Archive for junho, 2024

Oração à Nossa Senhora da Paz

Ó Maria, Auxílio dos Cristãos,
recorremos a Vós em nossas necessidades
com olhos de amor, mãos livres
e corações ardentes,
Recorremos a Vós
para podermos ver o vosso Filho, nosso Senhor.
Levantamos as mãos para ter o Pão da Vida.
Abrimos de par em par os corações
para receber o Príncipe da Paz.
Mãe da Igreja, os vossos filhos e filhas
agradecem a vossa palavra de confiança
que ressoa ao longo dos séculos,
brotando duma alma vazia
que se viu cumulada de graça,
preparada por Deus para acolher a Palavra
oferecida ao mundo
para que o próprio mundo pudesse renascer.
Em Vós, amanheceu o Reino de Deus,
um reino de graça e paz, de amor e justiça,
que se levanta
das profundezas da Palavra feita carne.
A Igreja por todo o mundo une-se convosco
para louvar Aquele
cuja misericórdia se estende de geração em geração.

Ó Stella Maris,
luz do oceano e Senhora dos abismos,
guiai os povos da Oceânia
através de todo o mar tenebroso e revolto,
para que possam chegar ao porto da paz e da luz
preparado n’Aquele que acalmou as águas.
Protegei os vossos filhos de todo o mal,
porque as ondas são altas e estamos longe de casa.
À medida que nos aventuramos
pelos oceanos do mundo,
e atravessamos os desertos do nosso tempo,
mostrai-nos, ó Maria, o fruto do vosso ventre,
porque, sem o vosso Filho, estamos perdidos.
Pedi que nunca desfaleçamos na viagem da vida,
que, com o coração e a mente,
por palavras e obras,
nos dias de tempestade e nos de bonança,
sempre possamos olhar para Cristo e dizer:
« Quem é Este,
a quem até o vento e o mar obedecem? »

Nossa Senhora da Paz,
em quem toda a tempestade se acalma,
pedi, ao início do novo milénio,
que a Igreja na Oceânia
não cesse de mostrar a todos
o rosto glorioso do vosso Filho,
cheio de graça e verdade,
para que Deus reine
nos corações dos povos do Pacífico
e estes encontrem paz no Salvador do mundo.
Intercedei pela Igreja na Oceânia
para que tenha a força
de seguir fielmente o caminho de Jesus Cristo,
de proclamar corajosamente
a verdade de Jesus Cristo,
de viver jubilosamente a vida de Jesus Cristo.
Auxílio dos Cristãos, protegei-nos!
Luminosa Estrela do Mar, guiai-nos!
Nossa Senhora da Paz, rogai por nós!

Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 22 de Novembro do ano 2001, vigésimo quarto de Pontificado. 

 JOANNES PAULUS PP. II

21 de junho de 2024 at 5:40 Deixe um comentário

O Papa: a fé e a ciência podem se unir na caridade

Em sua audiência aos participantes da conferência “Buracos negros, ondas gravitacionais e singularidades espaço-temporais” em memória ao pe. George Lemaître, Francisco enfatizou a teoria do cosmólogo que diz que “a criação e o Big-Bang são duas realidades distintas” e que Deus “não pode ser um objeto facilmente categorizado pela razão humana”. “A fé e a ciência podem se unir na caridade se a ciência for colocada a serviço dos homens e mulheres de nosso tempo”, disse o Papa.

Mariangela Jaguraba – Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira (20/06), na Sala dos Papas, no Vaticano, os participantes da II Conferência do Observatório Astronômico Vaticano (Specola Vaticana) em memória de Georges Lemaître intitulada “Buracos negros, ondas gravitacionais e singularidades espaço-temporais”.

Francisco agradeceu e deu as boas-vindas aos cientistas que se reúnem em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma, para homenagear o pe. Georges Lemaître, sete anos depois do encontro anterior. “O valor científico do sacerdote e cosmólogo belga foi reconhecido pela União Astronômica Internacional, que decidiu que a conhecida lei de Hubble deveria ser chamada mais apropriadamente de lei de Hubble-Lemaître”, disse o Papa no início de seu discurso.

A Igreja promove pesquisas sobre o início do universo

“Nesses dias, vocês discutem as últimas questões colocadas pela pesquisa científica em cosmologia: os diferentes resultados obtidos na medição da constante de Hubble, a natureza enigmática das singularidades cosmológicas (do Big Bang aos buracos negros) e o tema muito atual das ondas gravitacionais”, sublinhou Francisco, recordando que “a Igreja está atenta a essas pesquisas e as promove, porque elas abalam a sensibilidade e a inteligência dos homens e das mulheres de nosso tempo”.

Um momento da audiência com os participantes da conferência do Observatório Vaticano

Um momento da audiência com os participantes da conferência do Observatório Vaticano

Georges Lemaître foi um sacerdote e cientista exemplar

O início do universo, a sua evolução última, a profunda estrutura do espaço e do tempo colocam os seres humanos perante uma busca frenética de sentido, num vasto cenário onde correm o risco de se perderem. Isto nos faz redescobrir a atualidade das palavras do salmista: «Quando contemplo o céu, obra de teus dedos, a lua e as estrelas que fixaste… O que é o homem, para dele te lembrares? O ser humano, para que o visites? Tu o fizeste pouco menos do que um deus, e o coroaste de glória e esplendor». Portanto, é claro que estes temas têm uma relevância particular para a Teologia, a Filosofia, a Ciência e também para a vida espiritual.

“Georges Lemaître foi um sacerdote e cientista exemplar. O seu percurso humano e espiritual representa um modelo de vida com o qual todos nós podemos aprender”, observou ainda Francisco.

Para atender aos desejos do pai, Georges Lemaître estudou engenharia. Depois, alistou-se na I Guerra Mundial e viveu seus horrores. Já adulto seguiu a sua vocação sacerdotal e científica.

Foto de grupo no final da audiência

Foto de grupo no final da audiência

Criação e o Big Bang são duas realidades distintas

“Inicialmente, ele acredita que as verdades científicas estão depositadas nas Sagradas Escrituras de forma velada. As suas experiências humanas e as consequentes elaborações espirituais o levam a compreender que a ciência e a fé seguem dois caminhos diferentes e paralelos, entre os quais não há conflito”, disse ainda o Papa, acrescentando:

Na verdade, esses caminhos podem se harmonizar, porque tanto a ciência quanto a fé, para quem crê, têm a mesma matriz na Verdade absoluta de Deus. O seu caminho de fé o leva à consciência de que a criação e o Big Bang são duas realidades distintas, e que o Deus em que ele acredita não pode ser um objeto facilmente categorizado pela razão humana, mas é o “Deus escondido”, que permanece sempre numa dimensão de mistério, não totalmente compreensível.

A fé e a ciência podem se unir na caridade

O Papa disse aos cientistas para continuarem “debatendo com um espírito justo e humilde os temas que estão discutindo. Que a liberdade e a falta de condicionamento que vocês estão experimentando nesta conferência os ajudem a progredir em seus campos em direção à Verdade, que é certamente uma emanação da Caridade de Deus”.

A fé e a ciência podem se unir na caridade se a ciência for colocada a serviço dos homens e mulheres de nosso tempo, e não distorcida em seu detrimento ou mesmo destruição. Eu os encorajo a ir para as periferias do conhecimento humano: é ali que podemos fazer experiência do Deus Amor, que satisfaz e sacia a sede do nosso coração.

Saudações aos cientistas presentes na conferência do Observatório Vaticano

Saudações aos cientistas presentes na conferência do Observatório Vaticano

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

21 de junho de 2024 at 5:38 Deixe um comentário

Consistório para a canonização de alguns beatos, dentre eles Carlos Acutis

O Papa presidirá no Palácio Apostólico a Hora Terceira e o Consistório público para a data de canonização, não só de Carlos Acutis, mas também de Manuel Ruiz Lopez e sete companheiros; dos leigos mártires Francisco, Mooti e Rafael Massabki; de Giuseppe Allamano, fundador dos Missionários da Consolata; de Marie-Leonie Paradis, fundadora das Pequenas Irmãs da Sagrada Família; de Elena Guerra, fundadora das Irmãs de Santa Zita.

Vatican News

Na segunda-feira, 1º de julho, às 9 horas, na Sala do Consistório do Palácio Apostólico Vaticano, o Papa Francisco presidirá a celebração da Hora Terceira e do Consistório Ordinário Público para a Canonização de alguns Beatos. O anúncio foi feito pelo Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

São eles Manuel Ruiz Lopez e sete companheiros, da Ordem dos Frades Menores, e Francisco, Mooti e Raphael Massabki, fiéis leigos, mártires; Giuseppe Allamano, sacerdote, fundador do Instituto dos Missionários da Consolata e das Irmãs Missionárias da Consolata; Marie-Leonie Paradis (nascida Virginie Alodie), fundadora da Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família; Helena Guerra, fundadora da Congregação das Oblatas do Espírito Santo, conhecidas como as “Irmãs de Santa Zita”; Carlos Acutis, o conhecido jovem leigo, considerado o “santo padroeiro da internet”, cuja devoção se difundiu em todo o mundo.

Francisco aprovou esses decretos em 23 de maio passado.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

20 de junho de 2024 at 5:48 Deixe um comentário

Dia Mundial do Refugiado: a busca por uma vida (melhor)

No Dia Mundial do Refugiado, somos lembrados da situação difícil de muitos dos nossos irmãos e irmãs em todo o mundo, que arriscam as suas vidas para procurar refúgio e muitas vezes encontram hostilidade.

Por Francesca Merlo

Todos os anos, milhares de refugiados abandonam as suas casas e realizam viagens perigosas em busca de segurança. Todos os anos, milhares de refugiados morrem no processo.

Estima-se que mais de 120 milhões de pessoas tenham sido deslocadas à força em todo o mundo, até maio de 2024, como resultado de perseguições, conflitos, violência e violações dos direitos humanos.

Danielle Vella, do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), entrevistou inúmeros deles, em busca de refúgio na Europa.

“Por que vocês foram embora?”, ela pergunta. “A viagem é tão perigosa”.

A resposta é mais ou menos sempre a mesma, ela diz: “Saí porque tive que sair”.

“Uma resposta, em particular, realmente me impressionou”, diz ela ao Vatican News: “Não para uma vida melhor… apenas para a vida”.

Esteja atento à voz dos refugiados

Ao assinalarmos o Dia Mundial do Refugiado, a 20 de junho, o apelo de Danielle Vella é que ouçamos e estejamos atentos a essa mensagem.

Estamos em 2024 e os números estão aumentando, “prevê-se que cheguem a cento e vinte milhões de refugiados este ano”, alerta Vella. Mas antes que a nossa atenção seja dominada por essa figura gigantesca, ela pergunta: “Vamos voltar à realidade de que cada um desses milhões é um ser humano, com uma história única que está esperando ser notada, e pela sua dignidade e sofrimento e sua esperança de serem respeitados”.

Um Papa que defende os direitos dos refugiados

Papa: ‘Acolher, promover, acompanhar e integrar’ refugiados.

A sua mensagem é semelhante àquela que ouvimos muitas vezes antes, de um dos maiores defensores mundiais dos direitos dos migrantes e refugiados: o Papa Francisco. Também este ano, durante a sua Audiência Geral na véspera do Dia Mundial dos Migrantes, o Santo Padre apelou aos refugiados em todo o mundo. Pediu que este Dia Mundial seja “uma oportunidade para dirigir um olhar atento e fraterno a todos aqueles que são obrigados a fugir das suas casas em busca de paz e segurança”.

Duas palavras deste apelo chamaram a atenção de Danielle Vella: “atenta e fraterna”.

Esteja atento e fraterno

“’Atenção’ porque o Dia Mundial do Refugiado é uma oportunidade para parar e pensar realmente nas pessoas que são obrigadas a abandonar tudo o que lhes é conhecido e familiar porque as circunstâncias lhes impossibilitam de fazer qualquer outra coisa”.

E ‘fraterno’, continua ela, porque “é nisso que acreditamos, certo?” Vella faz com que pareça tão óbvio: “se subscrevermos os ensinamentos católicos sobre justiça social, acreditamos que somos uma família humana, todos filhos de Deus, e que estamos obrigados pela solidariedade a ser realmente responsáveis ​​por todos”.

A rota assassina do Mediterrâneo

Ela recorda a visita do Papa Francisco à Lampedusa, ilha na Itália, há onze anos, durante a qual perguntou: “Onde está o seu irmão? Seu sangue clama por mim”.

Esta questão, observa Vella, “não é dirigida a outros. É uma pergunta dirigida a mim, a você, a todos nós”.

É uma questão que ele colocou num dos lugares mais significativos quando falamos de migrantes e refugiados. Lampedusa recebe inúmeros migrantes todos os anos quando estes percorrem as perigosas rotas através do Mar Mediterrâneo a partir do Norte de África…

…e as pessoas estão afogando-se aos milhares no Mar Mediterrâneo.

Devemos responsabilizar nossos governos

Em 2023, sabe-se que 3.105 pessoas perderam a vida ou desapareceram no Mediterrâneo enquanto tentavam atravessar para chegar à costa europeia.  “Acredito que precisamos fazer mais para responsabilizar os nossos governos pela sua parte nisto”. O problema, como salienta Vella, não reside apenas nas mortes de migrantes que tentam chegar à Europa. Os governos são responsáveis ​​ “por criminalizar os barcos de salvamento das ONG e por não permitir que desembarquem no mar as pessoas que resgatam; por parar as patrulhas marítimas que salvaram milhares de vidas; por atrasar fatalmente os barcos de resgate; e para fazer recuar os refugiados”.

Dito isto, Danielle Vella sublinha que não pretende, de forma alguma, subestimar as operações navais da UE que resgataram tantas pessoas ao longo dos anos.

Mas devolver os migrantes “não tem apenas a ver com os migrantes que se afogam no mar. Trata-se também de serem empurrados de volta para lugares onde enfrentam crueldade, trabalho forçado, tráfico… tortura”. Ela fala do acordo com a Líbia, que facilita o envio de refugiados para a Líbia, onde, todos sabemos que “enfrentam um tratamento horrível nos centros de detenção”.

Pare com a política do medo

Infelizmente, num mundo tão devastado pela guerra, o número de refugiados está destinado a aumentar. Neste Dia Mundial do Refugiado, devemos pensar no que todos nós podemos fazer. Danielle Vella diz que devemos acabar com o uso de estereótipos. A retórica desumanizante que demoniza os refugiados é muitas vezes vista do ponto de vista dos políticos e dos meios de comunicação social. Muitas vezes, diz Vella, “invalidam as suas razões para procurar proteção”. Ouvimos refugiados serem descritos como fardos ou ameaças violentas e tudo isto cria um ambiente e uma opinião pública hostis em relação aos refugiados. “É uma política de medo que na verdade nos deixa ainda mais temerosos”, alerta Vella.

Manifesto por Uma Humanidade Compartilhada

Para combater este golpe contra a humanidade, que Vella diz, “muitas vezes é a única coisa que mantém os refugiados em primeiro lugar”, o JRS, juntamente com a Caritas Internationalis, a União Internacional dos Superiores Gerais (UISG) e outras entidades, uniram forças para o lançamento para este Dia Mundial do Refugiado, um Manifesto por Uma Humanidade Compartilhada.

Vella explica que o objetivo deste manifesto é “encorajar todos a rejeitar atitudes prejudiciais dirigidas aos refugiados e promover espaços partilhados de pertença e encontro. Mesmo que a princípio seja um estranho, um refugiado pode tornar-se um amigo”.

Inspire-se em quem se importa

E, felizmente, os refugiados também têm amigos, estranhos que se colocam em perigo e vão contra a corrente para ajudar os refugiados a encontrar segurança e a integrar-se.

“Portanto, estejamos motivados”, conclui Danielle Vella. “Vamos inspirar-nos nestes atos que realmente resumem a regra de ouro de ‘fazer aos outros o que teríamos feito a nós mesmos’. Sejamos guiados por estes atos”. E “sejamos guiados pela esperança dos demais refugiados para construir comunidades justas e compassivas onde todos possam pertencer”.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

20 de junho de 2024 at 5:46 Deixe um comentário

Palavra do Dia

Quarta-feira, 11ª Semana do Tempo Comum

LEITURA DO DIA

Leitura do Segundo Livro dos Reis 

2,1.6-14

Quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu,
num redemoinho,
Elias e Eliseu partiram de Guilgal.

Tendo chegado a Jericó, Elias disse a Eliseu:
“Permanece aqui,
porque o Senhor me mandou até ao Jordão”.
E ele respondeu:
“Pela vida do Senhor e pela tua eu não te deixarei”.
E partiram os dois juntos.

Então, cinquenta dos filhos dos profetas os seguiram,
e ficaram parados, à parte, a certa distância,
enquanto eles dois chegaram à beira do Jordão.

Elias tomou então o seu manto,
enrolou-o e bateu com ele nas águas,
que se dividiram para os dois lados,
de modo que ambos passaram a pé enxuto.

Depois que passaram, Elias disse a Eliseu:
“Pede o que queres que eu te faça
antes de ser arrebatado da tua presença”.
Eliseu disse:
“Que me seja dada uma dupla porção do teu espírito”.

Elias respondeu: 

“Tu pedes uma coisa muito difícil.
Se me vires quando me arrebatarem da tua presença,
isso te será concedido;
caso contrário, isso não te será dado”.

E aconteceu que, enquanto andavam e conversavam,
um carro de fogo e cavalos de fogo
os separaram um do outro,
e Elias subiu ao céu num redemoinho.

Eliseu o via e gritava:
“Meu pai, meu pai, 

carro de Israel e seu condutor!”
Depois, não o viu mais.
E, tomando as vestes dele, rasgou-as em duas.

Em seguida, apanhou o manto
que Elias tinha deixado cair
e, voltando sobre seus passos,
estacou à margem do Jordão.

Tomou então o manto de Elias
e bateu com ele nas águas dizendo:
“Onde está agora o Deus de Elias?”
E bateu nas águas,
que se dividiram, para os dois lados,
e Eliseu atravessou o rio.

EVANGELHO DO DIA

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

6,1-6.16-18

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

“Ficai atentos
para não praticar a vossa justiça na frente dos homens,
só para serdes vistos por eles.
Caso contrário, não recebereis a recompensa
do vosso Pai que está nos céus.

Por isso, quando deres esmola,
não toques a trombeta diante de ti,
como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas,
para serem elogiados pelos homens.
Em verdade vos digo:
eles já receberam a sua recompensa.

Ao contrário, quando deres esmola,

que a tua mão esquerda não saiba
o que faz a tua mão direita,

de modo que, a tua esmola fique oculta.
E o teu Pai, que vê o que está oculto,
te dará a recompensa.

Quando orardes,
não sejais como os hipócritas,
que gostam de rezar em pé,
nas sinagogas e nas esquinas das praças,
para serem vistos pelos homens.
Em verdade vos digo,
eles já receberam a sua recompensa.

Ao contrário, quando tu orares,
entra no teu quarto, fecha a porta,
e reza ao teu Pai que está oculto.
E o teu Pai, que vê o que está escondido,
te dará a recompensa.

Quando jejuardes,
não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas.
Eles desfiguram o rosto,
para que os homens vejam que estão jejuando.
Em verdade vos digo,
eles já receberam a sua recompensa.

Tu, porém, quando jejuares,
perfuma a cabeça e lava o rosto,

para que os homens não vejam
que tu estás jejuando,
mas somente teu Pai, que está oculto.
E o teu Pai, que vê o que está escondido,
te dará a recompensa”.

PALAVRAS DO SANTO PADRE

Quando rezas, entra no silêncio do teu quarto, retira-te do mundo e dirige-te a Deus chamando-o “Pai!”. Jesus quer que os seus discípulos não sejam como os hipócritas que rezam permanecendo de pé nas praças, para ser admirados pelo povo (cf. Mt 6, 5). Jesus não quer hipocrisia. A verdadeira oração é aquela que se faz no segredo da consciência, do coração: insondável, visível unicamente a Deus. Eu e Deus! Ela evita a falsidade: com Deus, é impossível fingir. É impossível, diante de Deus não há estratagema que possa funcionar, Deus conhece-nos assim, nus na consciência, e não se pode fingir. […] Fitar Deus e deixar-se olhar por Deus: isto é rezar. (Audiência Geral de 13 de fevereiro de 2019)

Fonte: Vaticano

19 de junho de 2024 at 5:53 Deixe um comentário

Papa: os Salmos nos conduzem à felicidade e nos preparam para o Jubileu

Na Praça São Pedro, Francisco prosseguiu seu ciclo de catequeses sobre o Espírito Santo e recordou que a Igreja vive o Ano da Oração em preparação ao Jubileu de 2025, aconselhando a meditação do Livro dos Salmos.

Vatican News

Os Salmos e o Espírito Santo foram o tema da catequese do Papa na Audiência Geral de hoje, realizada na Praça São Pedro.

Francisco definiu este livro do Antigo Testamento como uma “sinfonia de oração”, cujo compositor é o Espírito Santo. E citou as edições que contêm o Novo Testamento e os Salmos juntos, revelando que mantém em sua escrivaninha um desses volumes em ucraniano, que pertenceu a um soldado que morreu na guerra: “E ele rezava na frente de combate com este livro”.

Como em toda sinfonia, nela existem vários “movimentos”, ou seja, vários tipos de oração: louvor, ação de graças, súplica, lamento, narração, reflexão de sabedoria e outros, tanto na forma pessoal quanto comunitária.

Alguns salmos refletem, por vezes, uma situação histórica e uma mentalidade religiosa que já não são as nossas. Mas vale lembrar que foram a oração de Jesus, de Maria, dos Apóstolos e de todas as gerações cristãs que nos precederam. É um elemento fixo na celebração da Missa e na Liturgia das Horas. 

“Eu me pergunto: vocês rezam com os salmos algumas vezes? Peguem a Bíblia ou o Novo Testamento e rezem um salmo. Por exemplo, quando estão um pouco tristes por terem pecado, rezam o salmo 50? Existem muitos salmos que nos ajudam a ir em frente. Criem o hábito de rezar com os salmos. Eu lhes garanto que, no final, ficarão felizes.”

Mas não podemos viver apenas da herança do passado, afirmou o Pontífice. É necessário fazer dos salmos a nossa oração, como se fôssemos nós os “autores”. Se existem versículos que falam ao nosso coração, recomendou o Papa, é bom repeti-los e rezar durante o dia, pois são válidos para todos os momentos e aumentam a sua eficácia com a constância.

De fato, não há estado de espírito ou necessidade que não encontre neles as melhores palavras para transformá-los em oração. Culpa, medo e angústia se transformam em prece. Podemos repetir com David, por exemplo: “Tem piedade de mim, ó Deus, pela tua misericórdia, segundo a tua grande compaixão” (Sl 51,3). Ou “O Senhor é meu pastor […]. Mesmo que eu ande por vales tenebrosos, não temerei mal algum” (Sl 23,1,4).

E mais: os salmos enriquecem a nossa oração, pois não está centrada em nós mesmos, pois com eles podemos expressar louvor, bênção, ação de graças, envolvendo também a criação.

“Irmãos e irmãs, o Espírito Santo, que deu à Igreja Noiva as palavras para rezar ao seu divino Esposo, nos ajude a fazê-las ressoar na Igreja de hoje e a fazer deste ano preparatório para o Jubileu uma sinfonia de oração”, concluiu o Pontífice.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

19 de junho de 2024 at 5:51 Deixe um comentário

São Gregório Barbarigo, Bispo de Pádua e Cardeal

18 junho – Gregório passou cedo por sofrimentos, quando, com apenas dois anos, perdeu sua mãe por causa da peste. Seu pai, senador da República de Veneza, – onde o futuro santo nasceu em 1625 – o enviou, em 1643, com o embaixador veneziano, Alvise Contarini, a Münster, Alemanha, onde estava em andamento o plano de Paz Westfália, que colocaria um ponto final na sangrenta Guerra dos Trinta Anos. Ali, deu-se um acontecimento decisivo para a vida do jovem Gregório: o encontro com o Cardeal Fábio Chigi, futuro Papa Alexandre VII.
Ao terminar seus estudos em Pádua, com 30 anos, Gregório tornou-se sacerdote. Alexandre VII convocou-o a Roma e, com o surto da peste, confiou-lhe a coordenação da assistência aos doentes, cujo encargo assumiu e realizou com muito amor e dedicação.

Bispo e Pastor como São Carlos Borromeu

A confiança que o Papa Alexandre VII mantinha em Gregório, foi reconfirmada com a sua nomeação, em 1657, como guia da diocese de Bergamo. Após alguns anos, em 1664, foi-lhe confiada também a diocese de Pádua. Seu “estilo” de vida, em ambos os casos, era inspirado em São Carlos Borromeu, que, para ele, foi um modelo: antes de tudo, Gregório vendeu todos os seus bens para ajudar os pobres.
Gregório Barbarigo visitou cada uma das paróquias das suas dioceses: prestou assistência aos moribundos; difundiu a imprensa católica entre o povo; hospedava-se nas casas dos pobres. Durante o dia, ensinava catecismo às crianças e, à noite, se dedicava à oração. Em seu coração, a formação dos sacerdotes ocupava uma posição central, com a qual se comprometia, profundamente, no Seminário de Pádua, considerado um dos melhores da Europa.

Em Roma, compromisso com as Igrejas Orientais

Outro aspecto importante da missão de São Gregório Barbarigo foi a reunificação com as Igrejas Orientais.
Após seu ministério episcopal em Bergamo e antes de começar sua missão em Pádua, Gregório quis passar mais um tempo em Roma.
Em 1658, foi criado Cardeal pelo Papa Alexandre VII. Naqueles anos, participou de vários Conclaves e Inocêncio XI o escolheu como Conselheiro. Assim, Gregório trabalhou para a reunificação com as Igrejas Orientais. Era muito estimado pelos Papas e amado pelo povo.
São Gregório Barbarigo faleceu em Pádua, em 1697, e foi beatificado em 1761. Sua santificação deu-se em 1960, pelo Papa João XXIII, natural da província de Bergamo, que, anos antes, foi um dos signatários em seu processo de Canonização.

Fonte: Vaticano

18 de junho de 2024 at 5:46 Deixe um comentário

Os mistérios de Cristo unidos um ao outro

“Cada mistério da vida de Cristo é interligado um ao outro, tendo o Mistério Pascal como vínculo e eixo de todos os outros, dando-lhes um sentido novo e rico de significado. O Domingo, Dia do Senhor, é o eco perpetuado da Páscoa, o canto prolongado, durante o ano litúrgico, do Aleluia Pascal”.

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

Os mistérios da vida de Jesus Cristo indicam todos os acontecimentos de sua vida, incluindo os da sua Infância e a sua glorificação – Ressurreição e Ascensão -, testemunhados no Novo Testamento. Uma teologia dos mistérios da vida de Jesus Cristo é, portanto, uma cristologia concreta que reflete sobre os acontecimentos da vida de Jesus testemunhados na Bíblia, procurando destacar deles, de forma argumentativa e narrativa, o significado permanente para a salvação e a vida do cristão e para a salvação de todos os homens.

“Os mistérios de Cristo unidos um ao outro” é o tema da reflexão de hoje do Pe. Gerson Schmidt*:

“Santo Tomás de Aquino diz que o mistério “atingepresencialmente todos os lugares e todos os tempos” – presencialiter attingit omnia et tempora. Isso permite de todos nós sermos contemporâneos do evento que se celebra, ou seja, vivenciarmos o mistério como atual, integrando-o no hoje de nosso tempo e de nossa vida. É o Mistério presente em todo o tempo, em cada momento pontual da história. Por isso diz a SC, 102:

“(A Igreja) Distribui todo o mistério de Cristo pelo correr do ano, da Encarnação e Nascimento à Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor. Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas das obras e merecimentos do seu Senhor, a ponto de os tornar como que presentes a todo o tempo, para que os fiéis, em contato com eles, se encham de graça.”

Jesus não veio para fazer turismo na terra e fazer simplesmente uma visitinha ao ser humano. Encarnou-se para morrer; morre para ressuscitar. Ressuscita para ascender ao céu e para, de lá, enviar o Espírito de Amor. Cada mistério da vida de Cristo é interligado um ao outro, tendo o Mistério Pascal como vínculo e eixo de todos os outros, dando-lhes um sentido novo e rico de significado. O Domingo, Dia do Senhor, é o eco perpetuado da Páscoa, o canto prolongado, durante o ano litúrgico, do Aleluia Pascal.

LEIA TAMBÉM

O Mistério da Salvação que perpassa a história

10/06/2024

O Mistério da Salvação que perpassa a história

Nos cadernos do Concílio ainda se aponta que “o mistério Pascal, centro e fundamento do ano litúrgico, sintetiza toda a história da salvação: a que precede a Encarnação e a que vem depois da Ascensão até a vinda definitiva de Cristo. Os mistérios da vida de Jesus não são independentes uns dos outros, mas estão unidos pelo Mistério Pascal que os vincula: assim, por exemplo, o nascimento do Senhor recebe dele e o seu significado salvífico; a Encarnação do Filho de Deus refere-se à Paixão e à Redenção. Todos os mistérios e todos os acontecimentos da vida de Jesus, evocados ao longo do ano litúrgico, recebem pleno significado a partir da Páscoa”[1].

Alberto Beckäuser, da Ordem dos Frades Menores, teólogo especialista em liturgia pela faculdade de Santo Anselmo de Roma, comentando o sentido do ano litúrgico da

Sacrosanctum Concilium número 102, escreve assim: “na experiência Pascal do tempo, a Igreja celebra com piedosa recordação a Obra Salvífica de seu divino Esposo. Primeiramente, da experiência do tempo lunar, que forma as semanas nesta experiência semanal do tempo semanal da Páscoa, o Dia do Senhor, o domingo. A primeira expressão do ano litúrgico é o domingo, a soma de todos os domingos do ano. E celebra a Obra da Salvação também solenemente na solenidade máxima da Páscoa, juntamente com sua sagrada Paixão. Temos então a celebração semanal da Páscoa, o Domingo, e a celebração manual da Páscoa, o tríduo Pascal. Mas, no decorrer do ano a Igreja revela e vive comemorando-o, todo o mistério de Cristo, desde a Encarnação e Natividade até a Ascensão, o dia de Pentecostes e a expectação da feliz esperança e vinda do Senhor. O último parágrafo deste número (referindo-se ao número 102 da SC) reconhece a sacramentalidade do ano litúrgico. A celebração dos mistérios de Cristo durante o ano apresenta uma eficácia da Graça: “Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas das obras e merecimentos de seu Senhor, a ponto de os tornar como que presentes a todo tempo, para que os fiéis sejam postos em contato com eles, e sejam repletos da Graça da salvação”. Temos aqui caracterizada a espiritualidade do ano litúrgico”[2]. O teólogo liturgista destaca aqui a importância da solenidade máxima da Páscoa e do Tríduo Pascal que a prepara, do Domingo, e de todo o mistério de Cristo, desde sua encarnação até sua Vinda Gloriosa, interligados entre si.

Interessante que na edição anterior brasileira do Missal Romano, após a oração do Pai-Nosso na Liturgia, a oração do sacerdote rezava “enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador”. Beckäuser no comentário acima fala da “expectação da feliz esperança e vinda do Senhor”, termo tirado e citado na Sacrosanctum Concilium. Pois, a nova fórmula da Terceira Edição do Missal Romano no Brasil reza com esse adjetivo “feliz esperança”, quando formula assim a nova oração sacerdotal: “Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda do Nosso Salvador, Jesus Cristo”. A nova fórmula é significativa porque nossa esperança da segunda Vinda e vinda definitiva do Salvador não é triste, angustiante e desesperadora. Mas é alegre, tal como celebramos todas as liturgias dominicais, atualizando a alegria pelo vencedor da morte e que pela sua presença atual contagia nossas liturgias. Os liturgistas do Brasil propuseram que a oração do sacerdote após a oração do Pai-Nosso repita as mesmas palavras da Sacrosanctum Concilium – feliz esperança e Vinda do Nosso Salvador.”

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.
_______________

[1] BECKÄUSER, Alberto. Sacrosanctum Concilium – Texto e Comentário, Paulinas, 2012, p. 125-126.
[2] Cadernos do Concílio, Jubileu 2025, n.13. Os tempos fortes do Ano Litúrgico, Edições CNBB, p. 52.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

18 de junho de 2024 at 5:41 Deixe um comentário

Evangelho de 17 de junho

Dom Mário Spaki comenta o Evangelho de Mateus 5,38-42

Jesus ensinava a seus discípulos: na Lei antiga foi dito, olho por olho e dente por dente! Eu, porém, vos digo: não enfrenteis quem é malvado!

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

Jesus ensina a não revidar o mal. O princípio arcaico olho por olho, dente por dente ainda é muito presente na sociedade e Jesus já o havia superado dois mil anos atrás. Não se pode ser cristão autêntico e nutrir internamente o desejo de vingança. Alguém lhe dá luz alta na rodovia? Você não faça o mesmo! Alguém o trata com desdém? Você não aja da mesma forma, pois não enfrenta quem é malvado.  Sinceramente, a vingança pertence ao diabo.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

17 de junho de 2024 at 5:35 Deixe um comentário

O Papa: Deus cuida de nós com a confiança de um Pai, e espera de nós boas obras

O Senhor coloca em nós as sementes de sua Palavra e de sua graça, sementes boas e abundantes, e depois, sem nunca deixar de nos acompanhar, espera pacientemente. Ele continua a cuidar de nós, com a confiança de um Pai, mas nos dá tempo, para que as sementes se abram, cresçam e se desenvolvam para dar frutos de boas obras: disse Francisco na oração mariana do Angelus deste XI Domingo do Tempo Comum

Raimundo de Lima – Vatican News

Saber esperar com confiança! Foi a exortação do Santo Padre na alocução que precedeu a oração do Angelus ao meio-dia deste domingo (16/06), com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

Francisco deteve-se sobre o Evangelho deste XI Domingo do Tempo Comum, que nos fala do Reino de Deus por meio da imagem da semente, usada várias vezes por Jesus e nos convida a refletir particularmente sobre uma atitude importante – destacou o Pontífice: a espera confiante.

Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Francisco (Vatican Midia)

Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Francisco (Vatican Midia)

Saber esperar com confiança

De fato, na semeadura, por mais que o agricultor espalhe ótima e abundante semente, e por melhor que prepare o solo, as plantas não brotam imediatamente: leva tempo! Por isso, é necessário que, após a semeadura, ele saiba esperar com confiança, para permitir que as sementes se abram no momento certo e os brotos brotem do solo e cresçam, fortes o suficiente para garantir, no final, uma colheita abundante.

Sob a terra, o milagre já está acontecendo, há um grande desenvolvimento, mas é invisível, é preciso paciência e, enquanto isso, é necessário continuar cuidando dos torrões, regando-os e mantendo-os limpos, apesar do fato de que, na superfície, nada parece estar acontecendo, ressaltou o Papa, explicando que o Reino de Deus também é assim.

O Senhor quer que todos nós possamos crescer

LEIA TAMBÉM

Papa faz apelo por RD Congo, Ucrânia, Terra Santa, Mianmar, Sudão e lembra beato Rapacz

16/06/2024

Papa faz apelo por RD Congo, Ucrânia, Terra Santa, Mianmar, Sudão e lembra beato Rapacz

O Senhor coloca em nós as sementes de sua Palavra e de sua graça, sementes boas e abundantes, e depois, sem nunca deixar de nos acompanhar, espera pacientemente. Ele continua a cuidar de nós, com a confiança de um Pai, mas nos dá tempo, para que as sementes se abram, cresçam e se desenvolvam para dar frutos de boas obras. E isso porque não quer que nada se perca em seu campo, que tudo atinja a plena maturidade; quer que todos nós possamos crescer como espigas cheias de grãos.

Francisco observou que ao fazer isso, o Senhor nos dá um exemplo: também nos ensina a semear com confiança o Evangelho onde quer que estejamos e depois esperar que a semente lançada cresça e dê frutos em nós e nos outros, sem desanimar e sem deixar de apoiar e ajudar uns aos outros, mesmo quando, apesar de nossos esforços, nos parece não ver resultados imediatos. “Na verdade – prosseguiu o Pontífice -, muitas vezes, mesmo entre nós, além das aparências, o milagre já está em andamento e, no devido tempo, produzirá frutos abundantes”!

Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Francisco (Vatican News)

Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Francisco (Vatican News)

Sejamos semeadores generosos e confiantes do Evangelho

Concluindo, o Santo Padre propôs algumas interpelações para nossa reflexão pessoal:

Deixo semear em mim a Palavra? Semeio com confiança a Palavra de Deus nos ambientes em que vivo? Sou paciente na espera ou fico desanimado porque não vejo os resultados imediatamente? E sou capaz de confiar tudo serenamente ao Senhor, enquanto faço o melhor que posso para proclamar o Evangelho?”

Por fim, confiou à Virgem Maria, que acolheu e fez crescer dentro de si a semente da Palavra, que nos ajude a sermos semeadores generosos e confiantes do Evangelho.

Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Francisco (Vatican News)

Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Francisco (Vatican News)

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

17 de junho de 2024 at 5:33 Deixe um comentário

Older Posts


Arquivos

ADMINISTRADORA DO BLOG:

Jane Amábile

Digite seu endereço de email para acompanhar esse blog e receber notificações de novos posts por email.

Junte-se a 379 outros assinantes

Categorias