E Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. – Décimo Primeiro Domingo do Tempo Comum – São Lucas 7, 36-50 –

10 de junho de 2013 at 11:29 1 comentário

 

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36. Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa.
 
37. Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume;
 
38. e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume.
 
39. Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora.
 
40. Então Jesus lhe disse: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre, disse ele.
 
41. Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinqüenta.
 
42. Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais?
 
43. Simão respondeu: A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou. Jesus replicou-lhe: Julgaste bem.
 
44. E voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos.
 
45. Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés.
 
46. Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés.
 
47. Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama.
 
48. E disse a ela: Perdoados te são os pecados.
 
49. Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: Quem é este homem que até perdoa pecados?
 
50. Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: Tua fé te salvou; vai em paz.
 
 
 
Iniciemos essa reflexão com os comentários da Liturgia: “A Eucaristia é o memorial do amor de Deus, que a todos estende seu perdão e a todos acolhe. Dispostos a deixar Cristo viver em nós, celebremos em comunhão com aqueles que são discriminados por motivos diversos e rezemos por todos os sofredores de nossa comunidade.”
 

Versículo 36-37: “Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa. Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume”;

 
Padre Luís Cláudio Fillion:  “De repente, uma mulher, bem conhecida na cidade por seus pecados, entrou na sala do banquete com um vaso alabastro cheio de precioso perfume. Os costumes ou usos austeros do Ocidente fazem-nos julgar estranho, à primeira vista, urna atitude cheia de liberdade; mas está muito de acordo com os usos mais familiares do Oriente. A pecadora reconheceu por isto o lugar do Salvador. E, colocando-se atrás dele, se pôs a lavar seus pés com suas lágrimas e a enxugá-los com seus cabelos; logo os beijou e os ungiu com o perfume”.
 
O Papa Emérito Bento XVI disse: “Simão, fariseu e rico “importante” da cidade, organiza em sua casa um banquete em honra de Jesus. Inesperadamente do fundo da sala entra uma hóspede não convidada nem prevista:  uma mulher prostituta. Compreensível o embaraço dos presentes, do qual contudo a mulher não se preocupa. Ela avança e, de modo bastante furtivo, pára aos pés de Jesus”.
 
O Padre Raniero Cantalamessa explicou: “Abre-se com uma cena calada; não há palavras, mas somente gestos silenciosos: entra uma mulher com um frasco de óleo perfumado; ela se ajoelha aos pés de Jesus, os lava com lágrimas, os seca com seus cabelos e, beijando-os, os unge com perfume. Trata-se quase com certeza de uma prostituta, porque isso significava então o termo «pecadora» referido a uma mulher”.
 

Versículo 38: “e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume”.

 
São Gregório de Nissa disse: “Dando a conhecer quanta era sua indignidade, estava por detrás ocultando-se das luzes e abraçando os pés que cobria com seus cabelos, regava-os por sua vez com suas lágrimas, manifestando assim a tristeza de sua alma, e implorando o perdão”.
 
O Papa Emérito Bento XVI disse assim:  “Compreensível o embaraço dos presentes, do qual contudo a mulher não se preocupa. Ela avança e, de modo bastante furtivo, para aos pés de Jesus… Molha com as lágrimas os pés de Jesus, enxuga-os com os cabelos, beija-os e unge-os com um perfume suave. Fazendo assim a pecadora pretende expressar o afeto e o reconhecimento que sente pelo Senhor com gestos que lhe são familiares, mesmo se socialmente censurados”.
 
São Gregório Nazianzeno  ensinou: “Como esta mulher conhecia as manchas de sua má vida, correu a lavá-las na fonte da misericórdia, sem envergonhar-se de que estavam presentes os convidados: pois como se envergonhava muito interiormente, julgou como se fosse nada o rubor exterior”.
 

Versículos 39 – 43: “Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora.Então Jesus lhe disse: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre, disse ele. Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinqüenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais? Simão respondeu: A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou. Jesus replicou-lhe: Julgaste bem”.

 
O Papa Emérito Bento XVI disse: “Conhecemos todos a resposta que Jesus dá com uma parábola que poderíamos resumir com as seguintes palavras que o Senhor substancialmente diz a Simão:  “Vês? Esta mulher sabe que é pecadora e, movida pelo amor, pede compreensão e perdão. Tu, ao contrário, supões que és justo e talvez estejas convencido de que não tens nada de grave para te ser perdoado”.
 
Padre Raniero Cantalamessa disse: “Jesus, sobretudo, dá a Simão a possibilidade de convencer-se de que Ele é, de fato, um profeta, visto que leu os pensamentos de seu coração; ao mesmo tempo, com a parábola, prepara todos para compreender o que está a ponto de dizer em defesa da mulher: «‘Por essa razão, eu te digo, seus numerosos pecados lhe estão perdoados, porque ela demonstrou muito amor. Mas aquele a quem pouco foi perdoado mostra pouco amor”.
 
 
 

Versículos 44 – 48: “E voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés. Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama. E disse a ela: Perdoados te são os pecados”.

 

O Papa Emérito Bento XVI disse: “Quem confia em si mesmo e nos próprios sentimentos está como que cego pelo seu eu e o seu coração endurece-se no pecado. Ao contrário, quem se reconhece frágil e pecador confia em Deus e d’Ele obtém graça e perdão”.

 
Padre Bantu ensinou: “O fariseu julga e condena Jesus e a pecadora. Jesus reage e conta a história dos dois devedores perdoados. “Teus pecados estão perdoados”. E a reação dos convidados? “Quem é este que perdoa os pecados?”. Diante de Deus são justos os que reconhecendo as suas falhas, erros e os seus pecados arrependidos e humilhados, dobram os seus joelhos pedindo perdão a Deus, e então, recebem o seu perdão. Porque para eles não tarda a resposta de Deus na pessoa do Filho: Tua fé te salvou. Vai em paz”.
 
O Papa Emérito Bento XVI referindo-se ao Evangelho de hoje: “É preciso fazer experimentar a quem se confessa aquela ternura divina para com os pecadores arrependidos que tantos episódios evangélicos mostram com tonalidades de intensa comoção”.
 
 
 

Versículos 49 – 50: “Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: Quem é este homem que até perdoa pecados? Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: Tua fé te salvou; vai em paz”.

 
Padre Luís Cláudio Fillion disse: “Jesus, voltando-se então para a mulher, a quem ainda não havia dirigido uma palavra, contentou-se em dizer-lhe com gravidade: ‘Teus pecados te são perdoados’. A estas palavras, como em circunstâncias anteriores, novo escândalo para os convidados: Quem é este que até perdoa pecados? O que equivalia a acusá-Lo novamente de blasfêmia.  Sem perturbar-se com protestos tão injustos, Jesus disse à Mulher uma segunda frase para despedi-la docemente: “Tua fé  te salvou; vai em paz”. Sua fé, junto com sua caridade e a misericórdia divina, havia produzido esta obra de regeneração”.
 
O Papa Emérito Bento XVI disse: “O que mais conta é fazer compreender que no sacramento da Reconciliação, seja qual for o pecado que se tenha cometido, se o reconhecermos humildemente e nos aproximarmos confiantes do sacerdote confessor, experimenta-se sempre a alegria pacificadora do perdão de Deus”.
 
Padre Bantu disse que a mulher “não se incomodou com o que os “fariseus” diriam dela e enfrentou a todos para estar aos pés de Jesus banhando-lhes com suas lágrimas e com o perfume valioso. Para ela nada importava mais do que receber o Seu perdão e demonstrar a Ele o seu grande amor”.
 
O Sacramento da Confissão
 
O Papa Emérito Bento XVI ensinou que “se, mesmo estando animados pelo desejo de seguir Jesus, não nos confessarmos regularmente, a tendência é que pouco a pouco diminui o ritmo espiritual até o enfraquecer cada vez mais e talvez até desapareça”.
 
A Palavra diz: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 23).
 
O Beato João Paulo II disse:  “Não existe nenhum pecado que não possa ser perdoado, se nos aproximamos do trono da misericórdia com coração humilde e contrito. Nenhum mal é mais forte do que a infinita misericórdia de Deus”.
 
O Papa Emérito Bento XVI disse que “hoje, é preciso fazer experimentar a quem se confessa aquela ternura divina para com os pecadores arrependidos que tantos episódios evangélicos mostram com tonalidades de intensa comoção”.
 

Conclusão

 
Concluímos essa reflexão com as palavras do Beato João Paulo II falando DO Sacramento da Confissão: “Através deste sacramento altamente individual, Cristo continua a vir ao encontro dos homens e das mulheres do nosso tempo. Restabelece a união onde havia discórdia, leva a luz aonde reinava a obscuridade, e dá uma esperança e uma alegria tais que o mundo não poderia nunca dar. Através deste sacramento a Igreja proclama ao mundo a infinita riqueza da misericórdia de Deus, aquela misericórdia que destrói as barreiras que nos separam de Deus e do nosso próximo”.

Oremos com: O Círculo Bíblico: “Ó Deus de amor e de perdão, vós nos ensinastes que quem muito ama sabe também perdoar. Vós sois um Pai que ama, acolhe e perdoa gratuitamente. Ajudai-nos a viver sempre com maior intensidade o amor e a reconciliação com nossos familiares e com as pessoas com as quais convivemos diariamente. Felizes somos se experimentamos o vosso amor e a vossa misericórdia, a exemplo da mulher do evangelho, e se nos deixamos aceitar e amar por vós. Por Cristo, nosso Senhor.

 
Ó Pai de amor, obrigada por nos perdoar de nossas transgressões a sua Lei.
 
Ó Senhor Jesus, queremos Te servir e Te dar sempre o nosso melhor, ajuda-nos.
 
Ó Espírito Santo, ilumina-nos para que saibamos qual é o pecado que ainda não confessamos, para fazê-lo sem demora.
 
Ó Maria, ensina-nos a encontrar o melhor perfume que possuímos para dá-lo a Teu Filho, nosso Salvador.
 
Amém”.
 
Jane Amábile – Com. Divino Espírito Santo
 
 
 
 
 
 
 
 

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1 Comentário Add your own

  • 1. celso de oliveira  |  4 de julho de 2013 às 2:45

    quem me humilhou até hoje eu perdoo de todo meu coraçao em nome de jesus amem.

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