Archive for julho, 2011

Oração pelos povos – Bolívia

Mensagem do Beato João Paulo II ao povo da Bolívia:

Exorto-vos, pois, queridos filhos, a intensificardes a oração em família e a oração litúrgica em torno da Eucaristia: sejam elas a seiva que alimente toda a vossa vida individual e comunitária. E associai sempre a vossa oração perseverante e unânime a Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, que, sob a invocação de Nossa Senhora de Copacabana, é, junto do Senhor, advogada segura dos vossos bons desejos. De todo o coração vos abençoo, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Nossa Senhora de Copacabana, rogai por nós.

31 de julho de 2011 at 18:45 Deixe um comentário

Julho-Mês de Reflexão sobre o Dízimo

DÍZIMO, EXPRESSÃO DE AMOR

Acreditar na ação de Deus em nossas vidas, é reconhecer que somos filhos dele e que, se vivemos; é pela graça e pelo amor que ele tem por cada um de nós. Reconhecer a grandeza desse amor do Pai, é saber conviver com o próximo, fazendo o bem, vivendo a fraternidade diariamente, comungando o mesmo objetivo da realização do seu Reino.

É o amor de Deus que nos impulsiona a partilhar os nossos bens, integrando todo o ser humano a mais profunda grandeza e experiência de ação de graças: o DÍZIMO.

Viver o Dízimo, através da contribuição mensal, é saber agradecer a Deus e reconhecer o seu amor por cada um de seus filhos. Nós, cristãos, não pagamos o Dízimo porque não temos nada a comprar de Deus: Ele já nos dá tudo gratuitamente. Mas porque amamos, queremos partilhar colocando em comum o que, de direito, pertence a todos, porque pertence a Deus.

Estamos no ano novo, vida renovada pelo renascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo. Impulsionados pelo amor do pai vamos “arregaçar as nossas mangas” assumamos a nossa comunidade com responsabilidade, sejamos fieis a nossa fé. E como batizados façamos a nossa parte, pois só assim a comunidade atingirá aquela que é a sua meta prioritária: a evangelização de todos.

 PARTILHA SOLIDÁRIA QUE PROMOVE A PAZ

Atualmente o mundo vive em ampla campanha pela onda de globalização, liderada pelos países ricos. É de grande valor este caminho, desde que se parta do princípio que a globalização leve aos mais pobres a distribuição de renda, a paz e uma partilha solidária.

Na atual conjuntura a qual vive o mundo, em que poucos partilham os seus bens, os quais nos foram dado pela graça de Deus, devem os homens de bem proporcionar a paz promovendo a solidariedade. Criar a paz está nas mãos de cada cidadão que se abre ao diálogo, ao acolhimento, dizendo não a violência e partilhando com as pessoas mais necessitadas.

Neste mês de julho, em que a Igreja de Vitória celebra o mês do Dízimo, venho lembrar a cada cristão para que se coloquem no lugar do outro, e procuremos manifestar interesse pela nossa comunidade, vivendo a partilha e promovendo a paz através do Dízimo consciente.

 QUAL A DIFERENÇA ENTRE O QUE É DÍZIMO E O QUE É OFERTA?

DÍZIMO: é um compromisso mensal regular com a Igreja. É aquela parcela que todo o mês devolvemos a Deus através da comunidade, calculada sobre toda a renda MENSAL.

Quando entregue regularmente, possibilita a PARÓQUIA atender as DESPESAS MENSAIS das DIMENSÕES: Religiosa, Social e Missionária. ( Conforme publicado no informativo número139 de junho de 2006 – Dízimo e as suas dimensões).

Em (Malaquias 3,10), muito usado para justificar o Dízimo, diz: “PAGAI INTEGRALMENTE OS DÍZIMOS AO TEMPLO, PARA QUE HAJA ALIMENTO EM MINHA CASA…”

O Dízimo é um ato de fé e expressão forte de comunidade, é um gesto de partilha que vem do amor. Para ser dizimista consciente é preciso ter fé, justamente para que esse gesto vença o egoísmo e a ganância.

OFERTA: Parte daquilo que é meu, é algo que se dá além do Dízimo, Oferta é algo reservado durante a semana para oferecer no ofertório da missa ou celebrações da Palavra; são ofertas ocasionais, portanto essas ofertas não são Dízimo.

Para Refletir a Palavra:

Realizar o ofertório são atitudes do povo de Deus, conforme (Deut. 16, 10), “Celebre então a festa das semanas em honra a Javé seu Deus. A oferta espontânea que você fizer deverá ser proporcional ao modo como Deus tiver abençoado você”.

Em (Mc 14, 41-44), “Jesus estava sentado diante do templo e olhava a multidão que depositava moedas no tesouro…”

Pense nisso: através do DÍZIMO E DA OFERTA, devolvemos a Deus um pouquinho do muito que ELE nos dá a todo instante, é comprometer-se em continuar sua palavra e ação.

  21 RAZÕES PORQUE SOU DIZIMISTA

  1. Sou dizimista porque o dízimo é uma lei do Senhor. “Porás à parte o dízimo de todo fruto de tuas semeaduras, de tudo o que o teu campo produzir cada ano.” (Deut 14,22).

  2. Sou dizimista porque o dízimo é santo e pertence a Deus. “Todos os dízimos da terra, tomados das sementes do solo ou dos frutos das árvores, são propriedade do Senhor: é uma coisa consagrada ao Senhor. Se alguém quiser resgatar alguma coisa de seus dízimos, ajuntará uma quinta parte.” (Lev 27,30-32).

  3. Sou dizimista porque tudo vem das mãos de Deus “Quem sou eu, e quem é meu povo, para que possamos fazer-vos voluntariamente estas oferendas? Tudo vem de vós e não oferecemos senão o que temos recebido de vossa mão.” (I Cron 29,14

  4. Sou dizimista porque tudo pertence a Deus. “A prata e ouro me pertencem – oráculo do Senhor dos exércitos.” (Ag 2,8)

  5. Sou dizimista porque o dízimo é o segredo para estar em paz com Deus. “Honra ao Senhor com teus haveres, e com as primícias de todas as tuas colheitas: então, teus celeiros se abarrotarão de trigo, e teus lagares transbordarão de vinho.” (Prov 3,9-10)

  6. Sou dizimista porque dízimo torna participante da casa de Deus. “Comerás na presença do Senhor, teu Deus, no lugar que ele tiver escolhido para nele residir o seu nome, o dízimo de teu trigo, de teu vinho e de teu óleo, bem como os primogênitos de teu rebanho grande e miúdo, para que aprendas a temer o Senhor, teu Deus, para sempre.” (Deut 14,23)

  7. Sou dizimista porque meu salário não será pago em bolsa furada. “Semeais muito e recolheis pouco; comeis e não vos saciais; bebeis e não chegais a apagar a vossa sede; vestis, mas não vos aqueceis; e o operário guarda o seu salário em saco roto!” (Ag 1,6)

  8. Sou dizimista porque é errado não entregar o dízimo. “Pode o homem enganar o seu Deus? Por que procurais enganar-me? E ainda perguntais: Em que vos temos enganado? No pagamento dos dízimos e nas ofertas. Fostes atingidos pela maldição, e vós, nação inteira, procurais enganar-me.” (Mal 3,8-9)

  9. Sou dizimista porque amo a obra de Deus. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura…” (Mc 16,15)

10. Sou dizimista porque quero ser abençoado “… dai, e dar-se-vos-á. Colocar-vos-ão no regaço medida boa, cheia, recalcada e transbordante, porque, com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos vós também.” (Lc 6,38)

11. Sou dizimista porque Jesus ensinou sobre o valor do dízimo. “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante.” (Mt 23,23)

12. Sou dizimista porque não sou avarento. “Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições.” (ITm 6,10)

13. Sou dizimista porque meu tesouro está nos céus “Não ajunteis pra vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céus, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furam nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração.” (Mt 6,19-21)

14. Sou dizimista porque minha descendência não irá mendigar pão. “Fui jovem e já sou velho, mas jamais vi o junto abandonado, nem seus filhos a mendigar o pão.” (Sl 36,25)

15. Sou dizimista porque terei que prestar contas dos bens de Deus colocados em minhas mãos. “Ele chamou o administrador e lhe disse: que é que ouço dizer de ti? Presta conta da tua administração, pois já não poderás administrar meus bens.” (Lc 16,2)

16. Sou dizimista porque o dízimo não acabou com a vinda de Jesus. “Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, e traziam o preço do que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos. Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade.” (Atos 4,34-35)

17. Sou dizimista porque Deus ama quem dá com alegria. “Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria.” (2 Cor 9,7)

18. Sou dizimista porque foi Deus quem me deu a maior oferta. “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer para pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16)

19. Sou dizimista porque quero ter a consciência tranqüila. “…com fidelidade e boa consciência, que alguns desprezaram e naufragaram na fé.” (I Tm 1,19)

20. Sou dizimista porque sou agradecido a Deus pelas suas bênçãos. “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á. Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão?” (Mt 7,7-9)

21. Sou dizimista porque Deus supre a cada dia as minhas necessidades. “Em recompensa, o meu Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo.” (Flp 4,19)

 SEJA FIEL NO ATO DE DAR!

A FIDELIDADE É O TERMÔMETRO DO GRAU DE MATURIDADE DA VIDA ESPIRITUAL. E por quê? Ela é um reflexo da própria fidelidade de Deus. O ponto fundamental da fidelidade divina é o Seu amor infinito por cada um dos Seus filhos, entre eles você. Tudo quanto Ele declarou ser sua intenção fazer, jamais deixou de se cumprir. “Vossa verdade dura de geração em geração, tão estável como a terra que criastes” (Sl 119,90). Mesmo diante das infidelidades do Seu povo, manteve firme a Aliança selada primeiro no Sinai, e depois, confirmada no Calvário no Sangue precioso de Jesus Cristo.

Uma das áreas mais difíceis de praticar a fidelidade, é a financeira. Não basta compreender o valor do dízimo e das ofertas, também é necessário exercitá-lo e ser fiel por toda a vida, em todas as circunstâncias. Os bens colocados em suas mãos pertencem a Deus, daí: “o que se exige dos administradores é que sejam fiéis.” (1Cor 4,2)(Paróquia Santa Rita de Cássia).

30 de julho de 2011 at 22:43 1 comentário

Primeira Multiplicação dos Pães – Décimo Oitavo Domingo do Tempo Comum – Mateus 14, 13-21

Depois de ensinar sobre o Reino com diversas parábolas, Jesus foi para Nazaré, sua cidade, e lá soube que o tetrarca Herodes havia decapitado João Batista. Por causa dessa notícia o Senhor partiu dali numa barca e foi para um lugar deserto. O povo acompanhou Jesus a pé. Quando Jesus Cristo saiu da barca, viu a multidão que o seguia, compadeceu-se de todos e, curou os doentes. Já era tarde e os discípulos de Jesus estavam preocupados porque o povo que seguia Jesus para ouvi-lo falar, estava faminto e não havia alimento por perto para saciar a fome de tão grande multidão. Os discípulos então pediram a Jesus que despedisse todas as pessoas para que elas fossem até à aldeia para comprar alimento.  Ao que Jesus Cristo respondeu: “Não é necessário; dai-lhe vós mesmos de comer”. ( V.13-16)

Jesus se compadece da multidão – Embora sofrendo pela morte de João Batista, Jesus colocou seu olhar misericordioso sobre os doentes que estavam a esperar por Ele, para serem curados de seus males. Jesus Cristo cheio de compaixão olha por todos nós também hoje, porque somos continuamente tentados pelo inimigo (Satanás) que não quer que sejamos curados, libertos e salvos.

O Papa Bento XVI disse: “Também hoje o olhar compassivo de Cristo pousa incessantemente sobre os homens e os povos. Olha-os ciente de que o projeto divino prevê o seu chamamento à salvação. Jesus conhece as insídias que se levantam contra esse projeto, e tem compaixão das multidões: decide defendê-las dos lobos, mesmo à custa da sua própria vida. Com aquele olhar, Jesus abraça os indivíduos e as multidões e entrega-os todos ao Pai, oferecendo-Se a Si mesmo em sacrifício de expiação”.

Jesus disse aos seus discípulos: “… dai-lhe vós mesmos de comer”. ( V.16) –  O Beato João Paulo II explicou-nos: “O Evangelho destaca como o Redentor experimenta singular compaixão por aqueles que vivem em dificuldade; fala-lhes do Reino de Deus e cura os enfermos no corpo e no espírito. Depois diz aos discípulos: «Dai-lhes vós mesmos de comer». Mas eles reparam que só têm cinco pães e dois peixes.  Essa ordem de Jesus é também para nós hoje, como então os Apóstolos em Betsaída, dispomos de meios, sem dúvida, insuficientes para valer eficazmente a cerca de oitocentos milhões de pessoas famintas ou mal nutridas, que, às portas do ano 2000, lutam ainda pela sua sobrevivência. A terra está dotada dos recursos necessários para saciar a humanidade inteira”. E o Beato disse ainda que é preciso saber usar esses recursos naturais  “com inteligência, respeitando o ambiente e os ritmos da natureza, garantindo a equidade e a justiça nas trocas comerciais, e uma distribuição das riquezas que tenha em conta o dever da solidariedade”.

Achamos que Deus tem culpa pela fome que assola tantos países e tantos povos, mas Deus criou um mundo e o abastece dia e noite com a vida que brota da terra, da água e do ar para que tenhamos até mais que o necessário para saciar a nossa fome e sede física. Vejam o que a Palavra de Deus está nos ensinando nos versículos 20 e 21:  Jesus alimentou uma grande multidão (eram cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças) e todos ficaram fartos; e ainda sobraram doze cestos cheios. ( V. 20-21) Eis o que Jesus também está dizendo pra nós,  através  do Milagre da Multiplicação dos Pães: Deus é bom e poderoso pra não deixar faltar e, até sobrar comida para todos. Mas precisamos fazer a nossa parte, isto é, dar o pão e o peixe para serem multiplicados pelo Senhor. E isso podemos fazer de diversas maneiras: preservando a natureza; partilhando o que temos com os mais necessitados; mais políticas públicas de incentivo à area dos alimentos e, principalmente seguindo o mandamento do amor deixado por Jesus Cristo: amar nossos irmãos como a nós mesmos.

 Os primeiros cristãos nos deram um exemplo de partilha e solidariedade que podem servir de ensinamento para nossas vidas, segundo a nossa realidade hoje. A Palavra de Deus diz:  “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum. Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça.  Nem havia entre eles nenhum necessitado…” (At 4, 32-34)    E o Beato João Paulo II conclui: “Alguém poderia objetar que se trata de uma enorme e quimérica utopia. O ensinamento e a ação social da Igreja, porém, demonstram o contrário: sempre que os homens se convertem ao Evangelho, esse projeto de partilha e solidariedade torna-se uma estupenda realidade”.

Mas a maior fome que o homem e a mulher podem experimentar é a fome de Deus. Santo Agostinho ressalta que é necessário termos essa fome de Deus: “Nós devemos ter fome de Deus”. A humanidade tem fome de dignidade, da verdade, da justiça, da paz e do amor: esses e muitos outros bens, que vem de Deus. Essa fome só será saciada pelo próprio Jesus, o Pão da Vida, através da sua Palavra e da Eucaristia. Ao ser tentado no deserto por Satanás, Jesus respondeu: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4, 4)

Os discípulos responderam a Jesus: “…nós não temos aqui mais que cinco pães e dois peixes”. (V.17) _  Generosamente um jovem ofereceu cinco pães de cevada e dois peixes que ele possuía. O Beato João Paulo II disse: “Jesus aceitou esta pobre dádiva e, pelo seu poder divino, deu-lhe dimensões que o pequeno dador não podia imaginar. Jesus então disse aos discípulos: “Trazei-mos”. Continua nos explicando o Beato João Paulo II:  “Na realidade, Jesus queria provar-lhes a fé: Ele contava não com uma adequada disponibilidade de bens materiais, mas com a generosidade deles ao oferecerem o pouco que possuíam”.

O versículo 19 fala que Jesus mandou a multidão sentar-se na relva, em seguida tomou os cinco pães e dois peixes, elevou os olhos ao céu, abençoou, partiu os pães e deu aos seus discípulos para distribuírem à multidão. E o versículo 20 diz: “Todos comeram e ficaram fartos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram doze cestos cheios”. O Beato João Paulo II disse que “Jesus apresentava-se naquele momento como, mais do que Moisés, que no deserto tinha saciado o povo israelita durante o êxodo; apresentava-se como mais do que Eliseu, que com vinte pães de cevada e trigo novo tinha dado de comer a cem pessoas. Jesus manifestava-se; e hoje a nós manifesta-se como Aquele que é capaz de saciar para sempre a fome do nosso coração”. E cita a Palavra do Senhor: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome e o que acredita em mim jamais terá sede”. (Jo 6, 35). O milagre da multiplicação dos pães é o anúncio profético da Instituição da Eucaristia na Última Ceia.

Vejamos o que diz o Catecismo (1335): “O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor proferiu a bênção, partiu e distribuiu os pães a seus discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único pão de sua Eucaristia”. Jesus na última Ceia repete o gesto da Multiplicação dos Pães: “Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho…” (Mc 14,22) Desde então esse gesto é repetido todos os dias no mundo inteiro, a cada missa que é celebrada. Foi um pedido do Senhor Jesus: “…fazei isto em memória de mim”. (22, 19b) O Catecismo (1329) diz: “….este rito, próprio da refeição judaica, foi utilizado por Jesus quando abençoava e distribuía o pão como presidente da mesa, sobretudo por  ocasião da Última Ceia. É por este gesto que os discípulos o reconhecerão após a ressurreição, e é com esta expressão que os primeiros cristãos designarão suas assembleias eucarísticas”.

 “Todos comeram e ficaram fartos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram doze cestos cheios. Ora, os convivas foram aproximadamente cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças”. (V.20 e 21) –  O Pão Eucarístico é o milagre da multiplicação, pois Jesus é presença viva em cada fragmento da hóstia consagrada. O Catecismo (1377) ensina: “A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura também enquanto subsistirem as espécies eucarísticas. Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas, de maneira que a fração do pão não divide o Cristo”.

O Beato João Paulo II conclui: “Trata-se dum prodígio surpreendente, que constitui como que o início de um longo processo histórico: o constante multiplicar-se na Igreja do Pão da vida nova para os homens de toda a raça e cultura. Este ministério sacramental foi confiado aos Apóstolos e aos seus sucessores. E eles, fiéis à recomendação do divino Mestre, não cessam de partir e de distribuir o Pão eucarístico de geração em geração”.  O Pão da vida, o Pão descido do céu, que é o Senhor Jesus, é alimento e comunhão para a vida da Igreja. O Catecismo (1329) ensina: “Com isso querem dizer que todos os que comem do único pão partido, Cristo, entram em comunhão com ele e já não formam senão um só corpo nele”.

O Milagre – A cada dia deparamos com os milagres de Deus: a vida de cada ser desse universo, o ritmo da engrenagem dos corpos que estão no espaço e principalmente do corpo humano; a natureza que não cessa de fecundar; os pensamentos que brotam do cérebro humano a cada centésimo de segundo. Tudo isso é milagre de Deus. Portanto é muito simples para o Senhor Jesus, um só Deus com o Pai e o Espírito Santo, multiplicar pães e peixes, já que isso é feito por Deus todos os dias em nossa mesa: O pão nosso de cada dia nos dai hoje, Pai!

 Santo Agostinho disse: “Governar todo o mundo é maior maravilha do que saciar cinco mil homens com cinco pães. Todavia, ninguém se admira com aquilo, mas se enche de admiração por isto, não porque seja maior, mas porque não é frequente. Quem sustenta ainda hoje o universo inteiro, se não aquele que, a partir de poucas sementes, Multiplica as searas? Há aqui uma operação divina. A multiplicação de poucos grãos, de que resulta a produção das searas, é feita pelo mesmo que, nas suas mãos, multiplicou os cinco pães”.

Cabe à Igreja, através do ministro ordenado, a sagrada tarefa de abençoar, partir e distribuir aos seus fiéis o Pão da Eucaristia, Corpo e Sangue do Senhor Jesus. E também levar a todos o Pão da Palavra, que é o próprio Jesus, o Verbo de Deus encarnado. E é isso o que acontece a cada Celebração Eucarística.  E saciados com esse sagrado alimento do céu, os fiéis entram em comunhão com Cristo, formando um só corpo com Ele. E que todos possam assim repartir o pão e o peixe de sua mesa com o mais necessitados, os pequeninos de Deus. A Palavra diz: “Poderoso é Deus para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que, tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda espécie de boas obras. Como está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça subsiste para sempre”. (2 Cor 9, 8-9)

Foi intenção nossa ao criar o blog “ideeanunciai”, que ele multiplicasse o Pão da Palavra e desse uma humilde contribuição à nossa Igreja Católica para levar o Evangelho também aos internautas, juntamente com outros irmãos católicos que já fazem o mesmo. Padre Raniero Catalamessa disse assim sobre o blog em que ele escreve seus posts:  “No fundo, o que estamos fazendo neste momento também é uma multiplicação dos pães: o pão da Palavra de Deus. Eu parti o pão da palavra e a internet multiplicou minhas palavras, de forma que mais de “5 mil homens, sem contar as mulheres e crianças”, também neste momento, se alimentaram e ficaram saciados. Resta uma tarefa: recolher “os pedaços que sobraram”, fazer a Palavra chegar também a quem não participou do banquete. Converter-se em “repetidores” e testemunhas da mensagem”.

Oremos

Com os versículos 13 a 17, do Salmo desse dia (144): “Vosso reino é um reino eterno, e vosso império subsiste em todas as gerações. O Senhor é fiel em suas palavras, e santo em tudo o que faz. O Senhor sustém os que vacilam, e soergue os abatidos. Todos os olhos esperançosos se dirigem para vós, e a seu tempo vós os alimentais. Basta abrirdes as mãos, para saciardes com benevolência todos os viventes. O Senhor é justo em seus caminhos, e santo em tudo o que faz”.

Com a Liturgia: Ó Deus, vós nos saciais com o pão da Palavra e da Eucaristia. Concedei que não falte o pão do corpo à mesa dos vossos filhos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo

29 de julho de 2011 at 0:15 Deixe um comentário

Décimo Oitavo Domingo do Tempo Comum – Mateus 14, 13-21

 

13. A essa notícia, Jesus partiu dali numa barca para se retirar a um lugar deserto, mas o povo soube e a multidão das cidades o seguiu a pé.  

14. Quando desembarcou, vendo Jesus essa numerosa multidão, moveu-se de compaixão para ela e curou seus doentes.  

15. Caía a tarde. Agrupados em volta dele, os discípulos disseram-lhe: Este lugar é deserto e a hora é avançada. Despede esta gente para que vá comprar víveres na aldeia.  

16. Jesus, porém, respondeu: Não é necessário: dai-lhe vós mesmos de comer.  

17. Mas, disseram eles, nós não temos aqui mais que cinco pães e dois peixes. _  

18. Trazei-mos, disse-lhes ele.  

19. Mandou, então, a multidão assentar-se na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, elevando os olhos ao céu, abençoou-os. Partindo em seguida os pães, deu-os aos seus discípulos, que os distribuíram ao povo.  

20. Todos comeram e ficaram fartos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram doze cestos cheios.  

21. Ora, os convivas foram aproximadamente cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças. 

28 de julho de 2011 at 13:17 Deixe um comentário

Novena de Santa Marta

(Faz-se durante nove quinta-feiras. Acende-se uma vela).

Ó gloriosa Santa Marta, entrego-me confiante em vossas mãos, esperando o vosso amparo. Acolhei-me sob a vossa proteção, consolai-me nos meus sofrimentos. Em prova do meu afeto e devoção, ofereço-vos esta luz, que acenderei todas as terças-feiras desta novena.

Pela felicidade que tivestes em hospedar em vossa casa o Divino Salvador do mundo,consolai-me em minhas penas. Intercedei hoje por mim e por minha família, para que tenhamos o auxílio de Deus Todo-Poderoso nas dificuldades da nossa vida.

Suplico-vos, gloriosa santa, que em vossa grande bondade, me consigais especialmente a graça que ardentemente vos peço e que tanto preciso (faz-se o pedido).

Rogo-vos que me ajudeis a vencer todos os obstáculos que se apresentarem em meu caminho, com a mesma serenidade e fortaleza que vós tivestes ao transpassar o dragão que tendes aos vossos pés. Amém, Jesus.

(Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai).

28 de julho de 2011 at 13:15 Deixe um comentário

Sonhar com o Céu.

27 de julho de 2011 at 21:50 Deixe um comentário

Oração pelos povos – Polônia

Mensagem do Beato João Paulo II ao povo da Polônia por ocasião de sua  visita à pátria:

Conservo no meu coração o bem realizado durante estes dias da minha peregrinação e no qual pude participar. Agradecido por tudo, juntamente com toda a comunidade eclesial que está na Polônia, repito estas palavras diante de Cristo misericordioso: “Jesus, tenho confiança em ti!”. Esta confissão sincera proporcione alívio às futuras gerações do novo milênio. E Deus, rico em misericórdia, vos abençoe a todos! E para concluir, o que dizer? Sinto muito ter que partir!

 Nossa Senhora de Chestochowa, rogai por nós.

27 de julho de 2011 at 11:34 Deixe um comentário

São Joaquim e Santa Ana

Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant’Ana.

Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”.

Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant’Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora.

Sant’Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.

O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant’Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.

A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.

São Joaquim e Sant’Ana, rogai por nós!

(canção nova)

26 de julho de 2011 at 11:19 Deixe um comentário

Angelus do Papa Bento XVI

Angelus
Castel Gandolfo
Domingo, 24 de julho de 2011

Queridos irmãos e irmãs!

Hoje, na Liturgia, a Leitura do Antigo Testamento apresenta-nos a figura do Rei Salomão, filho e sucessor de Davi. Ela apresenta-o no início de seu reinado, quando era ainda muito jovem. Salomão herdou uma tarefa muito desafiadora, e a responsabilidade que carregava sobre seus ombros era grande para um jovem soberano. Em primeiro lugar, ele oferece a Deus um solene sacrifício – “mille olocausti“, diz a Bíblia. Então, o Senhor aparece-lhe em visão noturna e promete conceder-lhe aquilo que ele pedisse em oração. E aqui se vê a grandeza de alma de Salomão: ele não pede uma longa vida, nem riquezas, nem a eliminação dos inimigos; ao contrário, diz ao Senhor: “Dai, pois, ao vosso servo um coração dócil, capaz de julgar o vosso povo e discernir entre o bem e o mal” (1 Re 3,9). E o Senhor responde à sua oração, de tal forma que Salomão se torna célebre em todo o mundo pela sua sabedoria e os seus retos julgamentos.

Ele, portanto, rezou para que Deus lhe concedesse “um coração dócil”. O que significa essa expressão? Sabemos que o “coração”, na Bíblia, não indica somente uma parte do corpo, mas o centro da pessoa, a sede das suas intenções e dos seus juízos. Poderíamos dizer: a consciência. “Coração dócil”, portanto, significa uma consciência que sabe escutar, que é sensível à voz da verdade, e, por isso, é capaz de discernir o bem do mal. No caso de Salomão, o pedido é motivado pela responsabilidade de guiar uma nação, Israel, o povo que Deus escolheu para manifestar ao mundo o seu projeto de salvação. O rei de Israel, portanto, deve buscar estar sempre em sintonia com Deus, em atitude de escuta à Sua Palavra, para guiar o povo nos caminhos do Senhor, o caminho da justiça e da paz.

Mas o exemplo de Salomão vale para cada homem. Cada um de nós tem uma consciência para a qual ser, em certo sentido, “rei”, isto é, para exercitar a grande dignidade humana de agir segundo a reta consciência, fazendo o bem e evitando o mal. A consciência moral pressupõe a capacidade de escutar a voz da verdade, de ser dócil às suas indicações. As pessoas chamadas a tarefas de governo têm, naturalmente, uma responsabilidade a mais e, portanto – como ensina Salomão –, têm ainda mais necessidade do auxílio de Deus. Mas cada um tem a própria parte a fazer, na situação concreta em que se encontra. Uma mentalidade errada sugere-nos pedir a Deus coisas ou condições favoráveis; na realidade, a verdadeira qualidade da nossa vida e da vida social depende da reta consciência de cada um, da capacidade de cada um e de todos de reconhecer o bem, separando-o do mal, e de buscar pacientemente concretizá-lo.

Peçamos, por isso, o auxílio da Virgem Maria, Sede da Sabedoria. O seu “coração” é perfeitamente “dócil” à vontade do Senhor. Embora sendo uma pessoa humilde e simples, Maria é uma rainha aos olhos de Deus e, como tal, a veneramos. A Virgem Santa ajude também a nós a formarmos, com a graça de Deus, uma consciência sempre aberta à verdade e sensível à justiça, para servir o Reino de Deus.(canção nova)

25 de julho de 2011 at 11:51 Deixe um comentário

A paz que vem do Senhor!

A paz verdadeira

É a paz que não vem do mundo

Porque só o Senhor tem pra dar

É a paz que todos podem receber

Se em Jesus acreditar.

É a paz que nos faz sentir

Protegidos

Compreendidos

Amados

Justificados.

É a paz que vem

Da fidelidade

Da verdade

Do amor

É a paz de Cristo nosso Senhor

É a paz que vem do Salvador.

                                      Jane Amábile

25 de julho de 2011 at 11:32 Deixe um comentário

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