Dia Mundial de Oração pelas Vocações, a fim de que nunca faltem trabalhadores válidos na messe do Senhor”.

São Bonifácio fez uma exortação aos pastores, pois foi um deles: “Estejamos firmes na luta no dia do Senhor, porque chegaram dias de aflição e miséria… Não sejamos observadores taciturnos, nem mercenários que fogem diante dos lobos! Pelo contrário, sejamos Pastores diligentes que velam sobre a grei de Cristo, que anunciam às pessoas importantes e às comuns, aos ricos e aos pobres, a vontade de Deus… oportuna e inoportunamente…”

Versículos 14 e 15: “Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas”.

O Bom Pastor nos conhece e nos chama pelo nome. A Palavra diz: “Dar-te-ei os tesouros enterrados e as riquezas escondidas, para mostrar-te que sou eu o Senhor, aquele que te chama pelo teu nome, o Deus de Israel. É por amor de meu servo, Jacó, e de Israel que escolhi, que te chamei pelo teu nome, com títulos de honra, se bem que não me conhecesses”. (Is 45, 3-4)

O Beato João Paulo II disse:  “O pastor conhece as suas ovelhas e as ovelhas conhecem-no a Ele: como é bonito e consolador sabermos que Jesus nos conhece um a um, que não somos anônimos para Ele, que o nosso nome — aquele nome que é combinado pelo amor dos pais e dos amigos —a Ele o conhece! Não somos massa, multidão, para Jesus”.

Santo Agostinho  também disse: “Acaso Aquele, que primeiro te procurou quando O desprezavas, em vez de O procurar, te desprezará, ó ovelha, se o tornas a procurar? Começa pois a procurá-lo a Ele, que primeiro te procurou a ti e te conduziu aos Seus ombros. Faz que se torne verdadeira a Sua palavra: As ovelhas que me pertencem ouvem a Minha voz e seguem-Me”.

Versículo 16:  “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor”.

As ovelhas dispersas – A missão da Igreja é pastorear as ovelhas dispersas é reconduzi-las ao aprisco do Senhor. Jesus Cristo, o Bom Pastor, quer que “todas” as ovelhas  repousem em verdes prados e sejam conduzidas  por Ele “junto às águas refrescantes”. (Sl 22, 2)

A Palavra diz:  “Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia. (Jo 6, 39)

O Beato João Paulo II ensinou: “Pedimos com ardor especial por todas as «outras ovelhas» que deve ainda Cristo conduzir à unidade do aprisco ( Jo. 10, 16). São talvez os que não conhecem ainda o Evangelho. Ou talvez os que, por qualquer motivo, o abandonaram; ou mesmo, talvez, ainda aqueles que se tornaram seus encarniçados adversários, os perseguidores. Tome Cristo sobre os Seus ombros e aperte a Si aqueles que, sozinhos, não são capazes de regressar”.

A Palavra diz que o Senhor “como um pastor, vai apascentar seu rebanho, reunir os animais dispersos, carregar os cordeiros nas dobras de seu manto, conduzir lentamente as ovelhas que amamentam”. (Is 40, 11)

Versículos 17 e 18:  “O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai”.

A missão de Jesus Cristo  está sempre unida a vontade do Pai.  O Catecismo (2825) ensina:  Jesus, “embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento” (Hb 5,8). Com maior razão, nós, criaturas e pecadores, que nos tornamos nele filhos adotivos, pedimos ao nosso Pai que una nossa vontade à de seu Filho para realizar sua Vontade, seu plano de salvação para a vida do mundo”.

“Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir”. (V. 18) O Papa Bento XVI disse que  “o Evangelho de são João, no décimo capítulo, descreve-nos as características peculiares da relação de Cristo Pastor com o seu rebanho, uma relação tão estreita que jamais alguém poderá raptar as ovelhas da sua mão. De fato, elas estão unidas por um vínculo de amor e de conhecimento recíproco, que lhes garante o dom incomensurável da vida eterna”.

“Tal é a ordem que recebi de meu Pai”. (V.18b) Jesus recebeu a ordem do Pai para pastorear  o Seu rebanho e a transferiu para a Igreja para que continue Sua missão aqui na terra. Os sacerdotes são os pastores de suas paróquias e devem conduzir com amor as ovelhas do Senhor.

O Beato João Paulo II orientou: “Na paróquia, o Sacerdote continua a missão e o encargo de Jesus; e por isso, deve apascentar o rebanho, deve ensinar, instruir, dar a graça, defender as almas do erro e do mal, consolar, ajudar, converter e sobretudo amar. Por isso, com toda a ansiedade do meu coração de Pastor da Igreja universal, vos digo: amai os vossos sacerdotes. Estimai-os, escutai-os, segui-os. Pedi todos os dias por eles. Não os deixeis sós nem no altar nem na vida quotidiana”.

Santo Inácio de Antioquia orientou os fieis para que estejam sob à autoridade dos seus  pastores (autoridades religiosas):  “Tende o cuidado de fazer tudo com a concórdia que é do agrado de Deus, sob a presidência do Bispo, que representa o próprio Deus; com os Presbíteros, que representam o colégio apostólico; e com os Diáconos, para mim caríssimos, aos quais foi confiado o serviço de Jesus Cristo”.

Como batizados somos também  chamados a ser pastores do rebanho de Cristo. O Beato João Paulo II disse assim: “Cada cristão, em virtude do Batismo, é chamado a ser ele próprio um «bom pastor» no ambiente em que vive”.

Concluímos essa reflexão com as palavras do Papa Bento XVI pedindo a Maria Santíssima, por mais vocações para a Igreja:
“Queridos irmãos e irmãs, fortalecidos pela alegria pascal e pela fé no Ressuscitado, confiemos os nossos propósitos e as nossas intenções à Virgem Maria, Mãe de todas as vocações, para que com a sua intercessão suscite e ampare numerosas e santas vocações ao serviço da Igreja e do mundo”.

Oremos:

Com o Salmo 22:  O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome.  Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.  Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça. A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Com a Oração Final da Santa Missa: “Velai com solicitude, Ó Bom Pastor, sobre o vosso rebanho e concedei que vivam nos prados eternos as ovelhas que remistes pelo sangue do vosso Filho. Que vive e reina para sempre.”

Com a Oração pelas Vocações: Senhor da messe e pastor do rebanho,  faz ressoar em nossos ouvidos o teu forte e suave convite:  “Vem e segue-me”! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria  para ver o caminho e generosidade para seguir a tua voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta as nossas comunidades para a missão. Ensina a nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa. Senhor, que o rebanho  não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade dos nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança  aos nossos seminaristas. Desperta o coração dos nossos jovens para o ministério pastoral na tua Igreja. Senhor da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço  do teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder “sim”. Amém.

Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo

23 de abril de 2012 at 19:40 Deixe um comentário

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